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Capítulo: 1? Capítulo

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@ Capítulo 01


Meu irmão gostou. Eu, não. Quero dizer, para o Dimmy – o maior galinha dos EUA (ele é meu irmão, então acredite, sei bem do que eu estou falando) – foi muito fácil receber a notícia da mamãe que a gente ia se mudar para Nova Iorque. Muito fácil porque ele provavelmente só pensou nas loiras siliconadas que encontraria lá. Mas fala sério! Que pessoa em sã consciência gostaria de trocar o sol da Califórnia por aquela cidade de pedra?
De jeito nenhum eu ia querer passear em ruas onde é bem normal se ver mendigos jogados por aí. Onde eu poderia ser assaltada – ou ser vítima de outros tipos de violência que, bem, você pode imaginar – com facilidade. Onde eu teria mais tendência em ficar doente com poluições ou coisa do tipo.
Tudo bem que lá em Nova Iorque também tem coisas beeem legais. Mas ainda assim eu preferia a minha cidade natal – na ensolarada Califórnia.
Mas de qualquer forma eu não tinha escolha, tinha?
Eu estava terminando de guardar minhas coisas nas duas malas gigantescas da viagem. Em uma delas couberam todas as minhas roupas, e a outra foi suficientemente grande para ser ocupada com meus pertences: maquiagens, livros, bolsas, sapatos, iPod, câmera digital, alguns CDs e DVDs, uma nécessaire com produtos higiênicos, e outras coisas comuns de se ter quando você é uma garota de 15 anos.
Quando terminei, olhei triste ao redor, para o meu quarto vazio. Quem iria ocupar ele assim que eu, Dimmy e mamãe nos mudássemos daqui? Provavelmente outra pessoa do sexo feminino. Porque eu duvido muito que caras como Dimmy iriam querer ficar em um quarto todo rosa, que nem o meu era. Os móveis ainda estavam todos lá, sem nada – iriam ser vendidos junto com a casa. A linda casa com dois andares e piscina que eu tinha aqui.
Eu te pergunto, com uma vida dessas, quem iria querer se mudar? Pessoas como eu, com certeza não. Mas infelizmente ninguém da família é como eu. Sério, às vezes eu acho que posso ter sido trocada na maternidade ou algo assim. Sou tipo a ovelha negra da família.

Eu não consegui acreditar quando mamãe aceitou a proposta de emprego novo em Nova Iorque. Quem precisa ganhar 3 vezes mais do que já ganha? Grandes coisas. Mas, evidente que minha mãe não acha isso. Ela achou que “poderia proporcionar uma vida bem melhor para o seu casal de filhos”. O meu argumento de que a nossa vida já é ótima não adiantou nada. Eu puxei totalmente a teimosia da mamãe, por isso sei que discutir mais ia ser só perda de tempo.
Mas não foi só porque ela ia ser promovida que ela tomou a decisão. O meu pai – que se divorciou dela quando eu e Dimmy ainda éramos tão pequenos que nem sabíamos falar direito – mora lá, então mamãe achou que seria uma boa a gente morar perto dele. Sabe como é, pra ele ver os filhos com mais freqüência e coisa e tal. Mas, para ser sincera, eu quero que ele se dane. Tem anos que eu não vejo a cara dele, nem ouço sua voz, e não faço a mínima questão de que as estatísticas mudem.
A pessoa que mais ficou triste quando soube da mudança dos Goud foi minha amiga Gerie – ou eu devo dizer ex-amiga? Não por minha causa, longe disso. Mas por causa do Dimmy. Desde que eu fiz uns 12 anos, aprendi da pior forma que só podia fazer amigas feias. Todas elas já eram apaixonadas por ele, mas, quando ele resolvia se interessar por uma delas...bom, daí elas deixavam de ser minhas amigas para virarem ficantes de curto prazo dele. É bem impressionante a facilidade que ele tem para roubar as amizades (apesar dos interesses dele não se encaixarem bem nesse quesito) da irmã mais nova.
- Sky, eu nem acredito – ela disse chorando, se pendurando no meu pescoço, depois que invadiu meu quarto alguns minutos depois de eu terminar as malas – vocês tem mesmo que se mudar?
- Ai, Gerie, isso dói – tentei me livrar dos apertos dela. Eu ia acabar morrendo estrangulada se não fizesse isso.
- Desculpa – ela se soltou de mim e limpou o rosto.

