Fanfics Brasil - A separação Eu quero segurar a sua mão (Faberry, PucKurt, Brittana)

Fanfic: Eu quero segurar a sua mão (Faberry, PucKurt, Brittana) | Tema: Glee


Capítulo: A separação

498 visualizações Denunciar


Burt e Maggie estavam preparando algo para as crianças comerem quando um homem muito conhecido entrou em casa.

-Que bonitinho, os dois brincando de casinha. – zombou o homem ao vê-los. Sua expressão não era a de um homem satisfeito com a situação.


–Richard, isso é jeito de falar com o Burt?! – apesar de surpresa e envergonhada por causa do marido, Meg não deixaria que ele fizesse as suas provocações na casa do outro.

-Bem, se você passasse menos tempo com esse cara quem sabe você cuidaria melhor do seu filho. – respondeu de forma ríspida.

-Nosso filho! – corrigiu a mulher no mesmo tom.

-Que seja. – ele deu de ombros. – enquanto você perde seu tempo com ele, o seu filho estava brigando com outro garoto lá fora... E sabe o porquê? – agora ele dirigiu os olhos verdes para Burt. – por conta do seu filhinho gay.



Burt mal escutou o que o homem disse e lhe acertou um soco no rosto, os dois teriam brigado feio se Maggie não tivesse ficado entre eles.

***

Kurt continuou chorando, principalmente depois que aquele homem mal encarado havia aparecido, agora dava pra entender porque Noah estava ficando tão diferente, aquilo não era um pai, era um monstro. Seu filho teve vergonha das coisas que ele havia falado ao seu primo Kurt.

-Calma Kurt, está tudo bem, ninguém mais vai brigar. – Mercedes abraçou o garoto com força.

-Me desculpa Kurt, não vou fazer isso de novo. – Noah aproximou-se do primo e o abraçou junto com a amiga.

Aos poucos o menor foi se acalmando, até que o choro cessou.

-Desculpa Finn, sinto muito. – para o judeu era muito mais fácil pedir desculpas para Kurt, mas não era o mesmo para o outro garoto. Os dois eram amigos, mas Noah nunca gostou de dividir a atenção do primo com o mais alto. Faria isso para agradar o menor.

O garoto pálido de olhos castanhos sorriu de maneira gentil, como se nada tivesse acontecido antes. Ele se aproximou do amigo e o abraçou; aquilo foi estranho, pois com o tempo o judeu havia aprendido com o pai que aquilo era errado. 
O abraço não durou muito, pois Noah viu o pai cruzar a porta da casa dos Hummel como um furacão, sua mãe veio logo atrás e parecia tão nervosa quanto ele.

–Vamos filho. – essa foi à única coisa que sua mãe falou.

Ele apenas olhou para trás e deu um rápido “tchau” para os amigos, os outros o acompanhavam com os olhos.

-Vamos Kurt, está na hora de entrar. 

Sem pensar duas vezes ele abraçou Mercedes e Finn, depois atravessou o gramado e foi para sua casa.

***

Os dias foram se passando e Maggie não retornou para ver os Hummel novamente. Burt estava preocupado com o que poderia ter acontecido a mulher depois daquele dia, Kurt estava sentindo muita falta do primo, ele sempre tinha a companhia dos seus inseparáveis amigos, mas em seu pequeno coração aquilo não lhe parecia suficiente.

Depois de ficar doente e de muito insistir, Burt resolveu levar o filho para a casa de sua tia, seria apenas uma visita rápida para as duas crianças se verem. 
Ao chegarem a casa tiveram uma grande surpresa. Meg estava se preparando para o que parecia uma mudança. Burt desceu do carro com o filho e foi em direção a mulher.

–Titia o que houve com você? – perguntou o sobrinho ao ver o machucado em seu rosto.

Ela o abraçou da forma calorosa de sempre, mas o seu sorriso não estava radiante, estava triste.

-Noah está lá dentro, ele vai ficar feliz em ver você aqui.

Os olhinhos azuis de Kurt brilharam e ele foi se encontrar com o primo. Ao ver que o filho já estava longe Burt segurou no rosto da mulher com as mãos tremulas de raiva.

-Aquele idiota ousou levantar a mão pra você. – disse abraçando-a.

-Está tudo bem Burt, ele não pode mais chegar perto de mim ou do meu filho.

-Você não precisa se mudar por causa disso. – ele acariciou o rosto da mulher com cuidado.

