Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA
Quando na cabana de Anahi não responderam, Alfonso usou o rádio para falar com os agentes que protegiam a hospedaria.
—Emiti uma ordem de busca e captura de Delilah Parker —disse—. Seguro que vai armada e é perigosa. Há sérias provas de que ajudou seu irmão, David Larsen, a seqüestrar às vítimas.
—Meu Deus —disse um dos agentes.
—Passemos revista. Digam nome e localização. —Jorgensen, entrada principal e comprovação do perímetro cada vinte minutos.
—Zachary, entrada principal e interior, aqui.
—Ressler, atalhos, celeiro, estacionamento, tudo espaçoso.
Silêncio. Até que falou Jorgensen.
—Walters, reporta sua posição.
Silêncio.
Alfonso sentiu que o coração lhe subia à garganta.
—Ressler, você e Jorgensen, vão à cabana de Anahi, já! Chamem a todos os hóspedes e empregados ao salão e os mantenham ali até que lhes dêem aviso. Trarei reforços. Chegarei em uns dez minutos.
Deu um golpe no rádio.
—Maldita seja! —por que a tinha deixado sozinha? Acreditou que estaria a salvo. Quatro policiais protegendo a hospedaria. Eram poucos os criminosos que se atreviam a abater um policial sem mais. Mas, esperavam uma oportunidade para penetrar sem ser vistos.
Entretanto, abatendo Walters. Delilah Parker tinha chegado até Anahi.
Alfonso acelerou a caminhonete, fazendo as perigosas curvas a toda velocidade.
Ele e Anahi por fim se reencontraram. Desta vez não estava disposto a perdê-la.
Capítulo 38
— Se atrever-se ainda que seja mais que a abrir a boca, matarei-a. Lentamente. E depois matarei seu amante.
Anahi acreditou na ameaça de Delilah. Não queria morrer. Não agora, que tinha posto seus demônios em lugar seguro. Não suportava a idéia de que Alfonso a encontrasse morta.
Delilah Parker era uma mulher doente.
Com as mãos atadas atrás das costas, Anahi sentiu arrepiada a pele ainda úmida. Levava posto um fino robe de algodão e nada mais.
Tremendo e descalça, Anahi avançou a tropicões pelo atalho, sentindo a perna dolorida. Não tinha nem idéia de aonde a levava Delilah, mas ainda não estava morta. Já encontraria uma oportunidade para escapar.
—Por que faz isto? —perguntou Anahi.
—Porque quero —disse Delilah, como uma menina mimada—. Venha, segue caminhando.
Tinha que seguir falando. Anahi recordava de suas aulas de psicologia criminal.
—Por que ajudava seu irmão a seqüestrar mulheres? É uma mulher. Suponho que sentiria alguma simpatia por elas.
Delilah deu de ombros.
—Era interessante.
Interessante? Delilah pensava que violar e disparar a mulheres pelas costas era interessante!
—Entregava, as mulheres, e depois partia sem mais? Sabendo o que ele ia fazer?
—Fala mais baixo — advertiu Delilah, com um assobio de voz.
Anahi não podia acreditar no que estava ouvindo. Seguiu caminhando, embora falando em um murmúrio, consciente da pistola que lhe apontava por trás.
—Como podia fazer isso? Simplesmente lhes dar as costas?
—Não lhes dava as costas. Não sou uma covarde. Não sou como David.
Anahi tropeçou ao ouvir essas palavras. Delilah a apontou para que se levantasse.
—Venha, segue caminhando.
—Minha perna.
—E a quem importa uma merda sua perna? Davy morreu.
Anahi mordeu a língua e umas lágrimas apareceram em seus olhos. —Você sabia? Você olhava?
-- Queria olhar. Queria ver que precisava quebrar alguém. Davy insistia em que se encontrasse à garota adequada, ela ia querer ficar com ele para sempre. Eu lhe dizia que era uma tolice. E tinha razão.
