Fanfic: More about you (Faberry) | Tema: Glee
Em um outro lugar de Lima, em uma das casas mais luxuosas se encontrava uma mulher de longos cabelos castanhos na sala de sua residência, sua figura era sempre elegante e nesse exato momento a morena parecia um tanto indignada com o que estava escutando ao telefone, aquela não era a primeira nem seria a última que acontecia isso... Mas desta vez Shelby estava disposta a acertar certos pontos com uma loira atrevida.
–Eu sabia! Sabia que o papo de emergência era só uma desculpa! – dizia a mulher tentando se controlar, enquanto dava voltas e voltas pela sala espaçosa e muito bem arrumada. – porque só me contou isso agora?! Essa foi a gota d’àgua! Vou invadir aquela casa para tomar satisfações!
A pessoa que estava do outro lado da linha tentava a todo custo deixar a mulher ainda mais calma, mas escutar aquilo pela boca de terceiros era algo que deixava Shelby completamente irritada.
–Aquela Quinn é uma tratante. – respondeu a morena massageando a fronte. – não acredito que ela teve coragem de me dispensar.
***
No dia seguinte Rachel já estava se sentindo bem melhor, nada de curativos nem de faixas naquele dia. Quando a aula terminou ela seguiu até a parada de ônibus mais próxima, o que era algo estranho já que sua casa não era tão longe assim do McKinley e dava muito bem para ir andando; alguns dos seus colegas até acharam estranho, mas a mesma deixou claro que precisava dar conta de algumas coisas antes de voltar para casa; alguns achavam que a Berry não tinha mesmo jeito, afinal qualquer outro aluno normal a essa altura do campeonato estaria preocupado com o vestibular, mas ela não... Seus pais meio que já haviam desistido de fazer pressão, sabiam que o sonho dela era se tornar uma cantora famosa e que a mesma não desistiria desse caminho.
Ao chegar a frente a casa da escritora a pequena ficou boquiaberta, havia mais um carro na garagem além dos outros dois mencionados pela loira, era um vermelho muito bonito, mas que de certa forma não parecia muito do gosto da outra “Mora sozinha em uma casa enorme com três carros na garagem... Ser rica é outra coisa...”Rachel foi até o interfone e tocou enquanto sua mente vagava, lhe deixando um pouco nervosa “Faz um tempo que não a vejo. Só falta ela ter se esquecido de mim... E por que eu me incomodaria com isso, afinal?”.
–TENHA CALMA, RACHEL! – dizia para si mesma tentando a todo custo manter o seu nervosismo longe, mas não estava adiantando muito. – você veio apenas para agradecê-la por ter comparecido ao seu humilde show e perguntar qual o seu grau de relacionamento com o ilustre senhor Noah Puckerman. É ISSO AÍ... EU ESTOU PRONTA! VENHA POR ONDE QUISER SUA DESGRAÇADA!
–Ei! Até quando pretende apertar a campainha?
A voz que quase lhe matou do coração não era a de Quinn, nem em um milhão de anos poderia ser, mas graças a ela Rachel se tocou de que involuntariamente passou esse tempo todo com o dedo no interfone. A pequena olhou para a mulher elegante que apareceu na porta e se sentiu incomodada com algo, só não sabia exatamente o porque... Shelby lhe olhava com curiosidade, mas rapidamente sua expressão mudou de curiosa para perplexa... Aquela era a tal Rachel Berry?! Quinn teve realmente a cara de pau de fazer isso com ela... Não, não era possível...
Apesar de ser um pouco lenta a cabeça de Rachel logo começou a trabalhar rápido e isso lhe fez lembrar da última conversa que teve com a escritora...“Que azar... Essa mulher deve ser algo dela”.
–Vai ficar parada aí fora? – Quinn se fez presente, quebrando o clima estranho entre as duas. – você demorou, Rachel.
O visual parecia o mesmo da última vez em que havia visto a loira, o cabelo levemente bagunçado lhe dando um ar mais sexy, calça jeans um tanto gasta e uma camisa de botão quase transparente, com as mangas cuidadosamente dobradas até a altura do cotovelo. A mulher mais velha acompanhou Quinn se aproximar de forma furtiva da colegial e lhe lançar um meio sorriso, no momento o mais amigável possível.
–Sim. Eu fui ver o showzinho dela. – disse a loira olhando para Shelby como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. – ela insistiu tanto que eu não pude ser indelicada, entende?
