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Capítulo: 2? Capítulo

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@ Capítulo 02


- Dim, você vai me deixar aqui sozinha?! – eu sussurrei, arrastando ele para um canto onde não tinha ninguém.
- Quem pode pode, quem não pode se sacode – ele respondeu, parecendo um retardado completo. Por acaso eu mencionei que ele tem algum tipo de distúrbio mental?
Certamente ele não agia assim na frente dos amiguinhos dele.
- Então vai sacudir – falei mal humorada.
E ele voltou para o grupinho de onde ele veio. Era impressionante como no primeiro dia de aula dele, ele já estava popular assim.
Ótimo, eu era a única pessoa sentada sozinha no refeitório da Beacon High School. Fiquei contando os minutos até o horário de almoço acabar. Pelo menos nas aulas eu estaria entretida em algo.
Não acredito que eu tinha entrado logo no fim do primeiro semestre. Mamãe não podia esperar até janeiro pra gente se mudar? Com certeza seria melhor entrar no início do segundo semestre.
Mais tarde eu voltei com Dimmy a pé para a pensão. Com ele e com o Andy. A escola ficava pertinho de lá, dava perfeitamente para ir e vir com os próprios pés. E o Andy sabia o caminho. Parece que ele tinha um mapa de toda Nova Iorque na própria cabeça.
Eu não teria aula com nenhum deles dois, graças a Deus. Porque eu era do 1° ano, Dimmy era e Andy eram do 2°.
E, apesar de Heidi ter ordenado ao filho que ele fizesse a gente se dar bem aqui e tal, ele não cumpriu muito bem a ordem, me deixando sozinha no horário de almoço.
Na verdade eu também faria o mesmo, se estivesse no lugar dele. Pra que ele ajudaria alguém com quem não tinha trocado uma palavra desde o incidente do hamster?
E o Dimmy não precisou de ajuda nenhuma para se enturmar. Como sempre. As garotas do colégio fizeram questão de deixar ele bem à vontade o tempo todo.

Eu não podia acreditar que o meu próprio irmão tinha me deixado na mão desse jeito! Mentira, eu podia sim, na verdade. Era típico de Dimmy. Me deixar na mão, quero dizer.
Mas tudo bem, eu poderia me acostumar a passar os horários de almoço sozinha. Argh.
Ah, claro, para piorar o Baile de Inverno seria daqui a algumas semanas. Se fosse na Califórnia, eu já teria um acompanhante. Mas não. Eu não estava na Califórnia. Não mais. Não dava pra acreditar, não mesmo. Isso tudo era um pesadelo, e logo eu ia acordar. Pelo menos eu esperava que fosse.
Era meu primeiro dia de aula naquela escola e já tinha vários deveres de casa. Quando eu cheguei na residência dos Parret, peguei minha mochila e fui para a mesa de jardim que tinha no florido quintal dos fundos. Comecei a fazer os deveres de trigonometria, mas não entendia nada. Então resolvi deixar esses por último. Mas, quando eu estava tirando o meu caderno de biologia da minha mochila Roxy preta, eu ouvi barulho de passos. Era o Andrew. Ele também estava com a bolsa do colégio na mão, e pelo que parecia tinha tido a mesma idéia de eu – sabe como é, de estudar junto aos pássaros e flores. Quando ele me viu lá, começou a dar meia volta para entrar de novo na porta da sala de estar que dava para o quintal.
- Ei, qual é. Você não vai embora por minha causa, vai? – eu perguntei, indignada. Puxa, era a casa dele. Se alguém tinha que sair de lá, esse alguém era eu.
Ele se virou novamente, surpreso.
- Eu...é, tem razão.
Então ele jogou a mochila dele do lado da minha e sentou na outra cadeira da mesa branca. Pegou o caderno, e começou a fazer os deveres também. O ambiente estava num silêncio mútuo. Eu terminei de fazer bem rápido de fazer os deveres de biologia, gramática e física. Então, só restava um. Sem hesitar, perguntei:

- Andy?
Ele desviou os olhos do livro e olhou pra mim com aqueles lindos olhos verdes penetrantes. Só então eu reparei. Nele, quero dizer. Era um cara bem bonito. Ele tinha cabelos pretos caindo sobre os olhos, mas não tanto a ponto de tampá-los. Ainda bem, pois seus olhos eram lindos demais para serem escondidos assim.
- Me explica isso? – eu disse virando o meu caderno de trigonometria com os exercícios em branco para ele.
Surpreendentemente, ele começou a me dizer como fazia, e depois que eu entendi tudo ficou tão simples que eu me perguntei como não havia conseguido entender antes.
E, além disso, comecei achar ele um cara meio...bem, legal. O jeito dele, e tal. Pena que parecia ter algum tipo de aversão a mim.
Eu juntei minhas coisas dentro da minha mochila e fui para o quarto. Abri uma das minhas duas malas, e tirei meu notebook de lá. Foi fácil conectar depois que eu liguei ele, por causa da linha de conexão dos Parret. Respondi meus emails, e quando eu ia desligar o notebook, percebi que havia chegado uma mensagem nova. Era da Gerie. Resumindo, ela queria saber sobre o Dimmy. Respondi que ele estava se dando muito bem com as meninas daqui, para causar um pouco de ciúmes nela. O que não deixou de ser verdade, para ser sincera, pelo que eu vi no BHS (Beacon High School) mais cedo. Depois eu desci para jantar e depois fui dormir. Essa noite eu tive um sono mais tranqüilo.
O dia seguinte na escola também estava bem melhor. Não nevava tanto, para começar, de forma que meu casaco de lã foi suficiente para o frio. E depois, na minha primeira aula, a de trigonometria, eu conheci uma menina que tinha faltado ontem.

