Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA
O sol se pôs atrás das cúpulas de Gallatin.
Anahi estava intumescida, mas o repentino mergulho nessas águas geladas lhe recordou que tinha frio. Muito frio.
Sharon estava morta. Tinha-lhe disparado nas costas. E agora ia atrás dela.
Corre, Anahi, corre!
Rolou monte abaixo até que pôde agarrar-se de uma pequena árvore. O rio estava agora mais perto. O ruído dos rápidos se percebia como um zumbido ininterrupto que deixava um eco no flanco da quebrada.
Onde estava ele? Estava perto? Tinha-a na mira de seu rifle?
Não se atrevia a olhar atrás. Se o via, temia ficar paralisada, como um cervo deslumbrado pelos faróis de um carro. E não importaria que se detivesse. Mataria-a e deixaria seu corpo ali jogado para que o comessem as bestas carniceiras, bicada por abutres, carne de pumas...
Não! Basta!
Sharon.
Não queria deixar Sharon atrás, mas Sharon estava morta, e o assassino a teria matado também a ela se tivesse ficado a seu lado.
Quando lhe tirou as correntes que a mantinham cravada ao chão, pensou que sem dúvida a mataria. Estava muito débil. Ele lhes trazia água e pão duro para comer, alimentava-as depois de violá-las. Primeiro, Sharon.
Depois ela.
Basta!
Mas não podia parar. O amontoado de imagens a perseguia enquanto corria, tropeçando em sua carreira monte abaixo, seguindo a chamada do rio.
Se sobrevivesse, voltaria onde estava Sharon. Tinha que voltar. Não podia abandoná-la a intempérie, no meio do bosque. Sharon merecia mais que isso.
Era sua melhor amiga.
De repente, a inclinação se fez mais pronunciada. Anahi tentou parar, mas o impulso que levava a empurrou para diante. Caiu de joelhos e começou a rolar. O rio e a umidade, o rugido da água. E logo começou a cair... e cair...
Foi uma pura questão de sorte que acabasse na água e não sobre as rochas. Sentia frio enquanto corria montanha abaixo. Nada a tinha preparado para a água gelada do rio. Tocou as rochas e o fundo arenoso.
Estava a ponto de afogar-se.
Depois de tudo o que tinha vivido, ia afogar-se no rio, o rio que, conforme havia dito a Sharon, devia as levar a salvação.
Reunindo as forças que restavam, impulsionou-se para cima do fundo e a corrente a lançou violentamente para diante, como a uma boneca de trapo.
Alcançou a superfície, procurou ar. Deixou-se flutuar, deixando que a água a transportasse corrente abaixo, lutando para evitar que a engolissem as violentas corredeiras.
Se aproxime da margem. Bastará chegar à margem oposta, longe dele, e se agarrar a algo. A qualquer coisa.
Uma curva do rio lhe deu uma oportunidade. Agarrou-se nas raízes de umas árvores que lhe arranharam o rosto. Suas mãos escorregaram, e as raízes ficaram atrás.
Estava tão débil. Possivelmente morrer ali seria o melhor. Não queria recordar. Quanto tempo as tinha tido cativas? Ao menos seis dias. Sete? Oito? Tinha perdido a noção do tempo, dos dias e as noites.
Quem os levaria até onde estava Sharon?
Chocou-se contra uma rocha e gritou de dor, mas em seguida percebeu de que já não se movia. A corrente seguia querendo empurrá-la, levar-lhe rio abaixo. Mas ela se agarrou com força na rocha e, finalmente, pôde ver onde estava.
A um metro a sua esquerda viu um álamo caído com uma parte do tronco na água. Os ramos atuavam como recolhedores de desfeitos e convertiam a borda em um dique natural.
A um metro da borda.
Tinha deslocado quilômetros pelo bosque, descendo o monte e o rio a tinha arrastado. Agora podia mover um metro mais.
Tinha que fazê-lo. Por Sharon.
Anahi respirou fundo e reuniu suas forças. Inclinou-se para o dique. Um, dois.
Três.
Esperneou e abafou o grito que quis escapar de sua garganta ao acreditar que tinha perdido o apoio nos ramos.