-Ele é louco, não posso ficar em Lima, é para o bem do meu filho. Vou alugar a casa e quem sabe eu volte quando isso tudo passar. – já estava decidido, o homem não poderia fazer nada.

***

-Porque você tem que ir? – perguntou Kurt com a voz triste ao saber da notícia.

-Não fica triste, minha mãe disse que não vai ser por muito tempo, logo nos voltaremos. – ele abraçou o menor tentando passar uma confiança que nem mesmo ele possuía.

-Promete que não se esquece de mim... – disse Kurt com a voz fraca enquanto era tomado pelas lágrimas.

-Eu prometo. – respondeu Noah olhando nos olhos do primo.

A mãe do pequeno judeu o chamou, isso significava que era a hora deles partirem, Noah olhou pela última vez para a sala vazia e depois voltou seus olhos para Kurt.

-Vamos. – chamou-o se encaminhando para a porta.

Mas antes de partirem Kurt segurou em seu braço, Noah o olhou sem entender e foi surpreendido pelos lábios do primo nos seus. Aquele beijo selou a despedida dos dois, agora cada um iria para um lado, mas com a certeza de que se reencontrariam algum dia.


 


***

Dias e meses se passaram, menos a tristeza do pequeno Hummel, ele perguntava para o pai o porquê de tudo aquilo, mas Burt não sabia o que dizer ao filho a não ser a verdade. Noah e Maggie haviam partido, ficando apenas uma promessa vaga entre duas crianças.



–Papai, por que o Noah mentiu pra mim? – essa seria a última vez que Kurt faria aquela pergunta. 

-Filho... – Burt pegou o garoto e colocou em seu colo. – ele não queria mentir pra você, mas ele precisou fazer isso, ele não quis te magoar.

-Mas ele prometeu. – murmurou o garoto tristemente.

-Filho, não podemos acreditar em todas as promessas que as pessoas fazem, nem todas são verdadeiras. – Burt acariciou os cabelos lisos e castanhos do pequeno enquanto falava.

Ele sabia do enorme carinho que o seu filho possuía pelo primo, um carinho que poderia chegar a algo maior se não fosse cortado pela raiz... Apesar de amar o seu filho e saber que ele era especial, Burt resolveu isolar Kurt desse sentimento.

***

Oito anos haviam se passado, e o que na infância de Kurt foi a sua imensa tristeza, hoje não passava de um lembrança distante, tão distante que nem mesmo ele lembrava. Kurt agora estava no seu segundo ano, com os seus 17 anos. Ele cresceu com a mesma aparência angelical, olhos azuis e meigos, rosto delicado, e cabelos castanhos que contrastavam com sua pele de porcelana... Mas junto com a sua beleza, Kurt também aprendeu a ter raiva das pessoas e a sofrer com o preconceito que cercava o ambiente escolar.


Se alguém se levanta-se numa multidão


 


 


E aumentasse a voz muito alto


 


 


E levantasse o braço


 


 


E mexesse a perna


 


 


Você o notaria”


 


 



Para Kurt não passava de mais um dia estúpido naquilo que chamavam de escola. O jovem estudava no Willian McKinley, uma escola esquecida na "querida" e esquecida Lima em Ohio, aquele não era o mundo que desejava viver e contava os dias para sair daquela cidade medíocre.


 


 



Se alguém num cinema


 


 


Gritasse "Fogo na segunda fileira,


 


 


Este lugar inteiro é um barril de pólvora!"


 


 


Você o notaria”


 


 



O Hummel estacionou o carro e correu os olhos pela entrada antes de sair do único ponto de segurança, era um costume fazer isso... Mesmo sabendo que as coisas eram sempre do mesmo jeito; era só colocar os pés no chão que os brutamontes o cercariam. Pegou a bolsa no banco do carona e andou a passos largos, olhou para os lados e não viu nenhum dos cabeças ocas - o que não era normal, afinal eles nunca perdiam a oportunidade de humilhar os mais fracos - 


 


 


“E mesmo sem cacarejar como uma galinha


 


 


Todo mundo nota, agora e depois,


 


 


A não ser, é claro, daquele personagem que deveria ser


 


 


Invisível, sem importância como eu!”


