Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 55 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 55

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Alfonso ajudou Charlie a tirar os equipamentos de montanhismo das caminhonetes no alto da montanha. Desceriam diretamente fazendo rapel, com o qual economizariam muito tempo em chegar ao fundo. Só tinham duas cordas bastante longas, assim Alfonso e Charlie desceriam primeiro, seguidos por outros agentes.
—Dez minutos, no máximo —disse Charlie.
Estavam a ponto de começar a descer quando soou a rádio do Charlie.
—Aqui Charlie.
—Sou o agente Booker. Larsen acaba de passar pelo barraco e seguiu na mesma direção que Anahi. Já lhe avisei. Agora tem o rádio apagado.
Merda. Alfonso queria falar com ela, saber exatamente onde se encontrava. Inteirar-se de como estava agüentando. Dizer-lhe que cobrisse as costas. Comunicar-lhe confiança em sua força e perseverança.
Sobre tudo queria ouvir sua voz.
—O xerife Thomas está mal — disse Booker—. Necessita um médico.
—Mandaremos o paramédico em seguida depois de nós —disse Charlie—. Vinte minutos.
—Recebido.
Charlie se voltou para o Alfonso.
—Vamos.
Alfonso estava em boa forma física, mas descer por uma parede fazendo rapel requeria o uso de uns músculos que ele ignorava ter preparados. Quando chegaram embaixo, estava sem fôlego.
Mas não podiam deter-se. Deu uma olhada à paisagem da quebrada. Onde estava Anahi?
Onde estava Larsen?
Charlie chamou Booker, e soube que ele e Nick se encontravam a uns trezentos metros para o oeste.
—Ok, Booker. Agüenta. A equipe médica está a ponto de chegar.
Charlie se virou para o Alfonso e assinalou o chão.
—Olhe.
A chuva caía cada vez com mais força, e Alfonso mal podia ver seus pés. E então viu o mesmo que Charlie.
Uns rastros profundos entre as folhas que se dirigiam ao leito rochoso.
— Por aqui — disse Alfonso.