Como podia ignorar esses gritos que não paravam? Ela olhava enquanto seu irmão violava e torturava às mulheres e o achava interessante? Para ver como se quebrava um ser humano? Anahi sentiu que lhe revolvia o estômago e a bílis lhe chegou à boca da garganta. Obrigou-se a tragar, e a sensação de queimação lhe arrancou uma careta.
Delilah era uma criatura tão retorcida como seu irmão!
—Saberá que não é minha culpa —seguiu Delilah—. Davy agarrou essa primeira garota sem me dizer. Pode acreditar nisso? Foi, seqüestrou-a e a violou. Acreditava que se a garota se inteirava de quanto a amava —disse Delilah, entreabrindo os olhos—, ficaria junto dele.
—Penny — disse Anahi, como se falasse sozinha.
—Supunha-se que não devia tocar a outras mulheres sem minha permissão. Mas eu sabia, como uma mulher sabe que seu marido a engana, eu sabia que ele tinha outra mulher. Segui-o. E ali estava, atada no chão imundo de alguma cabana abandonada. Vi Davy através da janela. Rogando que lhe dissesse que o amava, bla, bla, bla.
—Davy saiu uma hora mais tarde e eu a soltei. Disse-lhe como tinha que descer da montanha. Rogou-me que a levasse comigo. Como se eu queria ajudá-la. Acompanhei-a até a entrada da quebrada e alcancei a Davy antes que subisse a sua caminhonete. —Delilah riu, um gesto surpreendentemente leve tendo em conta seu arrepiante relato.
—Disse-lhe que tinha que matá-la. Se não a matasse, ela o entregaria à polícia —disse, e sacudiu a cabeça—. Esperei. Não demorou muito.
Delilah empurrou Anahi para que avançasse. Anahi tropeçou sobre uma raiz e caiu de joelhos. Os pontos de sutura se esticaram e um fio de sangue correu pela perna. Delilah deu-lhe uma chute.
— Levante-se!
Anahi se levantou apoiando-se nas panturrilhas e com as pernas para fora para manter o equilíbrio, enquanto sentia a raiva acumulando-se nela. Aterrava-lhe pensar no que era capaz de fazer Delilah. Aquela mulher demonstrava uma total e absoluta indiferença à dor e os sofrimentos alheios.
—Está doente, Delilah. Parecia-lhe emocionante ver como seu irmão violava às mulheres.
Anahi se preparou para um golpe que não chegou. Delilah guardou silêncio, e Anahi entendeu nesse momento para onde se dirigiam. A seu campo. A aquele prado especial onde ela ia pensar, relaxar e celebrar as coisas boas da vida.
Acaso Delilah a tinha olhado enquanto ela refletia sentada nesse amplo espaço aberto? Acaso a seguia? Espreitava-a? E o doente de seu irmão? Fazia o mesmo?
Nos limites da clareira, Delilah obrigou Anahi a sentar-se de um empurrão. Esta tropeçou, e não pôde evitar golpear o rosto contra o chão. De seus olhos brotaram lágrimas, mais pela indignação e o medo que de dor.
Delilah parecia uma mulher delicada, mas era forte. Empurrou Anahi contra uma árvore e a obrigou a sentar-se. Anahi sentiu as pedras e as afiadas agulhas de pinheiro fincando-se nas nádegas e as pernas, mas resistiu ao impulso de gritar. Não daria a essa cadela a satisfação de vê-la chorar. Delilah lhe tirou as cordas das mãos.
Era sua oportunidade.
Anahi tentou lhe dar com ambos os braços. Antecipando-se a seu movimento, Delilah lhe deu um golpe na têmpora com a culatra de sua pistola. Anahi se derrubou, ofegando de dor. Apertou com força os dentes para suportar a dor e as náuseas, e Delilah voltou a empurrá-la para que se sentasse contra a árvore. Atou-lhe as mãos por trás e ao redor do tronco. Delilah puxou com força de ambos os braços e Anahi lançou um grito.
—O que faz? —conseguiu perguntar.