Savannah Thorn era o nome dela. Morena, cabelo liso e preto, linda. Ela era bem legal, foi bem receptiva comigo, diferente das outras pessoas do colégio. E ela se mostrou tão ruim em trigonometria quanto eu. Eu expliquei os deveres para ela do jeito que o Andy tinha me explicado, e isso fez que eu ganhasse uns pontos com ela no quesito amizade. O que foi bom, porque sinceramente, eu não sei se ia mesmo conseguir passar todos os almoços sozinha. Ah, ela também me disse que as meninas da escola estavam me ignorando por medo de perder a atenção da população masculina. Haha, não sei se é bem isso, mas ok. Eu não sou nenhum bagulho, mas puxa, nenhum menino mostrou sinal de interesse por mim aqui.
No horário de almoço ela me chamou para sentar com ela e os amigos dela - Lindsay, April, Tobias, Alexia, e Brandon – o namorado da Álex. Eles também eram legais. Fiquei feliz por não estar mais sozinha.
O resto da semana passou voando, na mesma rotina de sempre. Eu estava louca para me livrar daquela casa e morar na minha própria casa, com apenas a família testemunhando meu dia-a-dia (só isso já era ruim); por mais que sair de lá significasse deixar de ter as ajudas do Andy nos meus deveres de casa. Mamãe quase não parava em casa – quer dizer, na casa dos Parret -, mas quando isso acontecia eu esgotava a paciência dela com essa coisa de não querer ficar mais aqui. Ela disse que já estava quase tudo pronto, e que no máximo até o natal a gente já estaria na casa nova.
O natal seria daqui a 3 semanas. Eu podia agüentar, eu acho. E, falando em datas, daqui a duas semanas seria o baile de inverno do colégio. Mas eu tinha decidido não ir.
O Dimmy, ao contrário de mim, já devia ter recebido milhões de convites das meninas. Eu realmente não sei o que as garotas vêem nele.

Tudo bem, ele é bonito, mas não é tão gato assim. Fala sério. Ele é bem parecido comigo – os mesmos cabelos castanhos lisos, a mesma franja usada de lado, a mesma pele pálida e bochechas rosadas, os mesmos olhos tão escuros quanto a cor do meu iPod preto, os mesmos cílios longos, enfim, a gente fisicamente é parecido em quase tudo. Mas, mesmo assim, eu não sou tão idolatrada pelos meninos quanto ele é pelas meninas.
De qualquer forma, eu não iria para o baile. Já estava decidido. Nem se alguém convidasse, porque eu não ia querer ir com qualquer pessoa. E eu também nem teria cara para aparecer lá desacompanhada. De jeito nenhum. De pensar que eu perderia meu primeiro baile no ensino médio por causa da porcaria de Nova Iorque.
Era sábado a tarde quando eu peguei meu notebook e fui para a mesa de jardim do quintal dos fundos. O Andy estava lá, como sempre. Com a rata dele na mão.
- Você gosta daqui – ele disse enquanto eu abria o notebook e apertava o botão de ligar. Não era uma pergunta.
- Você também gosta – olhei para ele.
- Sim, é meu lugar preferido da casa. É lindo, e tão... sei lá, calmo.
- Te entendo.
- As vezes eu gosto de me desligar do mundo.
Eu voltei minha atenção do notebook para ele de novo. Ele olhava para o nada, com um ar pensativo. Fiquei sem saber o que dizer. Era uma coisa que acontecia com freqüência nas poucas vezes que eu conversava com ele.

