Fanfic: Eu quero segurar a sua mão (Faberry, PucKurt, Brittana) | Tema: Glee
“Deveria ser meu nome
Senhor celofane
pois você pode olhar direto através de mim
Andar na minha direção
E nunca sabe que eu estou lá
Eu digo a você
Celofane
Senhor celofane
Deveria ser meu nome
Senhor celofane
pois você pode olhar direto através de mim
Andar na minha direção
E nunca saber que eu estou ali
Nunca saber que eu estou ali”
–Ainda me lembro a primeira vez que escutei você cantando essa música. – disse uma voz já bem conhecida.
Kurt se assustou um pouco, pois não sabia que havia alguém na platéia, era o Sr. Schuester, o professor do coral.
-Está acontecendo algo com você Kurt? – ele levantou e caminhou até o palco.
-Hum... Não é nada professor, nada que o tempo não cure. – respondeu com um sorriso um pouco triste, e se virando no banco para encará-lo.
–Você tem muito talento Kurt, nunca deixe que os outros te coloquem para baixo, você é melhor do que todos eles. – ele me retribuiu com um sorriso amigo e saiu logo em seguida.
Talvez fosse isso que o jovem estava precisando no momento, uma palavra amiga que lhe desse um pouco de apoio.
O celular do Hummel tocou, procurou por ele dentro da bolsa e olhou o visor, era o seu pai. Ligando-o àquela hora? Será que havia acontecido alguma coisa?
–Oii pai?! – atendeu com certo receio, afinal, não era muito comum ele ligar naquele horário.
-Filho... Te atrapalhei? Bem, eu só queria avisar que tenho uma surpresa pra você. – sua voz tinha um tom mais alegre que o normal.
-Hurum, está bem pai, já estou indo para casa. – respondeu mais entediado do que animado.
Após se despedir dele e ficou olhando por um tempo para o visor do celular, o dia estava muito estranho... Sem visitas ao lixo e raspadinhas no rosto? E seu pai ainda estava alegre pra completar a bizarrice.
Pegou sua bolsa e saiu do auditório, isso tudo só poderia significar uma coisa, algo muito ruim estava por vir. Fez um rápido caminho de volta para o estacionamento - na hora da saída o ataque dos gorilas eram menos freqüentes, mas nunca se sabe o que se passa por aquelas cabeças de minhoca, por isso era sempre bom ser rápido e ficar na segurança do seu carro. Relaxou no banco e correu uma das mãos pelo volante, “sobrevivi a mais um dia” pensou depois de um longo suspiro.
Dirigiu tranquilamente até em casa, prestando atenção sempre que algum sinal fechava, era sempre a mesma coisa, aquela cidade pacata nunca mudava, tudo parecia ter parado no tempo... Sempre pensava por quanto tempo viveria preso nessa jaula com esses animais de mente pequena.
O sinal abriu e ele olhou rapidamente o seu cabelo pelo espelho do retrovisor antes de retomar o seu caminho; Kurt não guardava grandes expectativas para a notícia do pai, mas algo parecia estar lhe deixando levemente ansioso e curioso.
Após deixar o carro na garagem o jovem foi até a oficina a procura do pai, mas o mesmo não estava lá, o que confirmava ainda mais as suspeitas do Hummel mais novo... Algo muito estranho estava acontecendo. Ele não apressou o passo para ir para casa, mas a ansiedade começava a lhe corroer aos poucos, um certo medo estava lhe dominando lentamente, não estava com um bom pressentimento do que estava por vir.
-pai? – chamou deixando a bolsa em cima do sofá e se dirigindo para a cozinha. – tem um carro estranho estacionado em frente... – mas ele parou assim que encontrou o pai em uma conversa descontraída com uma mulher e um rapaz.
–Que bom que chegou filho, espero que tenha gostado da surpresa. – disse Burt puxando a cadeira para que o filho sentasse.
Kurt fez cara de interrogação com o que o pai havia falado. Que surpresa era aquela? Seus olhos ainda estavam sobre o desconhecido mais jovem, ele o olhava com uma cara de expectativa, era forte e parecia ser alto, lembrava algum daqueles jogadores da escola e Kurt sentiu um calafrio subir em sua espinha dorsal. Não que ele não fosse bonito, o que não era o caso; desde a sua pele, o desenho dos seus lábios e os seus olhos verdes... Tudo era extremamente atraente nele, mas ter um gorila daqueles com um moicano bobo que indicava perigo e ao mesmo tempo intimidava sentado em sua cozinha, era um tanto assustador.