 


 



Kurt respirou tranquilo e cruzou a linha do inferno, pois lá dentro as coisas eram bem piores, nesse novo ano nem tanto, pois o glee ganhava mais espaço, mas no ano passado... Os integrantes sempre foram perseguidos pelos populares, isso significava que não passavam da ralé da cadeia alimentar, era sagrados sempre serem jogados na caçamba de lixo e levar raspadinhas no rosto todos os dias. Tudo mudou - um pouco - quando Finn e algumas meninas das Cheerios entraram para o club. Sim, o mesmo Finn Hudson, o "amigo" de infância. O garoto não lembrava bem o porque ou quando se afastaram, ele havia mudado muito depois que entrou para o time de futebol da escola... Bem, ser popular tinha o seu preço. Aquilo doía em Kurt, pois podia jurar que via o velho Finn Hudson nos olhos do mais alto, mas era obrigado a manter as aparências. 

Os dois voltaram a se falar a pouco tempo, quando o jogador entrou para o glee - o que assustou o menor completamente, pois o que os populares estariam fazendo com os fracassados? - aos poucos conseguiram resgatar a doce amizade... Mas o tempo havia tornado Kurt amargo demais com relação a sentimentos. Sentimentos... Amor... O jovem só queria que alguém lhe explicasse o porquê deles, tudo seria tão melhor se isso não existisse; que sabe assim ele poderia esquecer Finn de uma vez por todas... Mas era difícil esquecer aqueles olhos, e principalmente a boca...


 


 


 


“Celofane


 


 


Senhor celofane


 


 


Deveria ser meu nome!!!!


 


 


Senhor celofane


 


 


pois você pode olhar direto através de mim


 


 


Andar na minha direção


 


 


E nunca saber que eu estou ali!”


 


 



Era difícil se policiar todas as vezes que acabava se rendendo acidentalmente a esses pensamentos, como se em um momento ele estivesse por cima, e no outro simplesmente se entregasse novamente a dor do fim do relacionamento... Sim! Kurt Hummel e Finn Hudson - o garoto popular e jogador de ouro - já tiveram os seus momentos, o jovem de olhos azuis poderia dizer com convicção para todos que o maior já fora dele e que já havia provados daqueles lábios; mas isso lhe renderia alguns dentes a menos em sua boca.


 


“Eu te digo


 


 


Celofane


 


 


Senhor celofane


 


 


Deveria ser meu nome


 


 


Senhor celofane


 


 


pois você pode olhar direto através de mim andar na minha direção


 


 


E nunca saber que eu estou lá..”.

Não sabia se foi o medo por conta do preconceito de todos - preconceito que ele também sentia no glee -, ou se foi o súbito interesse de Finn por Quinn Fabray - a cabeça das cheerios - que fez com o que seu sonho fosse enterrado vivo, a única certeza que tinha é que todas as mudanças em sua vida eram arrasadoras.


“Suponho que você era um gatinho


 


 


Residindo no apartamento de uma pessoa


 


 


Quem alimenta seu peixe e coça suas orelhas?


 


 


Você o notaria”


 




Kurt aceitou ter ele por perto apenas como amigo, mas só ele sabia o que sentia e o que tentava não sentir quando o via com ela, e como se uma já não fosse concorrência demais ainda lhe aparece a Berry no caminho... Aquela garota irritante metida a estrela, enfim, agora que era rodeado por mulheres ele não sentia mais a falta do garoto, perto delas ele não era nem mesmo uma sombra.


 


“Suponho que era uma esposa


 


 


E dormindo numa cama de casal do lado de um homem por sete anos


 


 


Você o notaria”

E se ainda lhe restava alguma esperança, ela também morreu a alguns meses atrás, quando o boato de que Quinn estava grávida veio a tona.


 


 


 


“Um humano é feito mais do que só ar


 


 


Com todo aquele tamanho, você é obrigado a vê-lo ali”


“A não ser que esse humano do seu lado


 


 


Seja inexpressivo, medíocre


 


 


Você sabe quem...”


 




Apesar de tudo o dia parecia correr bem tranqüilo, depois da tortura na reunião do coral - vendo o casalzinho de ouro - Kurt foii para o auditório... Andou lentamente até o piano e sentou-se no banquinho, aquele local era o seu refugio em dias difíceis, ele poderia ser ele mesmo sem nenhum receio.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): La Rue

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

“Deveria ser meu nome Senhor celofane pois você pode olhar direto através de mim Andar na minha direção E nunca sabe que eu estou lá Eu digo a você Celofane Senhor celofane Deveria ser meu nome Senhor celofane pois você pode olhar direto através de mim Andar na minha direção E nunca saber qu ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • magin_otaku Postado em 30/06/2015 - 22:23:43

    A fanfic esta otima continua


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais