Fanfics Brasil - Choque de realidade More about you (Faberry)

Fanfic: More about you (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Choque de realidade

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Logo após uma pequena demonstração do que todos os rapazes – e algumas garotas – queriam ver, Rachel e Santana rumaram para a quadra coberta, onde estava tendo o quarto concurso escolar de bandas. As duas se sentaram no fundão, escoradas na parede enquanto os alunos tentavam se divertir com os péssimos grupos que buscavam pelos seus 15 minutos de fama.


 


 


–San, você me apresenta um garoto? – perguntou Rachel entediada, colocando uma das mãos como apoio para o queixo.


 


 


–Que foi garota? Ta na seca? – perguntou a latina que parecia mais largada que a amiga, tinha os braços cruzados por de trás da cabeça e parecia um tanto intrigada com aquele súbito pedido da menor.


 


 


–Não... É que... É algo meio psicológico, sabe? – começou a morena após dar um longo suspiro, Rachel estava um tanto aérea. – às vezes sinto falta de uma palavra de consolo e afeto... Entende?


 


 


–Como é?! Que bicho mordeu nossa “technomaníaca” Rach?! – rebateu a latina se ajeitando ao lado da amiga e ficando um pouco preocupada. – Não foi a primeira nem a última vez que você perdeu os arquivos. Não está na hora de se acostumar... Não? – a latina foi bem direta, não gostava de ver a amiga naquele estado, não era algo comum.


 


 


–Se eu for procurar consolo em você, estou ferrada, né? – comentou Rachel, olhando para a outra de lado. Santana era tão “sensível” às vezes. – Sei lá. A solidão é cruel, é duro lutar sozinha, me apoiando apenas no meu talento entende? Claro... Chega uma hora que até a grande guerreira acaba fraquejando.


 


 


A cheerio revirou os olhos e se deitou no chão da quadra com a programação do dia na sola do seu tênis que estava estendido para cima agora, Rachel havia começado com as duas divagações e quando isso acontecia a morena simplesmente não sabia o significado do ponto final.


 


 


–Mas tudo bem... Tem razão, Rachel, você tem se dedicado. – a latina sabia que quanto mais rápido interrompesse as divagações da amiga, mais rápido elas deixariam aquele assunto de lado. – você não bebe e nem namora, e mesmo morando na casa dos seus pais, trabalha toda noite até tarde; e todo o seu dinheiro é gasto em aparelhagem de som! É normal se cansar às vezes.


 


 


Nessa hora a quarta banda havia acabado de subir no palco, mas as duas pareciam tão entretidas na conversa que acabaram nem percebendo que as outras bandas já haviam tocado.


 


 


–Mas não esquenta, sei que você vai chegar lá. – San de um sorrisinho sedutor em direção a amiga e completou como se estivesse fingidamente ofendida. – apesar de saber que minhas palavras cheias de amor não são suficientes para consolar você.


 


 


–Claro que são! Captei todo o carinho que você tem por mim, San... Mas... Não é bem isso que eu queria dizer, sabe? – disse Rachel recuperando parcialmente o seu ar bobo e fazendo um coração com os dedos indicadores e os polegares. – ontem, quanto eu estava voltando pra casa, encontrei uma...


 


 


Bem, Rachel até estava disposta a acabar logo com aquele assunto, mas o barulho terrível e a falta de afinação da quarta banda fez com que as duas parassem a conversa de imediato. Com tal estado de calamidade as duas acabaram deixando aquela interessante conversa sobre a crise existencial de Rachel para depois para poder levantar um pouco o astral do pobre público de estudantes.


 


 


Um pouco mais afastados, na banca, estavam Finn, sua namorada Sugar e alguns amigos que estavam ajudando com a organização. Uma das garotas comentou sorridente que a sua irmã estava por lá, a princípio o quarterback não ficou preocupado, afinal ela havia comentado antes que daria uma breve passada; mas sua preocupação surgiu quando a mesma garota disse que Rachel estava no palco.


 


 


–Aí, galera! – gritou Rachel no microfone, enquanto Santana chutava o guitarrista da banda para escanteio e pegava sua guitarra. – somos a banda três mil seiscentos e nove: “mestre Rach e sua amante”!!!


 


 


Infelizmente a confirmação chegou rapidamente aos olhos e ouvidos de Finn e sua namorada, que ficaram completamente paralizados e assustados com aquilo.


 


 


–Como a gente acabou perdendo os arquivos da música que iríamos apresentar... – começou Rachel já levando os alunos a loucura; Santana apenas acenava para os garotos e garotas que suspiravam na platéia. – agora a gente vai cantar... “Coelhinho”!! Vamos lá! Todo mundo!