Rachel serrou os punhos e berrou dizendo que aquilo era uma mentira... Qual era o problema com a loira? Havia ficado louca de vez?
–Não precisa ficar encabulada, Rachel. – a escritora se aproximou ainda mais da menor passando um dos braços por cima dos seus ombros. – vem cá, pode se aproximar mais. – Rachel ficou ainda mais perdida quando Quinn lhe trouxe para mais perto e pegou a sua mochila. – se não fechar esse bico, eu te mato... Pirralha. – sussurrou de forma que apenas a menor escutasse.
Rachel ficou trêmula, não sabia ao certo se foi pelo o que a loira disse ou se era pelo simples fato de ter o corpo, o cheiro, e a voz de Quinn tão próximos a ela. A outra morena se aproximou um pouco mais das duas e olhou nos olhos claros e turvos da loira antes de lhe questionar pela última vez. Ela não conseguia acreditar que aquela garota era mais importante que ela, mas Quinn fez questão de mostrar que sim... Fazendo com que fosse embora logo em seguida no carro vermelho que estava estacionado.
A pequena não conseguia entender porque a loira não fez exatamente nada para que a outra não fosse embora, mas mal sabia que era isso que a escritora desejava, de certa forma ela não gostava daquela mulher e mesmo com Rachel insistindo e dizendo que a outra havia ficado chocada Quinn não voltou atrás; estava mais séria e com o olhar um pouco perdido, mas isso não significava que era isso que ela queria... Sabia bem que Shelby havia partido com raiva, e muita. A Fabray passou a mão pelos longos fios dourados e suspirou, estava levemente cansada, se dirigiu até a porta de entrada, mas parou olhando para trás ao ver que a pequena não lhe acompanhava.
–Está frio aqui fora. Entra logo e fecha a porta. – apesar das palavras não saírem muito gentis a loira parecia tranqüila, sem a sua tradicional carga de ironia ou humor negro, que adorava usar contra a judia.
A colegial seguiu a anfitriã um pouco curiosa e desnorteada, várias coisas entravam em conflito em sua mente e quando estava prestes a colocar tudo para fora a loira lhe interrompeu, estava cansada e apesar de gostar de joguinhos aquele já estava lhe cansando.
–Seja franca, você gosta de mim. – disse virando-se para a menor, retirando a franja loira que insistia em cair em seus olhos. – veio aqui inventando uma besteira qualquer, certo? Além disso sempre reage de forma exagerada a tudo que eu falo. Você da muito na cara, garota.
Quinn se calou e colocou as mãos no bolso da calça, esperando pela desculpa esfarrapada que obviamente não viria, Rachel era transparente demais, era fato consumado de que ela estava certa... A pequena era ingênua demais para dar qualquer desculpinha mínima; mas por outro ponto a mais velha esperava que pelo menos ela negasse, não deixasse isso tão na cara... Pelo visto Quinn Fabray se surpreendeu e errou pela primeira vez em seu julgamento.
–É que... Errr... E-Eu admito que estou gostando de você, mas... P-Peraí! Eu não posso admitir nada. Não posso sair dizendo que quero sair com você, e tal... Nós tínhamos que começar como amigas... – quando menos esperava Rachel estava se metendo em um rolo pior que o outro. O que ela estava falando? Havia ficado louca de vez só podia ser isso.“Só estou falando besteira! Estou cavando a minha própria cova! O que eu faço?”
Quinn fez uma cara estranha ao escutar aquilo, o que ela estava querendo dizer com “começar como amigas” aquilo estava lhe parecendo uma declaração de amor e das piores que já havia escutado em toda sua vida.
–Sinto muito, mas pegar mulher não faz o meu tipo. – disse em um tom quase que irritado. – vá procurar a sua turma, esquisita.
–QUAL É O SEU PROBLEMA? SOU ESQUISITA MESMO, E DAÍ?! ESTOU GOSTANDO DE VOÊ, SIM! NÃO POSSO FAZER NADA! – explodiu a judia enquanto a outra estava quase levando um cigarro até os lábios, mas parou no meio do caminho ao escutar a pequena, lhe encarando. – POR QUE FEZ AQUILO COM AQUELA MULHER?!“Droga, eu estou me declarando pra ela!”POR QUE FOI AO SHOW? EU DISSE PARA NÃO IR!
