Fanfics Brasil - Capitulo 1 - Beautiful, dirty and rich Diva - A versão feminina do Malandro

Fanfic: Diva - A versão feminina do Malandro | Tema: Original, Crimes, Suspense,


Capítulo: Capitulo 1 - Beautiful, dirty and rich

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15 anos antes


Residência Perez, Malibu, 30/07/2011 01:12 p.m.


 


A sala possuía um ar sério. A mobília de madeira se assimilava a escritórios de filmes de máfias, cheiro de charutos, garrafas de bebidas em excesso e dois homens em reunião. O tópico daquele encontro pós-almoço era a filha de um deles. Juan Pablo Perez, ou apenas Perez como era chamado pelos íntimos estava atrás de uma longa mesa, e consequentemente era o pai da pessoa em pauta na conversa, a sua frente se encontrava seu melhor amigo e seu braço direito: Anthony Bennet.


- Senhor, tem certeza disso? – dizia Tony coçando seus cabelos castanhos – Quero dizer... Mandar sua filha para um colégio interno?


Juan possuía o semblante sereno, seus olhos estavam congelados em um porta-retrato que possuía a imagem de uma mulher bonita de longos cabelos negros e um sorriso único, sua falecida esposa.


- Claro Tony, era o que Marie queria desde o começo...


- Conheço bem Daiana senhor, creio que ela irá ficar revoltada... Nunca a deixou estudar fora de sua jurisdição.


- Eu sei, mas sabe que essa escola que frequenta não está fazendo bem aos seus miolos... Viu aquele show que a levou ontem?


- Ela tem 15 anos...


- Dane-se! – exclamou o homem – Como uma garota que aos 15 nunca sequer manejou uma arma vai liderar os negócios da família?


- Juan...


- Tony, com 15 anos eu já era o chefe mirim em Monterrey – gritava o homem - e ela a chefe em que? Huh? Em torrar meu dinheiro...


- Talvez ela aprenda... – tentou em vão o homem salvar a menina – Tudo se vem com o tempo...


- Tempo, esse que eu perdi demais em não ter pensado nisso antes, sabe o Schmidt?


- Sim...


- Ele colocou a filha dele neste colégio, e sabe o que a menina é hoje?


- Não... – respondeu Tony fazendo pouco caso.


- Administradora da empresa de sorvetes... – disse Perez surpreso – E sabe o que significa?


- Que quando Daiana sair dessa escola de freiras em NY, ela estará apta a lidar com um bando de viciados?


- Sim – indagou o homem latino se levantando da cadeira – Ela aprenderá e conhecerá pessoas decentes e quando voltar para casa, eu a ensino o que meu pai me ensinou...


O silêncio entrou na conversa e ficou alguns minutos até Bennet o dispensá-lo.


- Perez, ela não ira aceitar abandonar tudo por você...


- Eu sei Tony... E seu filho?


O homem de aparência jovial arqueou sua sobrancelha, não surpreso pela mudança repentina de assunto e respondeu:


- Por que as nossas conversas que tem como temas Daiana sempre vão parar em Benjamin?


- Você sabe o porquê... – respondeu o outro rindo – Tenho planos para ele...


- Ele não será como o pai, tire seu cavalo da chuva...


- Anthony! Seja mais carismático com seu chefe – exclamou Perez rindo ainda – estou perguntando, porque ele é um dos melhores amigos de minha filha! Não porque quero mais um puxa saco, isso tenho muitos até... Você, Gonzalez, Will, Frank, Wayne, Batman...


Tony revirou os olhos e cruzou os braços concluindo:


- Diga logo o que quer com ele?


Os olhos negros de Juan se estreitaram, ele tinha muitos planos para o jovem Bennet...


- Você acha que ele vai gostar de Nova Iorque?


- Perez, você não...


- Ela irá começar agora o colegial e ele está no penúltimo ano, é uma boa ideia...


 


 


No mesmo instante do outro lado da porta que mantinham os dois chefes fora de todas as negociações, se via Ben imóvel, ele ouvira quase toda conversa, e tinha uma pessoa que tinha que saber do que havia acabado de escutar...


 


***


 


 


Beautiful, dirty, dirty rich, rich, dirty, dirty


Lindos, podres, podres de rico, rico, podres, podres.


Beautiful, dirty rich.


Lindos, podres de rico.


Dirty, dirty rich, dirty, dirty rich, beautiful


Podres, podres de rico, podres, podres de rico, lindos.