Anahi intuiu a presença do caçador antes de vê-lo.
Não sabia exatamente como se deu conta de que não estavam sozinhas nessa parte do bosque, mas de repente o ar úmido se voltou elétrico, a cortina cinza da chuva se fez mais densa e seus ouvidos captaram todos os ruídos. O da chuva que tamborilava sobre as rochas no arroio mais abaixo, cujo caudal seguia crescendo; e os gemidos suaves das árvores balançando-se na tormenta.
Seu próprio fôlego entrecortado.
Tinha tentado cobrir seus rastros, mas era quase impossível com o limitado tempo de que dispunha para levar seu plano à prática. Esperava que Ashley guardasse silêncio. Era o único que tinha que fazer. Esconder-se e estar calada.
Doze anos antes, Anahi tinha se zangado com Sharon enquanto fugiam do Açougueiro. Cada vez que Sharon gritava, ela se encolhia de terror, temendo que sua amiga atrairia o Açougueiro direto para elas. Que ele as alcançaria e as mataria.
Era o que Sharon fazia.
Os tempos tinham mudado. Apesar de que Anahi fazia uma careta cada vez que Ashley gemia, agora entendia. Como podia julgá-la com tanta dureza por seu medo?
Era o mesmo medo que se apoderava dela, que arrastava-se pelas costas, passo a passo, minando sua determinação.
Teria que ter seguido. À larga, Larsen as teria alcançado. Mas possivelmente não. Ela teria que ter ficado com Nick. Se tivesse olhado mais atentamente, possivelmente teria encontrado um lugar melhor onde ocultar-se. Ou se teria ficado no barraco, esperando que ele entrasse.
Tinha que deixar de duvidar de si mesma. Seu medo aumentava porque ele se aproximava.
Maldito seja, onde estava? Já teria que ter aparecido.
Seguro que não cometeria o engano de passear pelo centro da quebrada. Não, seguiria seus rastros, manteria-se perto das árvores para contar sempre com o elemento surpresa. Anahi tinha semeado rastros falsos no lado norte da quebrada, na ribeira oposta aonde se escondia agora.
Supunha que, graças a sua camuflagem, Larsen se confundiria com a vegetação. Com todos os músculos endurecidos pela tensão, esperou, sem deixar de esquadrinhar.
Ali.
Um movimento a sua esquerda. Leve. Justo frente ao esconderijo de Ashley. Olhou e não viu nada. Possivelmente era a chuva a que distorcia sua visão periférica.
A luz estava a ponto de desvanecer de tudo sob os céus cinza. A visibilidade era mínima. A armadilha era uma má idéia. Não conseguiria distingui-lo.
Mas possivelmente funcionaria. Ele passaria de comprimento, e ela e Ashley ficariam quietas até que chegasse Alfonso.
Sim. Isso seria o melhor.
Longe, a sua esquerda, percebeu um movimento. Porra. Ashley! Baixa a cabeça. Fica quieta. Acaso não tinha escutado suas instruções? Não se mova. Fica agachada. Nem sequer olhe.
Justo diante dela, a uns doze metros, viu-o. Estava totalmente quieto. Ela tinha deixado um rastro que seguia uns sessenta metros além de seu esconderijo, antes de voltar atrás. Por que tinha se detido ali? Tinha ouvido algo? Cheirado algo?
Tinha visto Ashley no interior da árvore podre onde Anahi a tinha escondido?
Merda. O que o tinha alertado?
Começou a lhe entrar o pânico. Era impossível que soubesse onde estavam escondidas. Nem ela nem Ashley.
Por favor, Ashley, não se levante. Não faça ruído, por favor. Larsen escutava. Estava tão quieto que se Anahi não tivesse sabido que se encontrava ali, teria se perguntado se não o tinha imaginado. Mas o tinha visto por um instante e, se enfocava, distinguia sua silhueta.
Corram! Corram!
Não, esta vez não poria-se a correr. Ficaria ali mesmo, atrás das rochas mais baixas. Estava estendida sobre o ventre, olhando de cima. Observando, com o olho posto no Açougueiro. Estava muito longe para tê-lo como alvo seguro. E não podia permitir-se errar. Um só disparo perdido e ele daria meia volta e viria por elas. Sabendo onde estavam.
Segue adiante, Larsen. Segue.
Seu plano era voltar sobre seus passos uma vez que Larsen passasse. Nos dez minutos que tinha tido para planejá-lo, decidiu que a melhor armadilha consistia em não deixar-se apanhar. Que ele passasse e então elas voltariam o mais rápido possível onde estava Nick. Em algum momento, antes de chegar a ele, encontrariam-se com Alfonso e os outros.
Sua primeira responsabilidade era proteger Ashley, não capturar o Açougueiro. Entretanto, apesar desse medo, queria detê-lo. Agora. Não lhe dar nenhuma oportunidade mais de machucar uma mulher.
Mas seu trabalho lhe exigia que tirasse Ashley do monte e a pusesse a salvo, e ela tomava muito a sério.
Segue adiante. Venha, venha! que esperas!
Ele ficou quieto, sem mover nem um músculo. Por que?
Embora não via Ashley, Anahi percebia seu pânico.
Tudo ocorreu como a câmara lenta. Ashley mostrou a cabeça fora do tronco. E voltou a ocultar-se.
Larsen se virou completamente e ficou olhando o tronco. Levantou o rifle.
Ashley gritou e saiu se arrastando da árvore morta. Anahi apontou com sua pistola a Larsen. Este pôs um joelho em terra e girou seu rifle para Ashley.
Anahi disparou uma, duas, três vezes.
Larsen caiu ao chão. Tinha-lhe acertado?
Ashley voltou a gritar e Larsen se arrastou pelo chão apoiando-se nos antebraços. Fez girar o rifle e disparou em Ashley.
—Ashley, se abaixe! —gritou Anahi, ao mesmo tempo em que disparava três vezes mais contra Larsen. Mas ele pôs-se a rodar, longe de seu alcance e desapareceu atrás de uma rocha.
Merda! Onde tinha se metido?
Ashley chegou dando tropeções ao ponto onde se escondia Anahi.
—Sinto muito, sinto muito. Acreditei que tinha me visto. E que tinha que correr. Sinto muito.
—Shh. Cala.
—Sinto muito.
—Cale-se —ordenou Anahi. Tinha que pensar. Ficou olhando a rocha, a uns doze metros. A visibilidade era tão escassa que não podia ver mais à frente. Havia se protegido do outro lado? Tentaria agarrá-las pela direita? Pela esquerda? Por atrás?
Ele tinha que saber onde estavam. Mas Anahi não se atrevia a mover-se.
Esperaria-o. Não tinha outra alternativa.



Capítulo 34


Passou um minuto.
Anahi não se moveu. Apenas se atrevia a respirar. O único ruído que ouvia além do tamborilar constante da chuva eram os tremores de Ashley.
Varreu o bosque com o olhar. Alerta a qualquer movimento. A algo que lhe dissesse onde se colocou.
Nada.
Passou outro minuto.
Sentiu o medo na boca, um sabor repugnante que lhe deu vontade de cuspir. Mas não se atreveu a abri-la. O peito ia encolhendo enquanto seus olhos foram de um lado a outro, sem parar.
Sentia-se como um animal paralisado por um terror familiar. Incapaz de mover-se, incapaz de salvar-se. Finalmente morreria ali, como um cordeiro esperando o açougueiro. Impotente.
Não. Não morrerei sem brigar.
—Ashley —murmurou ao ouvido da garota—, descerei me arrastando até o arroio.
—Não!
—Shh. —Maldita seja! O que acontecia com essa garota? Acaso não entendia que a presa devia guardar silêncio? Sobre tudo, silêncio.
Anahi começava a perder o sangue-frio. Controle-se.
—Vou A...
Ouviu a descarga seca de um rifle ao mesmo tempo em que uma parte da rocha onde se escondia se fez pedacinhos junto a seu rosto. Ela pôde afogar um grito, mas Ashley não.
— Não! —chiou Anahi quando Ashley se levantou de um salto e começou a correr ladeira abaixo.
Chas, chas!
Ashley tropeçou e rodou pelo chão.
Matou-a! Meu Deus, não!
Anahi começou a arrastar-se colina abaixo sobre o ventre, reduzindo o tamanho do alvo, e viu que Ashley se movia. Não estava morta. A queda lhe tinha salvado a vida. Pela extremidade do olho, percebeu um movimento. Virou-se e apontou para baixo. Ele estava em parte coberto pelas rochas, assim também estava tendido.
Agora levantou o rifle.
Ashley se levantou e pôs-se a correr.
Anahi disparou uma vez para distrair Larsen. A bala ricocheteou justo a seus pés, mas ele nem se alterou.
Ia disparar em Ashley pelas costas. Tal como tinha feito com a Sharon.
Levantou-se de um salto.
— David Larsen! —gritou, a todo pulmão.
Aquilo sim o distraiu. Girou o rifle para ela ao mesmo tempo em que se separava da rocha que o defendia.
Os dois dispararam ao mesmo tempo.
Anahi se voltou para a esquerda e a bala passou tão perto que sentiu o calor do roce contra sua bochecha.
Larsen deixou escapar um grunhido. Tinha-lhe acertado? Onde? Não se atreveu a olhar. Anahi escapuliu e, ao abrigo de um pinheiro, encontrou uma relativa segurança.
Mas não podia vê-lo.
Passou outro comprido minuto. Anahi expulsou o carregador vazio de sua pistola, substituiu-o por um cheio e colocou uma bala na antecâmara. Já não podia ver Ashley, o que significava que ele tampouco a via. A menos que tivesse saído em sua busca.
Tinha que distraí-lo.
—Sei quem é! —gritou—. Todos sabem quem é, David.
Ouviu o som característico do mecanismo de um rifle ao ser carregado. Muito mais perto do que esperou. Larsen guardava silêncio.
Nunca tinha sido homem de muitas palavras.
—O FBI está por toda parte. Falei com eles por rádio. Sabem exatamente onde está. Nunca sairá desta quebrada.
Sentiu seu fôlego no pescoço. Uma descarga gelada lhe percorreu a coluna da nuca até a cintura. Nem sequer o tinha ouvido aproximar-se.
Ele soltou uma risada apagada.
—Corre.
Ela girou rapidamente à esquerda e lançou a perna direita com força para cima. O golpe o fez soltar o rifle.
Larsen emitiu um grunhido e tentou agarrá-lo pela culatra. Deu-lhe um chute na entre perna e, aproveitando o impulso, o fez cair, enquanto rodava para afartar-se. Mas deu com a mão em uma rocha e o golpe a fez soltar a pistola.
Ele a agarrou pela perna quando ela tentou agarrar a pistola, que ficou justo um palmo além de seu alcance.
Larsen a puxou, tentando montar em cima dela. Não para violá-la e sim para matá-la. Deixou escapar um grunhido ao agarrá-la pela cintura e ficar em cima dela.
Não! Outra vez, não. Nunca, nunca mais.
Anahi aproveitou o declive e a gravidade para rodar para a esquerda, desprendendo-se de seu peso. Ele a acertou um golpe no rim direito e ela gritou de dor.
Mas tocou o canhão de seu rifle com a ponta dos dedos.
Anahi girou com o rifle na mão e, com a culatra aplicou-lhe um golpe na cabeça justo quando se lançava sobre ela. Larsen caiu ao chão, atordoado. Ela se levantou e o apontou com o rifle.
—O que te parece agora? Você é o caçado.
Anahi respirava entrecortadamente, quase asfixiada pela corrente de adrenalina. Um só disparo na cabeça e tudo teria acabado. Apontou. E apertou o gatilho.
Clique.
Anahi ficou olhando o rifle. Não havia bala na antecâmara.
Ele não vacilou nem um instante e agarrou o rifle pelo canhão. Ela tentou resistir mas ele o arrancou das mãos de um puxão. E então escorregou, e deixou ir o rifle que rodou costa abaixo.
Anahi viu o brilho de uma adaga em sua cintura. Tinha chegado o momento. Não seria capaz de vencê-lo em um combate corpo a corpo. Larsen era magro, mas alto e muito mais forte do que parecia.
Com seus olhos azuis claro, o Açougueiro lhe lançou um olhar cheio de ódio. E logo sorriu com um gesto grotesco.
—Hoje vai morrer.
E de um salto se lançou sobre ela.



Alfonso ouviu disparos. Estavam muito perto, mas o que aconteceria se fosse muito tarde?
Correu a solta, tropeçando entre as rochas e salpicando água ao cruzar o arroio.
Ouviu um grito de surpresa. Anahi. Não podia vê-la, mas não estava muito longe. Correu mais rápido, desesperado por chamá-la, mas consciente de que alertaria Larsen.
Chegou a um claro e se deteve a tempo para evitar cair por uma rocha. Justo um pouco mais abaixo, Larsen tinha cravado Anahi no chão. E na mão tinha uma faca.
Alfonso sacou sua pistola.


 



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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