- Olha, o Dimmy não é o único garoto bonito daqui, então não precisa ficar assim – achei que essa foi a melhor forma de consolá-la, porque era evidente que ela estava assim pelo fato que não iria ver mais ele.
Logo depois ela tentou exclamar meu apelido em duas sílabas, uma coisa que saiu meio que “ská-ái!”.
- Sério, Gerie. Eu realmente não sei o que você vê nele.
- Tá brincando? Ele é a coisa mais linda!
- Ahan – eu disse ironicamente. Não sei mesmo o que as meninas viam nele. Elas deviam ver como ele é quando está comendo.
- Mas Sky, tirando isso do Dimmy, eu vou sentir sua falta – ela disse numa demonstração de amizade que eu não via há muito tempo – sério. Você é minha melhor amiga.
Então ela se agarrou de novo no meu pescoço. Eu fiquei com vontade de fazer a mesma coisa que ela estava fazendo comigo – esganá-la -, mas resolvi dar uma trégua. Puxa, era os últimos momentos dela comigo. Não que isso me importasse de verdade. Mas não foi pelo fato que ela estava me enforcando que eu me separei dela num pulo 1 minuto depois.
Ela estava fedendo a Dimmy. Argh. Sério, não sei que perfume horrível é esse que ele usa, mas é um odor que minhas narinas não conseguem inalar.
- Você andou se agarrando com o Dimmy antes de vir pra cá? – eu perguntei numa cara de nojo, fazendo ela ruborizar.
- Bem...é...quero dizer..ah.
Considerei isso como um sim. O cheiro dele só passaria assim pra ela com uma proximidade muito próxima. Muito próxima mesmo. Se é que você me entende.

Depois que a Gerie foi embora, o táxi chegou e a gente foi para o aeroporto.
O vôo foi tranqüilo. Não é tão ruim assim ficar horas dentro de um avião. Quer dizer, eu gosto de andar de avião. Diferente do bobão do Dimmy. Ele precisou de uns três saquinhos de vômito, você precisava ver a cara das aeromoças. Realmente, um nojo. Queria ver o que a Gerie ou uma das outras meninas com quem ele costumava ficar acharia disso.
Quando a gente saiu do Aeroporto Internacional de Nova Iorque – depois de pegar as bagagens e tudo mais -, estava nevando. Ótimo. E, se quer saber, eu odiei a neve. Experimente pegar aqueles gelos do seu freezer e ficar segurando com a mão nua por alguns minutos. A sensação é igual. Chega a queimar, de tão frio. Ou seja, sabe a fantasia que a gente sempre tem quando criança de construir um boneco de neve? Desista. Minha decepção com a neve foi tão grande que serviu para mim achar que todas as outras coisas aqui seriam ruins. Ela só parecia legal nos filmes. Por que a mamãe tinha que escolher logo dezembro para se mudar, hein? O inverno da Califórnia não era frio como o daqui. O inverno quente que eu não teria mais.
A gente parou em frente à fileira de táxis da calçada. O taxista de um daqueles carros saiu e começou a juntar as malas e colocar elas no porta-malas.
Depois que estávamos todos dentro do carro – minha mãe no banco do carona e eu e Dimmy nos bancos de trás -, mamãe leu o endereço escrito em um papel e o taxista colocou o taxímetro para rodar, em seguida descolando o carro rua afora.

O táxi tinha cheiro de tabaco, e o motorista deixou as janelas abertas, por causa da fumaça do cigarro que estava fumando. E como se não bastasse isso, ele ligou o rádio em um volume altíssimo, tava tocando uma música cafona inaudível de tão horrível. Sério, deu vontade de pular daquele carro e sair rolando pela rua até um carro passar por cima de mim e eu morrer esmagada. Para completar o desastre, eu fiquei com uma tremenda dor de cabeça. Como se já não fosse ruim o bastante eu estar me mudando para Nova Iorque.
Eu dei graças a Deus quando o táxi parou em frente a um edifício. Saímos de lá e depois ficamos parados em frente à construção com as malas do lado. Fiquei surpresa ao notar que era uma casa de três andares, pintada de cinza, com margaridas plantadas em vasos no parapeito das janelas que davam vida ao lugar. Minha cabeça ainda estava latejando, então me perguntei se aquilo não era fruto da minha imaginação fértil.
- Mãe, é essa casa aqui mesmo? – perguntei desconfiada.
- Na verdade filhinha, a gente vai ficar aqui só até estiver tudo certo com a casa nova.
Ah, claro. Estava bom demais para ser verdade.
- E essa é a casa de quem? – semicerrei os olhos, com medo da possível resposta.