–Não é possível que esse mocinho tenha se esquecido de mim. – a voz da mulher que estava sentada ao lado do rapaz interrompeu o contato visual entre os dois.
Kurt desviou a sua atenção para ela, aquela voz lhe era muito familiar, mas quem era ela? A mulher levantou-se da cadeira, deu a volta na mesa lentamente enquanto olhava atenta para os olhos azuis de Kurt, ela sorriu abertamente e abraçou-o. Por um momento o jovem sentiu-se protegido e acolhido como há anos não vinha se sentindo; não que seu pai não lhe desse carinho, Burt sempre fazia o melhor possível, mas de todas as perdas do garoto a da sua mãe sem sombra de dúvidas foi a pior delas.
-Como você cresceu querido. – sua mão agora acariciava o rosto delicado e pálido do garoto. – está tão parecido com a sua mãe.
Kurt não tinha idéia de quem ela era, mas tinha a certeza de que não queria quebrar aquele contato.
–Senti tanta falta de você meu sobrinho. – sua mão deslizou sobre os cabelos castanhos e lizinhos do garoto de olhos azuis.
“Sobrinho?” pensou ele um pouco aéreo... Mas não demorou muito para que a sua memória trabalhasse a informação.
-Tia Meg?! - sua voz saiu baixa como um sussurro, como se ele não acreditasse em suas próprias palavras. Era irreal demais.
***
Aquilo não se repetia muitas vezes, mas já não parecia tão “assustador” quanto à primeira vez; primeira vez... Santana não conseguia pensar em um porque de tudo aquilo ter acontecido com ela e a sua melhor amiga, não que ela se importasse com algum tipo de explicação, até porque as duas não tinham planos para algo mais sério; e se tivessem isso só significava uma coisa para a latina... As duas teriam que se afastar. Mas Santana não queria mais pensar nessa possibilidade, isso estava mexendo demais com o seu humor, e a cheerio andava mais irritada que o normal. A única coisa que lhe importava no momento era a doce garota de traços finos e olhos azuis que conseguia lhe deixar totalmente em paz.
O beijo entre as duas se tornava cada vez mais urgente, e a mão de Brittany agora percorria o abdômen da latina por baixo do uniforme da torcida. Tantas e tantas vezes Santana deixou-se render por aquele toque que lhe levava a loucura, mesmo sabendo que se entregando por inteira à loira faria com que ela caísse na armadilha de se prender cada vez mais a ela.
As duas precisavam de um contato mais íntimo com urgência, o corpo das duas implorava por isso. A loira deu um sorrisinho de lado e sentou sobre o quadril da morena, retirando a parte superior do uniforme; Santana percorreu seus dedos pela pele alva, causando arrepios no corpo da outra. A latina subiu de encontro ao pescoço de Brittany, onde deslizou seus lábios pela pele macia e doce.
–Eu preciso ir. – disse com a voz baixa, bem diferente do tom superior que usava contra os outros.
–Por quê? – perguntou a loira de modo inocente.
Santana evitou os olhos da amiga, não conseguia dizer não ou mentir quando tinha aqueles belos olhos azuis sobre ela.
–Não é nada, só preciso ir agora B. – Santana depositou um último beijo nos lábios da loira e se recompôs.
Brittany fez uma carinha de criança abandonada de dar muita dó.
-Você não gosta mais de mim San? – perguntou tristemente enquanto brincava com os próprios dedos e mantinha a cabeça baixa.
A latina apressou-se em ir para o lado da amiga e segurou em uma de suas mãos, com a outra segurou no eu queixo forçando-a a olhar em seus olhos.
-É claro que eu gosto de você B. eu só preciso ir, tudo bem?! – a voz da morena saiu mais fraca do que desejava. Quem visse Santana daquela forma diria que era outra pessoa.
Brittany suspirou e deu-se por vencida, tinha sido assim nas últimas vezes, Santana não se entregava e quando fazia era com muito medo. A loira poderia ser boba e muitas vezes considerada burra, mas sabia muito bem que algo de errado estava acontecendo.
–Prometo que é por uma boa causa. – San acariciou os fios loiros da amiga e tentou dar o seu melhor sorriso.
–Você vai salvar um panda? – os olhinhos da loira brilharam.
