Fanfics Brasil - Entre família More about you (Faberry)

Fanfic: More about you (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Entre família

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Como era de se esperar Rachel ficou uma fera após escutar aquilo, apesar de ser mais do que provável que a loira lhe trataria daquela forma, pelo menos uma vez na vida ela queria ser tratada com mais respeito pela outra, mas pelo visto não seria isso que aconteceria.


 


 


–Satisfeita agora? Meus parabéns. – a loira pegou a mochila da judia e lhe entregou. – imagino que será difícil dormir sozinha. Mas tente se contentar, quem sabe me encontre nos seus sonhos... – concluiu com um sorrisinho zombeteiro.“Adeus, garota! Pega isso e vaza daqui”.


 


 


***


 


 


Rachel estava mais pensativa do que nunca na volta para casa, a morena pegou a primeira condução que passou e não se importou muito em ir em pé encostada na porta – apesar do transporte estar bastante vago – estava cansada e acabou encostando a cabeça no vidro, ainda tentando entender o porque de ter ido na casa da loira. No fim de tudo ela acabou nem fazendo o que realmente queria, esqueceu de falar sobre o Puckerman e de ter agradecido por ela ter aparecido no show. Por um breve momento ela deu um sorrisinho pervertido ao lembrar-se da loira, mas se policiou logo em seguida, enquanto algumas poucas pessoas que estavam perto começavam a achá-la um pouco estranha. A judia se xingou mentalmente e fechou a cara, não era a hora para poder ficar feliz com aquilo... Talvez nem existisse motivos para que ela ficasse feliz....


 


 


***


 


 


No dia seguinte a cantora estava realmente perdida, ao chegar no McKinley ficou sabendo que teria uma prova de historia geral e que obviamente não havia estudado uma linha. Santana olhou a amiga de lado e informou que o assunto da prova iria até o capitulo 18, o que significava que a judia estava ainda mais ferrada, pois se tratava de nada mais nada menos do que metade da apostila que estavam estudando... Santana nem ligou muito para o desespero da menor, era sempre assim, ou pelo menos na maioria das vezes, a pequena sempre estava dormindo ou fazendo algo mais importante que lhe impedia de registrar os dias das avaliações; o pior de tudo talvez fosse saber que quem aplicaria a prova seria um professor super linha dura, ninguém nunca conseguiu colar nas provas dele.


 


 


–Troca a prova comigo, Sant! Pelo amor de Deus! – Rachel agarrou em um dos braços da amiga fazendo uma carinha de choro e desespero ao mesmo tempo, ela sabia que estava muito ferrada. – não posso mais tirar nota vermelha nessa matéria. Você sempre tira a melhor nota, qual o problema de tirar zero só uma vez?! Já esqueceu que somos amantes?! – implorou a pequena.


 


 


–Uma nada. Já é a quinta vez, não quero mais. Cale-se e estude. – respondeu a latina deixando a pobre Berry ainda mais desesperada que antes.


 


 


Minutos depois o professor chegou para aplicar a prova, avisando de forma séria que todos teriam no máximo 45 minutos para responde-la, nenhum minuto a mais. Rachel amarrou o cabelo de forma que não ficasse caindo no seu rosto e respirou fundo antes de partir para a primeira questão, que para sua tristeza ela não tinha a menor idéia do que seria a resposta; ela leu a pergunta umas três vezes e se amaldiçoou por não lembrar o nome que precisava... Na noite anterior mesmo ela havia visto um documentário sobre aquele assunto, mas graças a grande culinária bizarra do seu papai Hiram ela desviou completamente a sua atenção.


 


 


A pobre judia batia a ponta do lápis varias vezes consecutivas na carteira, mas nada lhe vinha a mente, a sala estava em completo silêncio, o que se escutava de vez em quando era o som do lápis riscando o papel branco. Pouco tempo depois do inicio da prova a porta da sala de aula foi aberta com estrondo fazendo com que todos se assustassem incluindo o professor linha dura.


 


 


–Onde está Rachel Berry?! – perguntou a mulher de forma firme, olhando para as carinhas assustadas que a observavam com certo medo e curiosidade.


 


 


Era uma mulher linda; alta, com cabelos escuros que lhe caiam perfeitamente como cascata; trajava uma camiseta branca soltinha, um casaco leve, e uma saia que valorizava ainda mais suas formas. Rachel estava tão empenhada em fazer alguma coisa naquela prova que não se tocou de quem era a mulher a princípio... Mas ao vê-la caminhando decidida em sua direção sua mente fez questão de lembrá-la quem ela era; a mesma mulher que estava na casa da Quinn, a mesma que havia saído extremamente chateada.


 


 


–Preciso trocar algumas palavrinhas com você! – disse a morena parando em sua frente e lhe puxando para fora da sala pela gola da camisa. – Agora!


 


 


***


 


 


Rachel foi arrastada do McKinley para o carro da morena sem dizer um aí, apenas lamentando pela sua prova, mas enfim, talvez ela não fizesse nada mesmo. A morena dirigia séria, olhando de vez em quando para a pequena que tentava ajeitar o cabelo que uma vez ou outra lhe caia nos olhos, estava parecendo uma cortina... Quem nem o “dela”.


 


 


–Essa conversa... É sobre a Quinn Fabray, não é? – perguntou a pequena com certa seriedade na voz, o que não era muito comum, tendo em vista que Rachel era sempre uma pessoa muito alegre, principalmente no seu jeito de se comunicar com os outros.“Me arrancou da escola no meio da prova... Só pode ser por causa dela”.