—Esperando.
—A que?
— Que apareça seu amante.
—Não conseguirá se sair bem. —Era uma estupidez dizer isso! Além disso, Anahi temia que Delilah estivesse bastante se desesperada para fazer qualquer coisa.
Anahi imaginou diversos cenários. Podia gritar, mas Delilah simplesmente a deixaria inconsciente de um golpe. Podia lançar um chute para lhe fazer soltar a pistola mas, atada à árvore, Anahi não tinha nenhuma possibilidade de fazer-se com ela. A melhor oportunidade que teria seria avisar a Alfonso quando estivesse bastante perto. Advertir-lhe que se tratava de uma armadilha. Só podia esperar que ele percebesse antes que fosse muito tarde.
—Vi você e esse policial — seguiu Delilah—. A outra noite, que estavam fodendo.
Ela estava ali? Tinha estado tão perto e eles sem saber? Anahi se sentia como manchada ao inteirar-se de que o momento mais íntimo de sua reunião com Alfonso tivesse sido observado por aquela mulher retorcida e doente.
—Quando era pequena, nunca entendia o que tinha que tão extraordinário no sexo. Parecia tão complicado. Os corpos suando e tudo isso. Estava acostumado a olhar minha mãe, depois de que meu pai nos deixou. Olhava o que fazia com os homens. O que fazia com Davy.
Anahi aguçou o ouvido. Sua mãe tinha abusado de seu próprio filho? Toda a família estava doente. Uma leve faísca de compaixão apareceu na alma de Anahi, mas algo nela a reprimiu. Todos temos a capacidade de escolha. Eles escolheram ser perversos.
Delilah guardou silêncio um momento comprido. E depois voltou a falar.
—Eu odiava Davy. Mamãe o amava mais. Abraçava-o. Beijava-o. Eu era a filha não desejada. Papai me queria, mas nos deixou e nunca voltou. Nunca, nem sequer uma vez. Simplesmente se foi. —Respirou fundo e seu tom de voz deixou de ser infantil—. Mas mamãe amava mais a Davy, e o metia em sua cama. Fazia tudo por ele. E eu o odiava. Claro que quando soube que o estava fodendo, o pobre guri me deu um pouco de pena. Ele ficava ali deitado e chorava. Era patético. Por que não resistia? Por que não se ia? —perguntou, sacudindo a cabeça—. Não deixei que a matasse — disse, ao final.
Anahi preferiu tragar sua resposta. Não era o momento de contradizer ao Delilah.
—Depois que você escapou, queria te matar, mas você lutou. Eu admirava isso. E olhe como me pagou. Dei-lhe a vida e agora mata meu irmão! —exclamou, e golpeou Anahi no rosto, lhe esmagando a cabeça contra a árvore. Anahi literalmente viu estrelas e lançou um grito de dor.
— É uma cadela doente!
—Nada de palavrões — disse Delilah. Tirou um lenço de seu bolso e o colocou na boca de Anahi. Depois, atou-lhe um pedaço de corda para manter a mordaça em seu lugar.
Agora não poderia advertir Alfonso. Anahi sentiu que o estômago lhe revolvia. Por favor, por favor, não venha.
Não suportaria vê-lo morrer.
Autor(a): ayaremember
Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
O agente Dick Walters estava morto. Com um disparo na cabeça. E Anahi tinha desaparecido.Alfonso deixou o corpo do policial no pequeno alpendre de Anahi e deu ordens à meia dúzia de agentes do xerife que já tinham chegado. Outros vinham a caminho, junto com outros agentes do FBI, mas o tempo urgia. Alfonso não podia esperar que chegasse mai ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 28
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19
uhuhul vai mata ele!
-
steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39
Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss
-
lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57
acho q é esse: David Larsen
-
steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04
SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa
-
lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46
a puta é mulher do juiz. mais
-
ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02
Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(
-
isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12
A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui
-
isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01
Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.
-
ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29
Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo
-
ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25
QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!