Mas antes de eu poder bolar alguma coisa para falar que não me fizesse parecer idiota, senti uma coisa subindo na minha mão e dei um grito. Era uma reação natural, eu sempre gritava quando algo encostava em mim desse jeito. Não era eu que gritava, é que o som simplesmente saía da minha boca, sabe? Depois que eu gritei, a hamster me deu uma mordida e eu balancei a mão, tirando ela de lá.
- Ei, calma. Assim você assusta a Piper – ele falou em tom de repreensão, tirando ela de perto de mim.
- Eu não tô nem aí pra essa...essa..esse bicho! – eu disse numa expressão de nojo.
- Que jeito lindo de tratar os animais – havia bastante sarcasmo na voz dele.
- Não deixa isso encostar em mim de novo, senão... – eu falei em tom de ameaça, com o cenho franzido.
- Senão...?
- Você vai ver.
- Legal, fiquei curioso para saber o que eu vou ver – ele disse aproximando a mão em que a hamster estava de mim. Eu comecei a gritar.
- Saaaai, sai! – comecei a me afastar.
E ele começou a rir. Isso, a rir. E eu percebi que ele tinha covinhas na bochecha. Ele nunca havia sorrido perto de mim antes, então não tinha como eu saber.
- Adeus – eu disse brava quando ele parou de rir, me preparando para fechar o notebook e sair de lá.

- Fala sério, Sky – ele fez as covinhas irresistíveis aparecerem novamente num sorriso que ele havia aberto. Eu não sei se foi isso, o jeito como ele disse meu nome ou o modo como seus profundos olhos verdes me fitavam que fez meu estômago se encher de borboletas e meu coração revirar. Mas eu sei que fez um ótimo trabalho, pela forma que eu me senti. Então mais uma vez eu fiquei muda, e acho que nem se eu tentasse conseguiria fazer alguma palavra sair da minha boca. Legal, além de tudo, ele me tirava a capacidade da fala.
- Sua mão tá sangrando – ele falou parecendo estar preocupado, depois de algum tempo de silêncio, quando percebeu o que aquela hamster tinha feito. Só quando ele falou isso eu senti que minha palma da mão estava ardendo. Eu entrei em desespero, tinha horror de sangue.
- Ai, olha o que essa..essa rata fez comigo! E se ela tiver me transmitido alguma doença? Meu Deus, será que eu vou morrer?!
Andy reprimiu o riso, ele parecia se divertir com aquilo.
- Calma, calma. Hamster não transmite doença, e é só lavar a mão que pára de sangrar.
- E se não parar? – eu disse manhosa.
- É só um pouquinho de nada esse sangue saindo, Sky.
- Só um pouquinho de nada? Já saiu tantos litros de sangue da minha mão que dá até pra encher uma piscina olímpica!
- Meu Deus, como você é exagerada...
Ele se levantou da cadeira e entrou na casa, me deixando ali sozinha. Eu fiquei sem reação. Não sabia se devia entrar também. Mas era melhor fazer isso, por via das dúvidas. Estava prestes a me levantar, mas o Andy apareceu de novo na minha frente. A Piper não estava com ele, ele devia ter guardado ela na gaiola. Ele se ajoelhou meio que na minha frente, pegou a minha mão mordida, espirrou o anticoncepcional do frasco em spray no ferimento e passou um paninho por cima. Sabe, até que não era tão ruim assim. Ele cuidando de mim, quero dizer. Eu estava até pensando seriamente em deixar aquela hamster me morder mais vezes (não).
- Melhor? – ele perguntou, olhando para cima.
Com ele ajoelhado daquele jeito, nossos rostos estavam a centímetros de distância um do outro. Perto o bastante para ele me beijar, por exemplo. Mas é claro que ele não ia nem queria me beijar. Ele não pensava em mim assim.
- C-claro – eu disse, deslumbrada.
- Ok – ele deu um sorriso torto, fazendo só a covinha da bochecha esquerda aparecer.
Por acaso eu mencionei que ele fica simplesmente lindo quando sorri?
Então ele levantou de lá e sentou na cadeira dele novamente, estragando o clima. Tudo bem, não tinha clima nenhum, era só coisa da minha cabeça. Ele só estava tentando ser legal comigo, para compensar a mordida da Piper. Certo?
- E mais cuidado da próxima vez, ou eu posso te processar – disse em tom de brincadeira, fazendo ele rir.
Minhas piadinhas – das quais tenho em montes – seriam ótimas agora. Sabe como é, para fazer ele rir. A imagem de Andy sorrindo não é nada ruim, tenho que admitir.








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Autor(a): Wallie

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • blume Postado em 02/05/2009 - 22:31:49

    tenho sim. *-*' a web tá muito liinda. vou ler por lá tbm ;}

  • wallie Postado em 27/04/2009 - 22:01:17

    obrigada, muito obrigada *-*
    blume, você tem orkut? eu posto minhas webs aqui, olha
    http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=81697345
    já tem uma boa parte dessa web pronta. :)

  • blume Postado em 26/04/2009 - 13:04:42

    posta maix :(

  • blume Postado em 22/04/2009 - 18:56:50

    aii, o andy(?) bem que podia convida-la :p poosta mais frôr *-*

  • blume Postado em 21/04/2009 - 14:07:38

    tá muito linda. você escreve muiitissímo bem. parabéns. aah, e posta maiis ;}

  • blume Postado em 20/04/2009 - 15:07:50

    nossa, ameeei ♥
    posta maiis colega *-* perfeeita


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