Fanfics Brasil - O pequeno Kurt Eu quero segurar a sua mão (Faberry, PucKurt, Brittana)

Fanfic: Eu quero segurar a sua mão (Faberry, PucKurt, Brittana) | Tema: Glee


Capítulo: O pequeno Kurt

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Ele era jovem, tão pequeno e sensível, tinha apenas cinco anos quando sofreu a sua primeira grande perda; apesar de não entender o que estava acontecendo, aquela criancinha de olhos extremamente azuis que mais parecia um anjo não merecia aquilo.



Eram poucas as pessoas que marcaram presença no local, todas de preto e chorando muito, Kurt olhava para todos procurando por respostas que não encontraria – não ainda. Seu pai era um homem forte, tentava se manter firme enquanto segurava o seu doce anjinho nos braços, mas nem mesmo ele poderia conter suas próprias lágrimas por muito tempo.


-Papai porque todos estão chorando? – perguntou a criança que já estava ficando angustiada com aquilo tudo. Não gostava de ver as pessoas tristes.


 


-Não é nada filho, não é nada. – respondeu o homem enxugando rapidamente os olhos com as costas da mão.



-Papai, porque a mamãe não levanta? – o pequeno segurou com as mãozinhas delicadas o rosto forte do homem.


 


-A mamãe está dormindo meu anjo, ela está se preparando para fazer uma grande viagem. – Burt Hummel não sabia o que dizer aquela pequena criatura inocente.



-E para onde ela vai? – Kurt fez uma carinha triste ao saber que sua mãe viajaria sem levá-los.



-Burt... – chamou uma voz delicada e bastante conhecida pelo homem. Era a irmã da sua esposa.


 


A mulher segurava na mão de um garotinho da mesma idade de Kurt, era o seu primo Noah, cabelos negros, pele morena e olhos verdes, apesar de serem parentes as duas crianças eram completamente diferentes. 

Os dois se abraçaram e Kurt foi para os braços da mulher. Ele sorriu e abraçou-a com força.


 


-Titia! – disse beijando-a.


 


-Então, vamos dar um passeio?!


 


-Posso dar um beijo na mamãe antes de ir? – perguntou inocentemente.

A mulher sentiu um nó na garganta, mas conteve as suas lágrimas. Ela e os dois garotos se dirigiram ao caixão que cheirava a rosas.

-Dorme bem mamãe. – disse o pequeno de olhos azuis após dar um beijo no rosto frio da mulher que tanto amava.



Burt Hummel se deixou desabar quando seu filho saiu, o homem chorou desesperado sobre o corpo imóvel da sua falecida esposa. “o que eu vou fazer? O que eu vou fazer sem você? O Kurt ainda é tão pequeno, tão apegado a você... Ele é tão parecido com você, tão delicado, tão frágil, eu tenho tanto medo de não seu um bom pai para ele” pensava Burt em meio ao seu desespero.



***

A mulher de cabelos castanhos sentou-se perto de um jardim com os dois garotos. Eles se olharam de uma forma um tanto curiosa, pois apesar de serem primos os dois nunca ficaram muito tempo juntos. Kurt se encolhia no colo da tia na medida em que o mais forte se aproximava.


 


-Titia, porque ele está me olhando assim? – perguntou Kurt com um pouco de medo.



-Não fique com medo meu anjinho. – respondeu a mulher com um sorriso confortador. – esse é o seu primo, o nome dele é Noah.

O garotinho de olhos verdes se aproximou um pouco mais e deu um sorriso tímido, Kurt ainda estava apreensivo, mas se deixou levar pelo sorriso do outro.



-Oi, tudo bem? – perguntou Noah estendendo a mão.


 


–Oi. – o rosto do menor tornou-se levemente vermelho. – meu nome é Kurt.

Os dois sorriram abertamente e se cumprimentaram como gente grande.

Depois disso eles passaram um bom tempo brincando, sempre sendo acompanhados pelos olhos amáveis da mulher; até chegar a hora da despedida.

-Vamos para casa filho. – disse o homem de aparência cansada.

O pequeno Kurt concordou e foi para os braços do pai, onde novamente se sentiu protegido de tudo.


 


-Kurt... Espera! – disse Noah chamando a atenção do primo.

O garotinho de olhos verdes se aproximou do outro que estava novamente no chão e lhe abraçou, o menor se assustou um pouco, mas abraçou o primo com toda a força que possuía.