Quando a menor terminou de falar a loira estava simplesmente lhe olhando com um ódio mais do que evidente. Estava cansada daquele blábláblá estúpido, era sempre a mesma coisa, Quinn jogou o cigarro que nem chegou acender no chão e fechou o punho no qual o isqueiro se encontrava, ela já estava cansada de tantos “porquês” em sua vida, Rachel e Shelby só sabiam falar a mesma baboseira. A passos lentos e controlados a loira ficou bem próxima da colegial e segurou na gola do seu casaco com uma das mãos, forçando a menor a levantar um pouco o rosto para lhe olhar nos olhos... Estavam tão próximas... Rachel podia até ver o piercing no topo da orelha esquerda da escritora.
–Quer saber por que eu fui? – disse de forma séria e pausada. – fui porque quis! Só isso! E você? Porque vomita tanta besteira? Como consegue dizer que está gostando de mim?! – uma das sobrancelhas da loira levantou de forma ameaçadora e Rachel se encolheu, quando menos notou suas costas estavam de encontro com a parede fria. – qual é o seu problema? Esqueceu que eu também sou mulher?!
–Quinn...
Quando menos notou a loira se aproximou ainda mais, seus olhos estavam bem abertos, tentando registrar se o que aconteceria era real... E foi. A loira aumentou ainda mais a força na sua gola e uniu os seus lábios aos da pequena que inicialmente ficou completamente sem ação, apenas ficou de olhos abertos como se aquilo fosse parte de um sonho seu, o sonho mais oculto; com uma das mãos ela tentou afastar a loira, mas de nada adiantou, apenas serviu para que ela tomasse os seus lábios com mais volúpia ainda, sugando a língua de Rachel com vontade. Ao ver que a mais nova não exercia mais nenhuma resistência a escritora apoiou uma das mãos na parede, um pouco acima da cabeça da morena, Rachel tentava fazer algo, mas o beijo da Fabray conseguiu tirar suas forças por completo... As mãos da loira eram igualmente hábeis, a esquerda já explorava o abdômen lisinho da morena que inclinava a cabeça ao sentir a língua molhada e quente da outra em seu pescoço, subindo para o seu queixo. Quando menos notaram já haviam deslizado até o piso, a mais velha se encaixou entre as pernas da Berry e sua mão continuou subindo até se encontrar com o tecido que protegia o seio quente e macio.
Os dedos longos e delicados da escritora romperam o contato apenas por cima do tecido e com cuidado ela tocou a área quente que era o seio de Rachel, se deliciando com cada pequeno gemido que a outra soltava ao receber estímulo no mamilo já intumescido. Mas aquilo estava errado... Seios?! Quinn Fabray não era do tipo que ficava com mulheres, muito menos que passava dos limites daquela forma; foi se tocando de que a pequena também era uma mulher que a loira parou o que estava fazendo e ficou encarando a mais nova, ela começava a suar frio enquanto seus olhos estavam presos aos da pequena judia.
No minuto seguinte a escritora sentou-se no chão e a cantora fez o mesmo; Quinn deu leves tapinhas no ombro da morena, sabia que ela queria aquilo, por mais que ela tentasse negar, mas não estava certo. Rachel pegou o seu casaco que já havia deslizado pelo seu corpo e ficou completamente muda, enquanto seu rosto evidenciava o tamanho do seu constrangimento; ela até tentou falar algo, mas foi logo interrompida pela outra.
–A culpa foi minha, sinto muito. – disse a loira passando a mão pelos seus cabelos e suspirando levemente. – admito que acabei lhe provocando por causa daquela mulher.
–Não foi! Eu que acabei falando uma pá de besteiras... – começou a morena; Rachel detestava perder e não seria agora que ela ficaria por baixo... Principalmente se tratando na escritora loira e metidinha. – Quem viajou e vacilou legal fui eu.
–Claro que curtiu. Minha técnica é irresistível“E viajar você vive viajando...”– afirmou a loira que aquele ar de superioridade que tanto irritava a mais nova. – ainda bem que caí na real quando notei os seios. – continuou virando o rosto e acendendo um cigarro. – por pouco não aconteceu uma desgraça irreparável. E pior ainda, com uma pirralha suja como você.
Autor(a): La Rue
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Como era de se esperar Rachel ficou uma fera após escutar aquilo, apesar de ser mais do que provável que a loira lhe trataria daquela forma, pelo menos uma vez na vida ela queria ser tratada com mais respeito pela outra, mas pelo visto não seria isso que aconteceria. –Satisfeita agora? Meus parabéns. – a loira pegou a ...
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