Beautiful and dirty, dirty rich, rich dirty


Lindos e podres, podres de rico, rico, podres.


 


Uma garota de cabelos negros dançava loucamente a música que começava a tocar em seu Ipod. Sua expressão era a mais feliz possível, com os olhos fechados, e enquanto cantava, flashes da noite anterior Tonyavam conta de seu ser. Ela havia ido ao show de Lady Gaga - sem seu pai, fato que a mesma considera importante. Não era fácil ser a filha de Juan Perez, o dono de quase todas as bocas de fumo da Califórnia, e de boa parte do país. Mas na consciência da pequena adolescente fã de música pop, seu pai era o dono de quase todos os laticínios vendido na Califórnia, enfim ela o considerava um pai chato que só queria criá-la como uma freira, longe do mundo.


Daiana, esse era seu nome.


- Daddy I`m so sorry, i`m so s-s-sorry, yeah We just like to party, like to p-p-party, yeah – gritava a menina um pouco desafinada - Bang bang, we`re beautiful `n dirty rich Bang bang, we`re beautiful `n dirty rich.


Talvez aquela música significasse muito a adolescente de 15 anos, quando se projetava daqui a dois, cinco anos ela se imaginava como a cantora descrevia na letra: linda e podre de rica. E todos os moradores daquela casa sabiam disso, e isso era o que seu pai temia...


Dai, seria a possível herdeira de todo império Perez, e ele tinha que prepará-la para isso. Porém como sempre a menina era alheia a tudo, até aos planos que tinham vossa pessoa no meio. Mas isso tudo até o exato momento em que um garoto de 17 anos entrou quase quebrando a porta de seu quarto:


- Dai você não sabe o que acabei de ouvir! – exclamou o garoto fechando as portas – Seu pai quer te mandar para Nova Iorque!


A garota estava parada com a boca entreaberta os fones de ouvindo roçavam o chão.


- Repete, Ben... – disse ela quase sem voz.


O garoto levou as mãos até a cabeça e bagunçou os cabelos, mania que herdara do pai. Vagou os olhos castanhos claros pelo cômodo até colocá-los novamente sob os amendoados da amiga.


- Ok, seu pai...


A garota o interrompeu começando a dar gritos histéricos de felicidade.


- isso não é uma pegadinha, Benjamin? – questionou ela pulando no colo do amigo e o abraçando – O meu velho vai fazer isso?


O garoto esboçou um leve sorriso, ele adorava quando a amiga fazia aquelas coisas... Ele adorava vê-la feliz.


- Claro, quando eu ouvi nem acreditei e o melhor está por vim...


- Fala logo! –exclamou ela segurando o rosto de Ben – fala!


- Ele quer que eu vá junto! – disse o menino quase berrando de alegria.


A jovem garota abriu um enorme sorriso e encostou seus lábios nos do amigo, que certamente era mais que o mesmo, sendo seu secreto namorado...


- Isso tudo parece um sonho – sussurrou ela rente à boca dele – desde quando Juan Perez é legal?


- Na verdade, você terá que fingir decepção quando ele te der a noticia...


- Por quê? – questionou ela descendo do colo dele e o encarando séria.


- Ele acha que você irá detestar se mudar, então, creio que ele esteja fazendo seus jogos...


Daiana se sentou em sua cama e cruzou os braços, detestava o jeito que seu pai a tratava, ele gostava que ela fizesse coisas que não lhe apetecia. Mas neste instante ela acreditava que o feitiço dele, viraria contra.


- E nós iremos entrar nessa... – disse ela puxando o rapaz para seu lado.


- Por isso que eu gosto de você – sussurrou Benjamin acariciando a bochecha da menina – Você é ousada e...


- Shiiu!  Não precisa falar essas coisas... – sussurrou ela interrompendo-o, e dizendo ao seu ouvido – Eu te amo...


O sorriso bobo se formou no rosto dele, era a primeira vez que ela falava aquilo desde que eles começaram a namorar e isso fazia... Um ano.


- Antes que eu me esqueça – disse ela encarando-o rindo – Da próxima vez que vier me dar uma noticia, entre com calma... Quero ter uma barreira para nos separar desta casa...


Ele soltou uma gargalhada assentindo ao que Dai havia dito e selou seus lábios nos dela, interrompendo o beijo para dizer:


- Eu te amo...


Daiana esboçou um sorriso travesso, e corou. Finalmente trocaram as juras que ela sempre sonhou. Sua vida não podia melhorar. Iria para Nova York com seu namorado. Já se imaginava em cada coluna social, arrasando nas festas, por que ela era linda e podre de rica.


