Fanfic: More about you (Faberry) | Tema: Glee
As duas entraram na enorme casa da escritora e Rachel ficou mais uma vez sentada no sofá em formato de “L”; mas desta vez estava esperando pela loira que havia se dirigido para a cozinha.
–E a escola? Feriado voluntário? – perguntou Quinn enquanto preparava duas xícaras de café.
–É mais ou menos. – respondeu a morena.
–Sei. – disse a loira com um sorrisinho pairando em seus lábios. – que honra. Tudo isso só pra me ver? – completou após adicionar açúcar e leite à bebida fumegante.
Dizer isso foi um total erro, apesar da loira gostar de ver a irritação da menor, os decibéis de Rachel estavam fora do comum, a morena começou a berrar dizendo que não estava nenhum pouco a fim de olhar para a cara cínica da escritora e que os seus motivos eram outros; Quinn levou a mão que estava livre até a cabeça após entregar uma das xícaras para a judia e lamentou por tê-la provocado, sua cabeça estava latejando muito por não ter dormido na noite anterior. Logo após o breve escândalo da pequena a loira recebeu um papel dela, era o tal assunto que ela veio resolver.
–É depois de amanhã, às seis horas! – disse Rachel entre goles de café, enquanto a tal escritora olhava para o papel aberto e levava a xícara até os lábios. – essa é a sua entrada. O local fica na...
–Não vai dar, já tenho um compromisso. – interrompeu a loira. – terei de sair com uma mulher insistente. E alem disso... – ela levou a mão direita até a armação fina dos óculos e o retirou lentamente, colocando-o no bolso da camisa. – você pretende pegar aquele lixo que chama de letra... E cantar na minha frente, não é mesmo?
Rachel ficou totalmente pasma com o que a loira disse, ela havia realmente acertado em cheio. Quinn apoiou o queixo na palma da mão e tragou mais uma vez o seu cigarro, era obvio demais... Como a morena não conseguia rebater a crítica de uma profissional, desta vez ela estava querendo enfrentá-la na área dela, a música; quem sabe assim ela não conseguiria recuperar a auto-estima que havia sido abalada?!
–Sua cabeça é tão simplória que fica fácil deduzir o que se passa dentro dela. – disse a loira em tom tranqüilo, observando Rachel mexer nos cabelos com um sorriso sem graça... Se duvidasse a morena nem sabia se isso era bom ou ruim. – você é divertida, garota. Gosto do seu jeito. Se insiste tanto, quem sabe eu possa te dar a honra de aparecer...?
Chatice por chatice, a loira teria que admitir que de certa forma preferia a música da morena à conversa fútil que teria que ter com a tal mulher; mas Rachel não encarou isso com bons olhos, a tal mulher deveria ser alguém muito importante... Pelo menos muito mais que ela.
–Tá legal! Nem precisa ir, ta? – disse a judia um tanto pensativa. – olha... M-Mesmo que... Você não apareça... E-Eu... Eu sei que não vou fazer feio. – Rachel parecia insegura enquanto falava e vestia o casaco novamente. – logo, logo eu me recupero e... E o show vai ser um sucesso. – por tanto... Não precisa aparecer, não.
“O que eu estava esperando afinal? Apoio moral? Torcida? Ou apenas usá-la para sair da crise?”
–Mas você quer ou não que eu vá? “Fundiu os miolos, pirralha?” – perguntou Quinn meio sem entender.
–Esquece o que eu disse! Vê se não aparece, entendeu?! – repetiu a morena o mais firme que conseguiu.
“Não. Não é assim! Não sou assim tão fraca! Nunca fui tão...”
***
Em uma sala de um grande e importante edifício em Lima, uma mulher loira e de cabelos curtos conversava sobre negócios com o homem mais novo que estava sentado a sua frente. A mulher já vivida se chamava Sue Sylvester, uma experiente promotora no meio musical; já o homem com quem estava conversando tinha no máximo 32 anos, mas também era muito experiente e famoso no mundo musical. Seu nome é Noah Puckerman, ex-fundador e um dos tecladistas de uma das bandas mais bem sucedidas já saída de Ohio, e uma das bandas de maior sucesso nos EUA há exatamente três anos atrás. Apesar da aparência um pouco mais séria, a camisa preta de gola alta, o paletó e o cabelo bem curto, já sem o moicano, Noah ainda aparentava ser o velho “Puck” de até pouco tempo atrás.