 


-Tome, é pra você. – Noah entregou uma pequena florzinha que havia pegado no jardim depois que brincaram. – não fica triste ta bem?!

Kurt sorriu e pegou a delicada flor como se fosse a coisa mais valiosa do mundo.

-Obrigado. – agradeceu com os seus olhinhos azuis cintilando de tanta alegria.


 


Burt não estava bem e precisava de alguém, Meg, sua cunhada, se ofereceu para ajudá-los durante um tempo. Burt era um homem correto e bondoso, mas a mulher não tinha dúvidas de que ele ficaria perdido sem sua ajuda, seu marido não gostaria nada disso, mas ela não podia deixá-los naquele momento tão difícil.


 


-Burt, eu vou com você. – disse a mulher correndo junto com o seu filho.

O homem abriu a porta do carro e colocou a criança no banco.

-Meg... Agradeço por ter ficado com Kurt, mas eu não posso aceitar, as pessoas podem falar.



-Não me importo com as pessoas, sei que você vai precisar de ajuda com o Kurt, entre outras coisas, e eu não aceitarei um “não” como resposta. – a mulher sorriu de forma doce e entrou no carro com o seu filho Noah.

O pai do garotinho de olhos azuis ficou olhando a mulher por alguns segundos, a semelhança com a sua esposa era algo tão evidente, e vê-la cuidando dos dois garotos lhe fez sorrir como não sorria há tempos. Com certeza ele precisaria da ajuda da mulher, pois ele não saberia cuidar de Kurt sozinho nesse momento tão difícil para os dois.


Assim os quatro partiram no carro para a casa dos Hummel. Ao chegarem, Kurt ficou brincando com o seu primo enquanto Meg e Burt conversavam.

-Obrigado, eu não sei o que fazer, agora parece tudo tão confuso... – desabafou o homem apoiando os cotovelos na mesa e cobrindo o rosto com a mão.


 


-Burt, não fique assim, você é um ótimo pai... Sei que as coisas podem parecer difíceis agora, mas você precisa ser forte. – Meg levantou-se da cadeira e abraçou o pobre homem. – você tem um pedacinho da minha irmã com você agora, ela não iria querer você e o Kurt tristes.

O homem apenas balançou a cabeça e deixou-se ser abraçado.

-Melhor tomar um banho e trocar de roupa. – disse a mulher ao se afastar. – vou preparar algo para comerem.



Ele concordou meio que a contra gosto e se arrastou com a força que ainda lhe restava até o quarto.


 


-Noah. – chamou pelo filho que estava na sala.



-Sim, mamãe. – disse o pequeno ao chegar ao local.


 


-Vou preparar o jantar, onde está o Kurt?


 


-No jardim. – respondeu tranquilamente.



-Vá brincar um pouco com o seu primo, quando terminar nós iremos para a casa. – disse a mulher acariciando os cabelos negros do filho.


 


-Tudo bem. – concordou o garoto que saiu correndo para o jardim logo em seguida.



Kurt estava sentado na grama observando as rosas que foram cultivadas por sua mãe antes dela partir quando escutou um barulho. Instantaneamente o pequeno olhou para trás e viu um outro garoto na calçada com uma bicicleta por cima dele. Kurt correu pela grama bem aparada e com esforço retirou a bicicleta que estava por cima do dono. O garoto levantou com um pouco de dor, mas nada de mais havia acontecido, ele tinha apenas se arranhado um pouco; o garoto era magro, um pouco mais alto que Kurt e tinha os cabelos claros e lisinhos que lhe caiam sobre os olhos.



-Obrigado. – agradeceu timidamente a ajuda que o menor havia lhe dado.


 


–Oi, tudo bem? Meu nome é Kurt. – disse o outro animadamente.


 


-O meu é Finn, Finn Hudson. – o outro sorriu de forma animada também.

Os dois garotinhos estavam se entendendo bem, mas aos olhos de Noah, Finn representava algum tipo de perigo. O pequeno judeu de olhos verdes não havia pegado a história do começo, então era absolutamente normal que ele quisesse proteger o primo que aparentemente era bem mais frágil que ele. Noah correu até os dois e empurrou o desconhecido.

-O que você quer com ele? – perguntou o garoto de olhos verdes, ficando entre os dois.



-Calma, o Finn é meu amiguinho. – disse Kurt assustado com a reação do primo.


 


Noah ficou um pouco vermelho de vergonha, mas não parou de encarar Finn de forma desconfiada.