- É a..casa. De uma amiga.
- O que?! – praticamente gritei.
- Uau, já ouvi muitas histórias sobre isso – Dimmy fez um de seus comentários inúteis, e seja lá o que estivesse pensando, provavelmente era sobre a vida sexual presente no lugar. Normalmente é isso que se passa pela mente limitada dele. Resolvi ignorar ele.
- Era só o que me faltava, mãe!
- Skyler, por favor – ela me olhou com um ar implorativo – é por pouco tempo.
- Mas mãe! Por que a gente teve que se mudar pra cá, me diz, por quê?! – eu estava bastante indignada.
- Deixa de ser chata Sky – se intrometeu meu irmão.
- Cala a boca, Dim.
- Chega. Sem discussão – mamãe disse com voz autoritária, enquanto tocava a campainha.
Uma mulher aparentemente da idade da minha mãe apareceu na porta, e com o rosto se iluminando, gritou lá pra dentro:
- Ei, Austin! São os Goud, vem aqui ajudar com as bagagens!
Depois um homem, que devia ser o marido daquela mulher, apareceu também, e os dois saíram para cumprimentar a gente. Todos entramos.
A mulher animadamente se apresentou como Heidi, e o homem chamado Austin era mesmo marido dela afinal. Eles moravam lá com o filho. Aliás, só faltava o filho deles para completar a família Parret. Logo eu descobri quem era o sujeito.
Mamãe e o Sr. e Sra. Parret estavam conversando, Dimmy estava jogando um mini game (tirado não sei da onde, ele devia ter trazido no bolso) sentado no sofá de dois assentos que ficava do lado da porta, e eu estava em pé enfezada do lado das malas. Quando eu vi a última coisa que esperaria ver lá. Gritei com todas as minhas forças – e olha que não eram poucas.

- Um rato!!! – consegui gritar com o pouco fôlego que me restava.
Minha intenção era ir subir no sofá que Dimmy estava sentado para evitar de qualquer maneira um contato físico com aquela criatura nojenta, mas antes de eu conseguir fazer qualquer coisa um indivíduo se jogou no chão, bem na minha frente. Eu observava chocadíssima ele pegar aquele rato com as mãos – e olha que ele não estava usando luvas nem nada!
- Cuidado, você podia ter matado a Piper – ele disse irado, examinando o rato (ou no caso a rata) dos pés a cabeça preocupadamente.
- O que, você tem um rato de estimação?! – eu perguntei sem conseguir acreditar.
- Rato não, hamster – ele disse evidentemente irritado, olhando pra minha cara.
- Ah, esse é Andy, meu filho – disse Heidi.
- Maneiro! Por que eu nunca tive essa idéia antes? – disse Dimmy se aproximando.
Ele olhava alucinado para o rato – ops, hamster – do Andy, que por sua vez olhou sem entender para Dimmy.
- O rato
- Hamster – disse Andy interrompendo Dimmy
- Que seja. Isso consegue assustar totalmente a Sky – ele disse pegando a hamster da mão de Andy e tentando colocar em mim, me fazendo gritar novamente.
Os adultos presentes ali do lado estavam prestando zero atenção na gente.
- Ei, me devolve ela – disse Andy tirando a hamster da mão de Dimmy (para o meu alívio) e saindo do hall irritado. Muito irritado.
- Calma, cara – Dimmy disse levantando as mãos no ar, como aqueles assaltantes pegos em flagrante fazem quando a polícia mandam eles largar a arma. Em vão, pois Andy já havia saído das nossas vistas há muito tempo.
Mais tarde eu, mamãe e Dimmy subimos com as bagagens e tudo mais. Já era noite quando eu – depois de tomar um banho no banheiro do quarto que ia ficar temporariamente – deitei na cama e apaguei.








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Autor(a): Wallie

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • blume Postado em 02/05/2009 - 22:31:49

    tenho sim. *-*' a web tá muito liinda. vou ler por lá tbm ;}

  • wallie Postado em 27/04/2009 - 22:01:17

    obrigada, muito obrigada *-*
    blume, você tem orkut? eu posto minhas webs aqui, olha
    http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=81697345
    já tem uma boa parte dessa web pronta. :)

  • blume Postado em 26/04/2009 - 13:04:42

    posta maix :(

  • blume Postado em 22/04/2009 - 18:56:50

    aii, o andy(?) bem que podia convida-la :p poosta mais frôr *-*

  • blume Postado em 21/04/2009 - 14:07:38

    tá muito linda. você escreve muiitissímo bem. parabéns. aah, e posta maiis ;}

  • blume Postado em 20/04/2009 - 15:07:50

    nossa, ameeei ♥
    posta maiis colega *-* perfeeita


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