Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 9 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 9

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A tarefa exigia observar ao seu redor em busca de ramos ou plantas quebradas recentemente, farrapos de roupa, algo que ajudasse a recriar a fuga de Rebecca. Algo que os levasse até o homem que a tinha caçado como um animal para depois degolá-la.
Embora devido à chuva da noite anterior e ao terreno escarpado, quase se dava por sentado que aquele dia não teriam êxito a esperança era algo que Anahi nunca perdia. Graças à esperança podia seguir, dia a dia, ano após ano, cada vez que se produzia um seqüestro ou um assassinato. A esperança de que encontrariam o Açougueiro e de que, ao final, a justiça triunfaria.
Se perdesse a esperança, também perderia o juízo. Então Alfonso sacudiria a cabeça com gesto de suficiência e diria:
—Tinha razão.
—Eu irei pela esquerda —avisou Anahi, livrando-se de suas reflexões—. Você vai por ali. —Assinalou o lado oposto do estreito atalho.
—Para —ordenou ele.
Ela se voltou a olhá-lo. Tinham percorrido um trecho bastante comprido do monte, e já não havia ninguém perto; as vozes se perdiam a suas costas.
Maldito seja, que bonito era com seu cabelo moreno e sua mandíbula forte e angulosa. Até a curvatura ligeiramente torcida de seu nariz era sexy. Mas não ia deixar que seu atrativo físico torcesse sua decisão.
—O que? —perguntou, com os dentes apertados.
—Você não dá as ordens, Anahi. Eu estou aqui, supõe-se que oficialmente, para ajudar o xerife em sua investigação. Não posso permitir que comece a dar ordens.
— Vamos esclarecer uma coisa, agente Herrera —disse ela, com rosto inexpressivo —. Pode ser que seja o grande agente federal que veio salvar os imbecis do campo, mas não cometa o engano de pensar que aqui tem algum poder real. Eu vivo e trabalho aqui, e aqui tenho meu lar. Esta gente daqui me obedece . Confiam em mim. Não me jogue em cima sua classe porque converterá sua vida em um inferno.
Uma expressão de raiva lhe cruzou o rosto e apareceu aquele tic familiar em sua mandíbula. Mas Anahi viu em seus olhos que ele sabia que tinha razão. Bem. Ia voltar para o rastreamento quando uma mão a agarrou e a fez virar-se.
Ela o obrigou a soltá-la com um movimento do braço.
—Não me toque —disse, com a voz enrouquecida. O coração pulsava muito forte. Recordava como era tocar-se com Alfonso. Suas carícias atrevidas e seus longos beijos. Sentia-se arder com a lembrança de quão explosivos eram quando estavam juntos. De quanto o tinha amado. De como ele fez pedacinhos sua confiança, sua esperança e seu coração.
Demorou muito tempo em deixar que alguém a tocasse. Voltou a sentir-se cômoda com o contato físico mas, embora tivessem passado doze anos, se alguém a tocava quando não esperava, seu medo era evidente.
Odiava o Açougueiro, que lhe tinha roubado tantas coisas.
Alfonso a olhou com cara de surpresa e retrocedeu um passo.
—Não faça ameaças que não está disposta a cumprir —disse, e seu tom de voz se parecia com o dela—. Não brigará comigo, porque desejas que se faça justiça tanto como eu. Possivelmente até mais.
Ficaram olhando-se. Ela detestava sua maneira de esquadrinhá-la com seu olhar inteligente, como se pudesse lhe ler o pensamento, ver diretamente em sua alma ferida. Endireitou-se e não fugiu o olhar.
—Como profissional da busca e resgate, sua ajuda é muito valiosa —seguiu ele—, por agora. Mas se acreditar, embora não seja mais que por um momento, que seu comportamento não é profissional ou que poderia pôr em perigo esta investigação, pedirei que te afastem.
A mandíbula de Anahi tremeu. Ardia de vontade de responder mas deu meia volta para controlar sua agitação. Não era sua ameaça o que a incomodava e sim, melhor, o fato de que ele seguisse pensando que ela se derrubaria. Durante anos, Anahi tinha experimentado que esse mesmo medo quase lhe paraliva no momento de despertar. Teve uma imagem de si mesma desmoronando-se cada noite quando fechava os olhos.
Mas perseverou. Tinha vivido dez anos sem afundar-se sob o peso de seus medos. Não podia deixar que as dúvidas de Alfonso debilitassem sua determinação.
Anahi queria compartilhar suas lutas, mas temia que ele utilizasse suas confidências como desculpa para afastá-la da investigação. Ele tinha usado contra ela tudo o que lhe tinha contado antes do acontecido no Quântico, todos seus medos e inseguranças, e se tinha visto obrigado a expulsá-la da Academia por sua necessidade imperiosa de querer fazer justiça. Anahi tinha aprendido a lição. Não daria a Alfonso mais argumentos que pudesse utilizar contra ela mais tarde.
Preferiu guardar silêncio. Não tinha vindo abaixo faz doze anos e não tinha intenção de vir abaixo agora.
—De acordo, agente Herrera —disse, com voz neutra. Afastou-se pelo atalho, concentrada no chão e na vegetação, concentrada em Rebecca. Ouviu que Alfonso lhe seguia os passos pela direita. Ouviu-o balbuciar algo mas não entendeu.
Oxalá se tenha chateado, pensou.
Avançaram com cuidado. Anahi levava o mapa. Só falavam para assinalar alguma prova potencial, e Alfonso fotografava e etiquetava algo que fosse remotamente relevante.
A quase um quilômetro de onde tinham encontrado Rebecca, Alfonso assinalou quatro rastros profundos no lodo.
—Deve ter caído aqui —disse, e tirou uma foto do lugar.
Anahi olhou os rastros e imaginou Rebecca nua, tremendo de frio e pânico. E de esperança. Porque sem esperança, não teria tentado escapar.
Anahi fechou os olhos. Se estivesse sozinha nesse momento, teria retrocedido no tempo e recordado as vezes que ela caiu. Cada vez se dizia que não podia seguir. Cada vez voltava a levantar-se porque tinha a esperança de salvar-se.
—Anahi —disse Alfonso, com voz fraca.
Abriu os olhos em seguida. De todas as pessoas imagináveis, Alfonso não devia ser testemunha de como ela revivia o passado. Sabia muitas coisas a respeito dela, pelo que tinha vivido. Com o 