-Nos vemos depois Kurt. – disse Finn pegando a sua bicicleta, mas antes deu um abraço em seu mais novo amigo.


 


Kurt o abraçou e sorriu por ter feito mais um amigo, pois os únicos que tinha era a sua vizinha Mercedes, e agora o seu primo.

Noah continuou olhando feio para Finn até a hora que ele foi embora, logo após a saída do outro ele arrastou o primo para dentro de casa, segurando-o pela mão. Kurt sorriu sem entender o que aquilo significava.


 


***


A dor e o sofrimento de Burt Hummel foram se tranqüilizando com o tempo, não foi uma tarefa nada fácil no começo, pois o homem sabia que seu filho era diferente e ele tinha muito medo que alguém o machucasse algum dia, mas foi com a ajuda de Meg que as coisas tornaram-se mais amenas. Com o tempo e ajuda ele aprendeu a cozinhar, e a ser mais sensível com o filho e a cuidar de tudo sem ficar completamente louco.



Apesar da grande perda Burt aprendeu a cultivar uma forte e bela amizade com a mulher que lhe visitava diariamente para lhe ajudar com o filho pequeno. E em segundo lugar seu filho passou a ter mais amigos e a não ser tão tímido e fechado. Kurt e seu primo cresceram juntos por quatro anos, sendo criados quase que como irmãos. Burt e Meg viraram bons amigos, mas isso não estava sendo bem visto por algumas pessoas, principalmente pelo marido da mulher, afinal quantas mulheres casadas saem todos os dias para visitar o marido e o filho da irmã falecida?


–Meg, as pessoas já estão começando a falar. – comentou o homem preocupado enquanto conversavam.



-Para ser bem franca achei que demorou muito para começarem a falar algo. – a mulher respondeu despreocupada, com seu sorriso radiante de sempre.


–Só tenho medo de complicar as coisas no seu casamento.



-Não se preocupe, está tudo bem. – a voz da mulher não saiu tão despreocupada como antes com esta afirmação.


***


Mais uma tarde ensolarada e isso só significava uma coisa para Finn, Kurt, Noah e Mercedes, brincadeira! Os quatro amigos se reuniriam novamente no jardim da casa da garota para uma pequena farra. Como eram vizinhos, Kurt e Mercedes sempre viviam grudados, algo que não agradava muito o seu pai, mas Burt aprendeu a relevar algumas coisas, já que o filho era apenas uma criança.



-Cara você está brincando de bonequinha de novo?! - Noah brincou com o primo ao vê-lo com uma boneca de Mercedes.


–Cala a boca seu bobo. – ordenou Kurt um tanto envergonhado.


 


–Ah... Não liga pra ele não. – Finn sorriu e foi até o amigo. – ele é um idiota.


 


–Quem você está chamando de idiota, seu magrelo? – o garoto de olhos verdes não havia gostado nenhum pouco do que Finn havia dito; muito menos da sua aproximação com Kurt, já que gostava de ter a atenção do primo apenas para ele.


 


Finn não deu atenção para a provocação e em troca levou um empurrão do outro.


 


–Qual o seu problema. – brigou Mercedes, ajudando Finn a se levantar logo em seguida.


 


–Meu problema é com esse mariquinha. – disse apontando para o outro que agora recebia a atenção e os carinhos do inocente Kurt.


Noah estava ficando vermelho de raiva, ele havia mudado depois de alguns meses, normalmente ficava irritado com facilidade e sempre puxava briga com outras crianças. Mas a gota d’água foi ver a cena que se seguiu, Kurt deu um leve beijo perto da boca de Finn, fazendo com que o rosto pálido do amigo se tornasse rubro.


Ao ver que Noah se aproximava raivoso, Finn afastou Kurt rapidamente e pulou em cima do moreno, os dois saíram rolando pelo gramado em meio aos socos e pontapés. Um carro estacionou perto da calçada, o homem que desceu do carro não foi notado, pois os dois garotos estavam muito ocupados com a briga, enquanto Mercedes tentava acalmar o amigo que apenas chorava assustado. Kurt odiava brigas.


 


-O que está acontecendo aqui? – perguntou o homem de voz grave.


Assim que reconheceu a voz Noah ficou paralisado, o garoto tinha uma expressão de terror no rosto. Finn levantou-se junto com o outro e limpou-se.

-Desculpe pai, a culpa foi dele.



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Autor(a): La Rue

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • magin_otaku Postado em 30/06/2015 - 22:23:43

    A fanfic esta otima continua


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