Logo os dois estavam unidos novamente, comemorando o futuro na cidade que nunca dorme.


 **


A fumaça do charuto de Juan dominava o ambiente da sala de reuniões. O homem de olhos negros se localizava sentado em um de seus sofás de couro, enquanto observava Tony chegar à sala com sua filha, e com o jovem Bennet.


Era de se notar que todos na sala se encontravam tensos, Perez batucava sem parar seus dedos sob o copo de uísque que tinha em suas mãos, seu charuto queimava, porém ele tinha outras preocupações a ficar fumando-o. Quando cruzou o olhar com o da filha, pensou no que queria para ela. Por alguns segundos pensou em desistir e mandá-la para o México com sua mãe, longe de tudo o que faria mal a sua pequena garota. Mas a ganância falava mais alto, Juan batalhara anos e anos para conseguir comprar sua primeira boca, em Monterrey ainda, de repente se tornara o braço direito de Paco, o maior traficante da região, e por consequência aprendera com ele tudo que sabia. E queria que sua filha continuasse com o negocio, não gostaria que acontecesse com ele o que aconteceu com o amigo. Toda a fortuna ficasse para o fiel escudeiro. Perez não gostava de pensar na possibilidade de todo seu suor, pó e dinheiro nas mãos de Bennet. O império deveria continuar sendo guiado pelos latinos. E com isso em mente conclui que a melhor alternativa era mandar Daiana para Nova Iorque, pois daqui alguns anos ela voltaria apta a controlar tudo, e dar a ele o merecido descanso.


Seus olhos saíram dos de sua menina e vagaram até os de Benjamin, garoto que em seus planos, no futuro seria seu genro. Futuro, não agora. No momento ele seria o guarda-costas. Ao concluir deu um gole em sua bebida, ajeitou-se em seu sofá, rompendo o silêncio:


- Pode nos deixar a sós, Anthony? – ele não queria ser interrompido pelo moralismo do amigo.


- Sim, senhor. – respondeu o homem deixando-os sozinhos.


Ben engoliu em seco e fitou Dai, que estava com a expressão fria. Ele temia que ela desse com a língua nos dentes e acabasse com o plano.


- Bom, os chamei aqui porque quero comunicá-los que a partir de segunda, não moram mais nessa casa.


- O QUE? – questionou a menina aos berros – COMO ASSIM? QUEM PENSA QUE É?


Benjamin estava em choque.


- NÃO GRITE COMIGO, GAROTA! – exclamou Juan, colocando seu copo com força sob o criado e levantado, continuou com o dedo sob o rosto da garota – SOU SEU PAI! E NÃO A PORRA DE NENHUM VAGABUNDO! – ela encolheu seus ombros – QUANDO EU FALO VOCÊ CALA A BOCA E OUVE. ENTENDEU?


Com a cabeça baixa a garota assentiu, era nesses momentos que sentia ódio do pai.


- Como eu dizia vocês irão se mudar para Nova Iorque...


Silêncio.


- Sabem o Schmidt? – ambos assentiram – A filha dele estudou em um colégio de freiras e saiu de lá uma pessoa digna, educada e acima de tudo apta para guiar os negócios da fábrica de sorvete...


- Não sou como a pau mandado da Gloria! – resmungou Daiana – Não vou sair de Malibu, tenho uma vida aqui!


- E dai?! – disse o pai rindo – Pouco me importa seu presente, me interessa seu futuro.


- O mundo não gira em torno de você! – se manifestou a garota.


- Não me chame de você! – respondeu Juan prestes a se alterar novamente – Senhor, e os ensinamentos daquela escola irão lhe fazer muito bem...


- Sou do jeito que me educou, e não irei para lá nem que me pague...


Benjamin encarou abismado toda a cena, sua amiga sabia fingir muito bem, parecia...


Uma atriz.


Juan contou mentalmente até mil, para não bater na filha, respirou fundo e continuou:


- Por isso chamei Benjamin, ele irá com você e se não for por bem irá por mal...


- Então eu pressinto que irei sair dessa casa por mal...


- Dai – se manifestou Ben pela primeira vez – Ouça seu pai, ele quer o melhor para você...


- Ouça seu amigo, antes que eu mude de ideia e te mande para México, longe de tudo e todos.


- Prefiro ir para lá, a ter de servir de santa todo o colegial.