Santana pegou a mão de Brittany e beijou levemente, a cherrio era realmente um doce de pessoa, mas às vezes a morena pensava em como certas coisas absurdas poderiam sair daquela cabecinha.
–Eu prometo. – a morena selou seus lábios com os da loira antes de partir.
“Até que ponto...” pensou a latina antes de olhar novamente naquela imensidão azul.
***
A mulher balançou a cabeça positivamente e abraçou o jovem novamente, desta vez com um pouco mais de força. Kurt correspondeu com a mesma intensidade, um belo sorriso surgiu em seu rosto, tão sincero e puro, algo que tinha desaparecido com o tempo. Depois e um bom tempo abraçados uma voz desconhecida juntou-se a eles.
–E eu, não ganho nada?
O grande gorila de moicano era realmente alto, Kurt olhou para ele novamente tentando reconhecê-lo, mas sem sucesso.
-Acho que ele não se lembra de você Noah. – disse Meg olhando do filho para o sobrinho.
Kurt abriu a boca, mas nenhum som saiu, era ele mesmo? O garoto encarava aqueles olhos verdes que por um momento lhe deixaram zonzo. Noah deu um meio sorriso e aproximou-se envolvendo a cintura de Kurt em um abraço de urso e tirando-o do chão.
–Senti sua falta primo. – disse ele em meio às gargalhadas.
O garoto de olhos azuis corria as mãos pelo rosto e cabelo do maior para ter a certeza de que era real.
-É você mesmo? – perguntou com a voz falha, e os olhos assustados, como de uma pessoa que acabou de ver um fantasma.
–Claro! – Noah colocou-o novamente em terra firme e sorriu gentilmente. – bom te ver de novo.
Noah partiu para o quarto do primo com ele, Kurt estava sentado em uma poltrona e conversava animadamente com o moreno que estava esparramado em sua cama, era difícil não olhar com cara de bobo toda vez que encarava aqueles olhos... Aqueles olhos que tanto lhe fizeram falta, e pelos quais ele chorou várias noites, mesmo sem saber os motivos. Por um momento ele ficou com uma expressão dura, e Noah pode ver a dor transbordar dos seus olhos.
–Aconteceu algo? – perguntou um tanto preocupado e se apoiando nos cotovelos.
-Por que você voltou? – disparou Kurt quase que imediatamente, evitando o contato visual com o primo.
O moreno suspirou ficando um pouco sério com a pergunta, o judeu sabia que mais cedo ou mais tarde teria que lhe dar com ela, só não sabia que teria que ser tão cedo.
–Você não sabe? – Noah sentou-se na cama e segurou o rosto de Kurt, fazendo-o olhar em seus olhos novamente.
Sim, ele sabia qual o motivo o primo se referia, mas não podia ser apenas aquilo, afinal tudo fora apenas uma promessa entre duas crianças, e se realmente ele tivesse voltado apenas pelo primo porque não fez isso antes? Kurt agora o olhava ironicamente com uma das sobrancelhas arqueadas, esperava por uma resposta.
–Finn... – começou o maior. – ele me escreveu, disse que conseguiria uma bolsa pra mim, o time está precisando de um jogador de verdade. – o judeu fez uma cada de “desculpe, mas eu sou o cara” que arrancou uma careta engraçada do menor. Ele voltou novamente a ficar sério e baixou os olhos. – eu achei que era a oportunidade perfeita para voltar.
Kurt endureceu ainda mais o seu olhar, Noah pode ver os punhos do garoto se fecharem firmemente.
–Engraçado você falar isso sabe, pelo que eu me lembre você não gostava nenhum pouco do Finn. – a voz do rapaz saía de forma pausada e cortante. Finn era o último nome que o jovem Hummel queria escutar.
-Eu voltei porque ele disse que você precisava de mim. – continuou Noah, mesmo sabendo que estava pisando em um campo minado. – tentei entrar em contato com você, mas... – o judeu levantou da cama abruptamente. Um pensamento rápido lhe passou pela mente... Finn não poderia ter feito o que estava pensando.
Autor(a): La Rue
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Kurt assustou-se por um momento, pois o primo parecia levemente irritado, o garoto era acostumado a receber aquele tipo de olhar todos os dias na escola, sua “condição” sexual não ajudava muito na sua popularidade; ele se encolheu temendo o que poderia acontecer, até lembrar que ele estava em sua casa e não na escola.“Eu n ...
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