 


 


Todos os alunos começaram a cantar animadamente junto com a dupla que estava em cima do palco “Coelhi-nhoooo se eu fosse como tu, tirava a mão do bolso... E enfiava no...”.


 


 


Alguns dos organizadores reconheceram as duas como a tão falada dupla dinâmica do 3ºB. Já outras pessoas viam as duas como baderneiras, mal pareciam uma banda e sim uma dupla de comediantes; estes eram os que mais se preocupavam com bronca que viria da comissão organizadora.


Assim que Rachel e Santana deixaram o palco Finn foi diretamente falar com as duas, a irresponsabilidade da sua irmã mais velha havia chegado ao limite e ele precisava fazer algo.


 


 


–Suas idiotas! – gritou ele enquanto Rachel se encolhia um pouco envergonhada e Santana apenas revirava os olhos com as mãos nos bolsos. -... Agora já era! O que está feito está feito! – disse ele cruzando os braços ainda levemente irritado.


 


 


–Hum? Só isso? – disse a latina realmente surpresa com o mais alto, colocando um pirulito na boca. – você amadureceu. “Estou orgulhosa de você maninho...”completou Rachel com um fingido tom de emoção.


 


 


 


Foi o momento errado para Rachel soltar uma de suas piadinhas, Finn estreitou os olhos na direção da irmã; aquele era o aviso que teria sido melhor se a morena tivesse ficado calada.


 


 


–Como fez o favor de acender a platéia, vamos descontar parte da culpa e... Eis o seu veredicto. – disse Finn deixando bem claro que aquela conversa não havia terminado ainda. – um mês sem almoço.


 


 


Rachel abriu os olhos ao escutar algo tão injusto contra ela, como o irmão mesmo disse ela fez um favor ao levantar a platéia que estava prestes a cometer um suicídio; no mínimo ela deveria ganhar um premio por ter salvado o concurso de bandas. Finn parecia irredutível e a pobre judia teve que tentar apelar para o lado sensível do irmão – se é que esse existia – e desatou a falar, tocando principalmente em um assunto que tinha sido deixado de lado; logo Rachel atribuiu a culpa a tal “gringa mafiosa”.


 


 


–... Ah ta, é mesmo. – disse Santana se metendo no meio do rolo dos irmãos Berry, como se uma lâmpada tivesse acendido em sua mente. – o que aconteceu ontem na volta do trabalho? – perguntou levando novamente o pirulito até a sua boca.


 


 


Os três acabaram se sentando para conversarem melhor sobre aquele assunto, se bem conheciam a Berry mais velha no mínimo seria um monólogo de trinta minutos sobre o acontecimento... Bem, foi quase isso. Finn ainda perguntou algo que só poderia ser brincadeira e claro Rachel não gostou nenhum pouco e começou a divagar sobre uma tal loira que tinha cara de colocar medo em qualquer um; que por um descuido havia lido a sua música e era uma sem noção total, pois teve coragem o suficiente para falar que ela não tinha talento e que era melhor desistir... Não importava se ela era uma maluca qualquer que estava apenas de passagem; que provavelmente Rachel nunca veria ela novamente, mas ela nunca fora tão humilhada em toda a sua vida.


 


 


Santana e Finn se olharam como se não estivessem acreditando no que Rachel estava dizendo, o que deixou a judia um pouco revoltada, afinal não era nessas horas que os amigos apoiavam?!


 


 


–Como consegue ficar assim só por causa de uma porcaria dessas? – perguntou Santana com toda a delicadeza e sutileza que possuía. “Aff... Só podia ser a nossa Rach” – desde quando ficou tão orgulhosa, pirralha?!


 


 


–Na... Nada a ver. Não é orgulho! – rebateu Rachel um pouco sem graça. – só achei que não merecia ser tão humilhada, só isso.


 


 


–Sei... Ainda acho que isso não passa de orgulho ferido. – afirmou a latina enquanto observava alguns alunos da organização trabalhando na desmontagem do palco.


 


 


–Já falei que não é isso! É que eu fiquei meio bolada... – a judia aos poucos estava perdendo a paciência com aquilo.


 


 


–E porque ainda está incomodada com isso? – perguntou Finn apoiando o queixo na mão e sem muito interesse na respostada irmã mais velha. “Céus, quanta bobagem...”.


 


 


–Eu não estou incomodada porcaria nenhuma! – disse Rachel completamente alterada. – N-N-Não invente coisas! Eu só quero encontrá-la de novo e... e... e... – Finn e Santana olhavam para a pequena como se aquela não fosse a pequena Rachel, a Diva inabalável. – e fazê-la me pedir desculpas!