tempo, chegou a acreditar que por isso a tinha expulso da Academia. Alfonso temia que perdesse as estribeiras no meio de uma operação e pusesse em perigo à equipe e a si mesma, se de repente ficava presa em um de seus pesadelos.
Tinha que guardar seus temores.
—Estava chovendo —seguiu Anahi, antes que Alfonso interrompesse sua reflexão—, e ele tinha que segui-la por trás. O ruído da tormenta lhe dificultaria ouvi-la, assim não se afastaria muito dela. —A diferença de quando perseguia Sharon e a ela, pensou. Nessa ocasião ele corria em uma trajetória paralela à sua.
—É provável que tenha razão —disse Alfonso, olhando-a com uma expressão estranha.
Ela não quis ver nessa expressão nada bom nem mau, e voltou sua atenção ao mapa. Riscou uma pequena marca vermelha ali onde Rebecca tinha caído.
—Olhe este terreno —disse, e se notava excitada, apesar da presença de Alfonso.
Alfonso olhou por cima de seu ombro e ela tratou de não respirar junto a esse cheiro muito masculino que ainda lhe era familiar.
— Este ponto? Isto é uma montanha.
—Sim, mas aqui —disse ela, assinalando—, há um claro. Esta área foi destruída faz muitos anos, mas voltaram a plantar. Fará uns oito ou dez anos. Estas árvores ainda são pequenas. Este atalho desemboca no claro, assim acredito que vinha daqui. Mas deu voltas e voltas e não correu em linha reta. Estava muito assustada, e não pensava com claridade. —Sacudiu a cabeça, querendo livrar-se mentalmente do medo da Rebecca—. Mas nós podemos pegar um atalho e chegar ao claro em menos de trinta minutos.
—Não —disse Alfonso, sacudindo a cabeça—. Ficamos no caminho que seguiu Rebecca. Estamos procurando provas.
Ela apertou os punhos, frustrada, e se virou para encará-lo.
—Podemos voltar pelo caminho que tomou ela, mas estou convencida de que cruzou o claro. Por isso ele sabia onde estava. Com a chuva e a escassa visibilidade, não podia arriscar-se a lhe dar muita vantagem. E o terreno teria sido mais um obstáculo para ela que para ele, posto que ia descalça.



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Autor(a): ayaremember

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A emoção de Anahi ia aumentando à medida que tudo se esclarecia em sua cabeça. —Não correu muito momento. Não podia. Ele não teria se arriscado a isso, porque estava obscurecendo e a chuva aumentava. O que significa que o barraco está perto. Tem que estar perto!Alfonso ficou olhando um momento comprido. Acaso se m ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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