Fanfic: A Solução / Herroni, Vondy y Portivez | Tema: Rebelde

 Maite começou a falar:
- No internato, depois que a Annie veio embora, eu comecei a me sentir muito sozinha. Conheci um garoto e ele se tornou um grande amigo pra mim. Com o passar do tempo, acabei me apaixonando por ele. Começamos a namorar.
- Um dia, estávamos conversando no pátio e ele me disse que queria transar comigo. Eu disse à ele que não tava pronta pra isso agora. Ele ficou insistindo e a gente brigou. Ficamos uma semana sem nos falar.
- Numa sexta-feira ele veio me pedir desculpas e me convidou pra ir numa festa na casa do primo dele. Nós fomos e chegando lá, o Guido... - Maite falava quando foi interrompida por sua mãe.
- Guido? Guido Laris? O sobrinho do diretor Yago? - Maryah perguntou e Maite assentiu.
- Eu mato esse muleque! - Arthur gritou cerrando os punhos.
- Calma papai. May, continua. - Dulce disse.
- Então... Chegando lá, o Guido me trouxe um copo de suco de laranja pra eu beber. Eu bebi um suco. Passou uns 5 minutos, eu comecei a me sentir estranha. Minha cabeça começou a girar e minhas pernas ficaram bambas. Eu pedi pro Guido me levar de volta pro internato porque eu não tava me sentindo bem.
- Ele me levou de volta, mas quando nós chegamos no internato, ele não me levou pro meu quarto como eu pedi, ele me levou pra um quartinho super apertado que tem lá perto do jardim.
- Ele trancou a porta e começou a tirar a blusa. Eu pedi pra ele abrir a porta porque eu estava me sentindo sufocada alí por causa da minha claustrofobia. Ele gritou comigo pra eu calar a boca e tirou uma faca do bolso.
- Começou a gritar pra eu tirar a minha roupa e que se eu não obedecesse, ele me mataria.
 May começou a chorar. Dulce a abraçou mais forte ainda contra seu peito.
- Papai, eu não queria. Eu juro - Maite disse em meio a soluços - Eu tentei lutar contra ele, mas eu tava fraca. Ele segurou meu pescoço e gritou pra eu ficar quieta. Eu tentei me soltar e com isso, ele me feriu de raspão com a faca aqui na barriga - May levantou um pouco a blusa pra mostrar a cicatriz - Eu juro que não queria papai, mas ele era mais forte que eu. Ele conseguiu o que queria. Me fez muito mal papai - Maite chorava descontroladamente.
- Filha, porque você não nos contou isso quando aconteceu? - Maryah perguntou chorando.
- Eu tava com medo mamãe, assustada. Me senti culpada por ter deixado ele abusar de mim. Eu tentei lutar, mas não consegui.
- O Yago sabe o que o sobrinho dele fez? - Arthur perguntou.
- Sabe sim. A Annie contou tudo pra ele quando ela foi me visitar no feriado.
- E ele fez alguma coisa? - Maryah perguntou.
- Não. Ele só disse que era pra eu apenas fazer de conta que nada tinha acontecido e que eu como uma vadiazinha, devia estar acostumada com aquilo.
- Como esse desgraçado se atreveu a chamar a minha filha de vadiazinha? Eu vou agora mesmo denunciá-lo no comitê acadêmico do internato por não ter feito nada à respeito disso. Isso é um absurdo! O sobrinho dele estuprou a minha filha e ele não fez nada? Ah ele vai me pagar caro. Ah se vai. - Arthur gritou nervoso.
- Calma amor - Maryah tentou acalmar o marido.
- Como você quer que eu fique calmo Maryah? Nossa filha foi estuprada por um psicopata dentro daquele internato caríssimo que eu julgava ser seguro, o diretor sabia e não fez nada? Eu não posso ficar calmo.
 Arthur saiu do quarto nervoso e logo ligou para o doutor Alessandro, advogado da família, marcando uma reunião para saber o que fazer em relação a Yago e seu sobrinho.