A mulher falava sobre o lançamento de uma banda que estava programado para o ano que vem, afirmava que os integrantes tinham talento e havia uma grande expectativa em torno deles, o retorno era obvio e segundo Sue seria bastante satisfatório, mas que não poderiam se dar ao luxo de falhar... E para conseguir o que queria era mais do que evidente que precisavam contar com o apoio de Puckerman para produzir o grupo; uma proposta tentadora, mas o judeu infelizmente não poderia dar uma resposta sem antes conhecer o trabalho dos jovens.
–Cuidarei para que sejam apresentados o mais breve pos... – disse a loira já brevemente satisfeita com a conversa, mas foi educadamente interrompida pelo mais novo.
–Isso não será necessário. – respondeu unindo as mãos e sorrindo de forma doce e calma. – fiquei sabendo que o ASK vai se apresentar amanhã, no Persiana. Eu pretendo estar lá para vê-los.
–“Como?!” Mas... Não há razão para ir pessoalmente. Nós podemos providenciar para que... – a mulher estava realmente surpresa com o que o outro disse, afinal não era todo dia que Noah Puckerman saía para ver pessoalmente uma banda.
–Agradeço a consideração, senhora, mas prefiro agilizar as coisas. Além disso, não conheço lugar melhor que um palco para revelar o verdadeiro potencial de um artista. – interrompeu novamente o homem de olhos verdes com o seu bom humor característico. – pessoalmente, não acho que a habilidade seja o mais importante. O carisma é o que realmente abre caminhos... Espero que me entenda. – concluiu com um meio sorriso e deixando no ar que a conversa havia terminado.
***
No dia do show, Rachel e Santana estavam reunidas em um camarim improvisado, a morena estava um pouco nervosa, mas Santana estava tentando lhe acalmar, afinal apesar de terem trabalhado e uma outra música, a maior parte dos dados já estavam gravados, então para a latina estava tudo certo; mas ela estava esquecendo um pequeno detalhe, Rachel também fazia o vocal.
Nesse momento uma voz feminina preencheu o local, avisando que o show iria iniciar dentro de instantes, e que o público adentrasse o local.
A latina passou a mão entre os fios olhando para o que a amiga fazia no notebook, a pequena fazia praticamente tudo sozinha... A cheerio só não sabia o porquê da amiga estar lá a poucos minutos de subirem no palco... Mas ela preferia não saber de nada.
–Eu só estou incluindo os dados finais... Só por precaução. – explicou Rachel concentrada no que fazia.
–Quê?! – Santana se assustou com aquilo, a judia não tinha jeito mesmo. – você ta louca?! Ta a fim de levar no improviso mesmo?! A música está só nos acordes! – ela tentava convencer à menor, mas no fundo sabia que não adiantaria nada.
–Pois é. E ainda mandei ela não aparecer...
***
Era engraçado fazer isso depois de um bom tempo, Noah Puckerman entrou no Persiana pela entrada dos fundos, vestido como a pessoa mais simples possível – o que não fazia o seu estilo – camiseta branca, um casaco simples, calça jeans, óculos e boné... Tudo para que não fosse reconhecido. Ele estava acompanhado por um dos seus empregados quando começou a escutar algo.
–Já começou?! – perguntou ele olhando para o relógio de pulso, ele havia chegado antes do previsto até.
–Não... Deve ser a banda amadora que veio abrir o show, Sr. Puckerman. – explicou o seu acompanhante. – aparentemente, são bem populares aqui na região.
Noah deu um leve sorriso, as garotas pareciam ser bem jovens, colegiais para ser mais exato, ele sempre ficava animado com os novos talentos.
Apesar de muitos não conhecerem as duas garotas que estavam em cima do palco, a maior parte estavam empolgados. Rachel apresentou a banda com bastante energia e logo os alunos do McKinley gritaram em apoio a dupla.
–VAI FUNDO BERRY! VERGONHA DO COLÉGIO MCKINLEY! LOPEZ, LINDA!
Rachel iria começar a cantar, mas algo fez com que ela ficasse totalmente paralisada, nem mesmo Santana aos berros, dizendo que a introdução da música já havia terminado conseguiu acordar a pequena judia, que já havia baixado o microfone e olhava fixamente para um ponto.
“Na real... Desde o início... Eu sempre quis seu apoio. Ajuda para não fraquejar diante do tamanho do meu sonho... Pra vencer minha fraqueza”.