As veias da testa de Perez pulsavam, no fundo, ele entendia o motivo da filha ser assim, sempre fora ausente, se dedicava mais a fábrica de “laticínios” que a ela...


- Daiana – suplicou o garoto vendo que o mais velho partiria para cima dela – calma...


- Ele está me ameaçando Ben! Não vou para Nova Iorque!


- VOCÊ VAI SIM! – gritou o homem nervoso, segurando-a pelos braços – EU MANDO EM MAIS DE 30 HOMENS, E NÃO VAI SER UMA PIRRALHA QUE VAI ME ESTRESSAR!


- Me larga – resmungou ela com lágrimas nos olhos.


- NÃO! E ENTENDA, NÃO SERÁ MAIS SEGUNDA QUE VAI SE MUDAR. SERÁ AMANHÃ!


- N-Ã-O! – exclamou ela.


- SIM! – retribuiu o pai apertando-a, e fazendo-a chorar mais. –Suba para o seu quarto e vá arrumar suas coisas.


- Não!  -disse ela se soltando e limpando as lágrimas – Eu gosto de ficar em Malibu!


- Suba e vá arrumar suas coisas – repetiu Juan.


- N...


- Cala a boca! – exclamou Ben a ela – Vamos, eu a ajudo...


- Não, Benjamin! Você é um idiota! Faz tudo que ele manda! Que amigo é você? – novamente as lágrimas escorriam.


O garoto ficou imóvel ao observar Daiana sair correndo da sala, ele sabia que aquelas palavras e o choro não eram uma cena. Ben se sentiu impotente, um tolo. Viu o amor de sua vida ser humilhado e não fez nada.


Medroso.


- O admiro filho! – sussurrou Juan colocando sua mão sob o ombro do rapaz.


- Por quê? – questionou.


- Você sabe onde está, e preza o que seu pai ensinou...


-...


- Vá logo, precisa colocar na cabeça de minhocas daquela garota que irão para Nova Iorque.


- Mas...


- Eu o admiro, por isso estou mandando você, proteja-a como se fosse sua, por mim.


Ele faria isso, sem Juan pedir. Deveria ter protegido ela de seu pai, mas fora um estúpido.


Assentindo, Benjamin saiu da sala e guiou-se para o quarto de Daiana, o fim do dia seria longo...


Perez caminhou sozinho pelo cômodo, e pairou seus olhos sobre a fotografia de sua falecida esposa, e sussurrou:


- É o melhor que eu poderia fazer...


**


 


Aflito Benjamin batia desesperadamente na porta de Daiana. Ao ser aberta se deparou com os olhos inchados da garota.


- O que quer bundão? – resmungou ela.


Ele a ignorou e entrou no quarto, fechou a porta, em seguida a abraçou sussurrando:


- Você é uma filha da puta...


- Que tu gostas! – completou Dai gargalhando.


- Fiquei com medo lá embaixo, sério...


- Percebi, deixou o carrancudo do meu pai me humilhar...


- Sabe que evito conflitos com ele...


- Sei sim – respondeu ela se afastando e deitando de forma sedutora na cama – Esqueça aquele idiota...


Ben arqueou a sobrancelha e caminhou até onde ela estava.


- Vamos festejar – continuou ela puxando-o para si – Afinal, Nova Iorque será nossa...


- Achei que gostasse de Malibu... – sussurrou ele mordiscando o ouvido dela – Quase morreu defendendo ela...


- Daddy I`m so sorry, i`m so s-s-sorry, yeah We just like to party, like to p-p-party, yeah – respondeu ela cantarolando, em seguida guiou seus lábios para os do garoto.


Daiana no fundo gostava disso tudo, sabia que se fosse para Nova Iorque tudo iria mudar, quem sabe não viraria vizinha da cantora de sua música predileta, melhor, não vire uma estrela nova iorquina...


Rompendo o beijo, ela virou seu corpo, jogando-se sob Ben, e conclui sorrindo:


- Bang bang, we`re beautiful and dirty rich


 


 



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Autor(a): urbrowneyes

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • urbrowneyes Postado em 01/05/2014 - 18:21:19

    MIL PERDÕES PELA DEMORA, BOM QUEM QUISER ESTA FIC JÁ ESTÁ FINALIZADA, PORÉM IREI POSTÁ-LA SE EU TIVER NO MÍNIMO 3 COMENTÁRIOS POR CAPITULO <3

  • ceehsilva Postado em 29/09/2013 - 20:52:14

    posta mais...


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