Conseguiu. Chocou-se contra o dique e não o soltou. Lentamente, saiu do rio. Tão lentamente que acreditava que morreria de hipotermia. Na luz morrente do dia tinha a pele de cor azul. Possivelmente era azul.
Não soube quanto demorou a sair da água.
Duas horas depois, encontrou-a a equipe de resgate.
Anahi secou o rosto umedecido pelas lágrimas, recriminando-se por deixar que lhe afetasse a frívola atitude do repórter, por fazê-la recordar o dia em que ela viveu e Sharon morreu.
—Anahi, quer falar? —perguntou Alfonso.
Quase tinha esquecido que lhe seguia os passos.
—Não.
Por Rebecca, Anahi estava disposta a suportar a companhia do Alfonso. Os mortos mereciam justiça e, por muito que pesasse, tinha que reconhecer que Alfonso era um tipo muito eficiente em seu trabalho.
— Encontra-se bem? —perguntou, com tom preocupado.
—Estou bem. —Anahi teve que recordar-se que não se importava.
Houve um tempo em que sim importava. Ao menos isso acreditava ela.
Não recordava em que momento o respeito e a avaliação que tinha por sua atitude decidida se converteram em sentimento amoroso. Não tinha acontecido da noite para o dia.
Ele a escutava sem tentar tranqüilizá-la. Ao contrário, estimulava-a e, apesar de que passavam os dias sem que dessem com o assassino de Sharon, Anahi tinha a sensação de ter obtido algo.
Teve que passar um mês depois de que retiraram Alfonso da investigação por falta de pistas e sem que ele pudesse fazer nada mais, para que Anahi começasse a suspeitar que albergava sentimentos românticos para o agente do FBI. Na realidade, não se tinha dado conta de que tinha saudades até que ele apareceu na hospedaria. Era um sábado pela manhã e tinham passado três meses do seqüestro.
—Olá.
Nada a teria surpreendido mais que ver Alfonso Herrera entrar no salão onde estava ela sentada a sós, olhando pela janela para o gigantesco canyon mais abaixo.
—Agente Herrera... quero dizer, Alfonso. Não sabia que viria — disse, e o coração lhe pulsava com força—. Têm informação? Encontraste-o?
Ele negou com a cabeça.
—Não há nada novo. Não tínhamos grande coisa com que trabalhar.
—Sei. Só que esperava... —disse Anahi, e suspirou—. E, então, por que vieste?
Ele não parava de mover-se, e parecia menos seguro que o habitual.
—Queria... queria ver você.
A ela acelerou o coração. Pam-pam. Pam-pam. O martelar nos ouvidos, e Anahi estava segura de que tinha entendido mau.
—A mim?
—Não parei de pensar em você.
—OH. —Aquilo soava como uma estupidez.
—Sei que isto é inapropriado. Só me diga que vá e não voltarei a te incomodar.
Não quero que vá.
Não sabia que fazia, mas nesse momento teve a certeza de que se o agente Herrera saísse de sua vida lamentaria para sempre.
—Não quero te pressionar, Anahi. —sentou-se frente a ela e fez gesto de lhe agarrar a mão, mas não a agarrou.
—Não tenho medo —disse ela, olhando sua mão. Possivelmente estivesse assustada. Só um pouco.
E então o olhou nos olhos e viu empatia, preocupação e afeto, mas não viu compaixão.
Compaixão, nunca. Agarrou-lhe a mão e a apertou.
—Iremos pouco a pouco.
—De acordo.
Pela primeira vez do seqüestro, Anahi teve a sensação de que ficaria bem. Com o tempo, conseguiria.
E o tinha conseguido, apesar de Alfonso Herrera.
Agora devia concentrar-se no importante, seguir os últimos passos de Rebecca Douglas. Seu passado com Alfonso Herrera era precisamente isso, passado.
Meninas, não posso dá dica de quem é o açougueiro mas posso dizer que isajuje deu um bom pitaco uhuhuhhhhhuhuhu :p
COMENTEM!!!!!!!!!!!
Autor(a): ayaremember
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 28
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lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19
uhuhul vai mata ele!
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steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39
Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss
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lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57
acho q é esse: David Larsen
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steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04
SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa
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lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46
a puta é mulher do juiz. mais
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ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02
Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(
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isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12
A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui
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isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01
Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.
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ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29
Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo
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ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25
QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!