Todos haviam parado de vibrar e estavam olhando para a cantora, se perguntavam o que estava acontecendo, qual era o problema, o próprio Puck não estava entendendo nada... Mas ninguém poderia entender, apenas Rachel sabia o que estava se passando com ela. Lá no fundo, perto da saída, uma figura loira muito bem vestida olhava na direção do palco com os braços cruzados.
–Qui...
A loira descruzou os braços e levou a mão esquerda até os óculos escuros, poderia parecer loucura, mas era a melhor forma de não ser reconhecida em um local como aqueles, ela baixou delicadamente um dos lados até seu olho ficar no da morena que estava ao longe, pela primeira vez tinha um sorriso sincero nos lábios.
“Não se preocupe, garota. Vai dar tudo certo... Boa Sorte!”
Rachel sentiu o rosto corar do nada e seu coração disparar, sua mão procurou por vontade própria o sintetizador... Um sorriso surgiu em seus lábios e seus olhos sempre doces estavam desafiadores.
–Eu mandei você não vir, não mandei? – sussurrou a morena para ela mesma. – desgraçada... Você é do contra mesmo, não é? “Senhora escritora”!
Santana olhou ainda mais assustada para a amiga, mas não tinha jeito, seria como Deus quisesse, pois a judia colocaria a música com os novos arquivos... Poderia não ser a mesma música do dia da praça, mas Rachel mostraria que ela era boa no que fazia.
–Se prepara parceira! Agora, você vai ver o que é passar vergonha. – Rachel tinha um sorriso moleque nos lábios e vez um sinal positivo para a companheira. – considere isso uma ordem, Santana Lopez!
O que mais a latina poderia fazer? Nada além de aceitar as ordens da sua líder... Era ver no que isso tudo ia dar. Assim que Rachel deu o sinal a música recomeçou, agora seria pra valer.
“Com um olhar amedrontado na face
Jogue os sentimentos ruins em um vento inconstante
O sinal que derreteu na rodovia esburacada
Só deixa uma ferida para trás”
Novamente a platéia começou a pular a gritar, Rachel a princípio tinha os olhos firmes na loira de cabelos longos, mas logo se deixou levar pela música, assim como a sua parceira.
“Antes que o desconfortável barulho apareça amanhã
Vá atrás desses passos ressonantes
Aquela emoção insubstituível... Que nunca se acalma, ignore-a para superá-la
Procure a brecha nessa sociedade vergonhosa
O lugar pelo qual lutamos. Quero um mundo novo!”
Santana fechou os olhos e começou a tocar o solo improvisado, se concentrando ao máximo para que desse tudo certo até o final da apresentação, depois ela poderia pensar no melhor método de torturar e matar a pequena Berry.
–Que coisa piegas. – disse a loira para ela mesma enquanto mantinha um singelo sorriso no rosto. – você não tem o menor talento.
Não tão distante de onde se encontrava a loira, estavam Noah e o seu acompanhante, um homem jovem de olhos azuis e pele de porcelana, o terno muito bem alinhado e os óculos de grau lhe davam uma aparência mais séria ao rosto de anjinho.
–Quem é aquela vocalista? – perguntou um tanto curioso. – o arranjo está fraco, mas a voz é vibrante e ela tem bastante ânimo.
Noah escutou o comentário e olhou sério para a banda que já estava se despedindo para poder dar lugar a banda principal da noite. A seu ver as duas garotas ainda eram amadoras demais, faltava muito para merecerem alguma atenção.
–Parece que seus ouvidos não são mais os mesmos, Kurt Hummel? – disse o mais alto com um pequeno sorriso que sumiu ao olhar para perto da saída, uma loira de óculos e casaco se afastava discretamente.
Enquanto isso o jovem Hummel falava que o ASK tinha um grande potencial e que eles deveriam aceitar o trabalho; Puck confirmou um pouco aéreo e pediu emprestado o celular do menor, precisava confirmar algo.
Autor(a): La Rue
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Finn entrou no “camarim” da banda aos pulos, dizendo que as duas foram incríveis, muito melhores que a banda principal, mas enfim ele não podia falar muita coisa, afinal ele saiu no meio do bis; Rachel até estranhou ele estar tão feliz por ela, mas logo descobriu que a alegria do seu querido irmãozinho tinha um outro nome. &nbs ...
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