 


 


–É. Ta incomodada mesmo! – afirmaram Finn e Santana ao mesmo tempo.


***


 


 


Depois da crise que teve na escola Rachel ficou naquele nível um pouco “down” novamente. E mesmo começando a achar que estava realmente dando atenção demais para aquela simples crítica, a judia não desistiria assim tão fácil daquela mulher; assim que chegou no trabalho a primeira coisa que fez foi falar com a sua chefe, perguntando se por algum acaso alguma cliente de cabelo claro, alta, muito bem vestida havia passado por lá, mas a mulher negou, mesmo a morena dando todas as descrições possíveis e impossíveis.


 


 


–Acho melhor desistir, você nem sabe o nome dela. Vai ser praticamente impossível encontrá-la. – disse a mulher loira.


 


 


Sua chefe sorriu com aquilo, era de certa forma engraçado como Rachel era determinada e focada em tudo que fazia, até mesmo em querer encontrar uma completa estranha. Rachel amarrou a cara e simplesmente ignorou o que sua chefe disse.


 


 


–Não! Eu vou achar essa mulher, custe o que custar. – afirmou a morena com bastante convicção.


 


 


–Pra que gastar tempo nisso? – perguntou a loira enquanto terminava de guardar uma pequena pilha de louças. – você simplesmente não teve sorte, esqueça. “Não é melhor?”.


 


 


 


–Não dá. Não dá pra esquecer não, nunca. – Rachel parecia um pouco pensativa, fazendo com que a mulher lhe olhasse com certa curiosidade. “Aquele mulher... Tinha alguma coisa de especial”.


 


 


 


***


 


 


 


Rachel não estava muito bem com e isso se prolongou no dia seguinte, no final da aula um dos amigos de Santana foi lhe procurar, era do tipo popular e que sempre agradava as garotas; os dois de certa forma já se conheciam, o rapaz estava ciente de que a morena não trabalharia naquele dia, o que daria mais tempo para eles relaxarem e se conhecerem melhor, mas infelizmente a morena não estava no clima, o que acabou deixando o garoto um tanto chateado, pois não era a primeira vez que Rachel lhe dava um bolo.


 


 


 


–Você não é nada do que a Santana falou, sabia? – desabafou o rapaz. – Não era você quem queria conhecer alguém?


 


 


–Foi mal. Te ligo depois, tudo bem? – disse Rachel um tanto aérea.


 


 


–Vê se não esquece, beleza? – o rapaz lhe deu as costas e foi embora.


 


 


***


 


 


“Não! não era isso que eu procurava... Freqüentar a escola, ir para o trabalho, tocar meu sintetizador... Dia após dia... O que eu buscava mesmo tendo de quebrar a minha rotina não era algo assim tão barato. Nem pode ser chamado de namoro... Estou apenas brincando de namoro”. Pensou Rachel enquanto se lembrava do desastroso encontro que teve mais cedo com o amigo de Santana; seus olhos se perdiam pela tela do computador enquanto seu dedo indicador dava cliques pausados no mouse, os fones estavam bem ajustados aos seus ouvidos e a morena mais uma vez tentava concluir a mixagem da música que havia perdido.


 


 


 


–Será que virei uma verdadeira “house”?... Ou será que eu cheguei ao fundo do poço? – perguntava ela a si mesma, mas logo em seguida a pequena judia segurou o monitor do computador e afirmou em alto e bom som que ela estava errada. – De jeito nenhum!!! Eu sou uma jovem de 18 anos física e mentalmente saudável!!! Mas... “... Por quem eu devo sentir... A vontade de estar junto...?”


 


 


 


***


 


 


Rachel já estava cansada daquilo tudo que estava acontecendo com ela, resolveu dar um tempo em seus afazeres e pegou o seu celular; ela havia prometido para Artie que ligaria para ele assim que desse, porque não fazer isso agora? Ele parecia um cara legal, todos gostavam dele, talvez se Rachel se esforçasse um pouco, as coisas poderiam ir bem entre eles. Decidida do que iria fazer a morena ligou para o garoto e marcou um encontro, os dois assistiram a um filme bem meia-boca no cinema e depois saíram para comer algo.



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Autor(a): La Rue

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Artie era do tipo que gostava de conversar, mas Rachel inda estava um pouco estranha; o assunto da vez era o “tempo”, a chuva não estava para brincadeira naquele dia e os dois havia esquecido de trazer o guarda-chuva.   –Sabe... Você é bem diferente de quando está na escola, não é? – comentou o rapaz de ...


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