 


 


–Sim. E também um acerto de contas do balão que levei na noite do seu show. –respondeu a outra de forma calma. – desamarre logo esse cabelo horroroso! Não quero passar vergonha andando com você desse jeito.


 


 


“A... Acerto de contas...?! M-Mas eu não tenho culpaaaa... Socorro alguém me ajude... Me tirem já das garras dessa mulher!!!”


 


 


Rachel estava ficando com medo, mas fez o que a mulher pediu. Até tentou sugerir uma conversa rápida dentro do veículo, mas a mesma olhou para ela e deu um sorrisinho malvado, indicando que quando estava nervosa não conseguia retirar o pé do acelerador do carro. Não demorou muito para que a mais velha diminuísse a velocidade e parasse o carro, as duas desceram e se dirigiram para o que parecia ser um bar freqüentado por pessoas de poder econômico elevado. Ao abrir a porta Shelby foi recebida pelo gerente do bar com um largo sorriso, que até estranhou um pouco o fato da mulher ter chegado mais cedo que o previsto. Rachel correu os olhos pelo local e ficou impressionada com a beleza, era pequeno, mas realmente muito bonito, mas o que mais lhe intrigou foi o fato de estar vazio. Elas se dirigiram até o balcão onde o próprio gerente fez questão de atendê-las.


 


 


–Trouxe uma acompanhante... – comentou ele com um leve sorriso. Shelby sentiu o leve tom de curiosidade na voz do homem.


 


 


–É só o brinquedinho novo da Quinn. – disse a morena retirando os óculos escuros. Rachel fez uma cara feia ao escutar aquilo e ao ver a reação da pequena continuou a falar. – isso mesmo. Ou acha que ela é o seu brinquedo? Lastimável saber que fui dispensada por causa dessa pirralha. Isso é o que chamo de humilhação! – concluiu com um cigarro entre os dedos.


 


 


Rachel mordeu o lábio e fez uma carinha envergonhada ao escutar aquilo, ela não tinha culpa, afinal nem ela mesma esperava que Quinn fosse aparecer, pois a mesma já havia confirmado um outro encontro... No caso com a mulher que estava agora a sua frente, fazendo o grande favor de lhe humilhar. Ela sabia bem que a desconhecida a sua frente estava furiosa e magoada, e que tinha sua parcela de culpa por ter dado o ingresso a Fabray, mas porque tudo de ruim tinha que sobrar pra ela?!


 


 


–EU FALEI PRA ELA NÃO APARECER! EU FALEI! MAS, NÃO! A IDIOTA TINHA DE... – Rachel levantou do banco e começou a colocar tudo o que estava sentindo pra fora, até que foi interrompida pela mais alta.


 


 


–Está bem, garota! Já entendi!“Você fala alto demais” –ela não precisou falar alto para poder calar a pequena judia. – agora cala a boca e senta! – disse massageando a fronte pacientemente.


 


 


Shelby acabou se desculpando com a pequena e tentou ficar calma novamente, de certa forma ela sabia que havia sido dura demais com a menor, fora que arrastou a cantora para fora do McKinley sem dar nenhuma satisfação ao professor ou diretor. O gerente estendeu o cinzeiro para a mais velha que logo em seguida tratou de acender o seu cigarro.


 


 


–Queria lhe pedir um pequeno favor. E, é claro, você terá a sua recompensa. – disse após acender o cigarro e passar a mãoentre os longos fios escuros.


 


 


Rachel parou por um momento e ficou analisando aquela mulher, por um momento ela lhe lembrava alguém, mas quem? Mas sua analise terminou logo, pois a mesma começou a lhe olhar de uma jeito estranho, algo como “te mato se ficar me olhando demais”.


 


 


–Arranquei você de lá porque ele me disse que tinha uma brecha agora... – resmungou a mulher com ela mesma após dar uma longa tragada. – por que ele está atrasado?!


 


 


Mal terminou o seu devaneio e um homem entrou no estabelecimento um pouco afobado e se desculpando com todos. Os olhos de Rachel ficaram arregalados, aquilo não poderia ser verdade, uma vez seria muita sorte, mas duas?! Seria mesmo Noah Puckerman a sua frente?! Já Shelby olhava para o homem com vontade de esganá-lo, mas ficou por isso mesmo.


 


 


–A reunião se estendeu um pouco... – explicou o recém chegado um pouco sem graça, retirando os óculos e entregando a pasta que carregava na mão direita para a mulher mais velha. – desculpe-me Shelby, demorei muito?!


 


 


–Um pouco, mas desta vez passa. Sei como são essas reuniões. – respondeu a mulher pegando a pasta que o outro havia estendido em sua direção.


 


 


Rachel ficou observando aquele homem como se aquilo não fosse real... Não poderia ser real.“É o Noah Puckerman?! Mas, o que ele está fazendo aqui?!... Os dois estão conversando com tanta intimidade... S-Será o verdadeiro Noah Puckerman?! O original e único?! Não sei, talvez isso seja apenas uma miragem...”.


 


 


–Boa tarde Srta. Berry. Recuperou-se do tombo que levou naquela noite? – perguntou o mais alto com o mesmo sorriso doce do outro dia. – sinto muito, acabei revelando tudo... – começou a se explicar enquanto tirava o casado e ajeitava a gravata em seguida. – contei à Shelby que vi a Srta. Fabray no seu show...


 


 


Shelby ao ver o olhar paralisado da garota levantou uma das sobrancelhas e puxou a orelha da garota só de pirraça.


 


 


–Não ouse aproximar-se dele sem minha permissão. Fui clara?! – disse apontando para a pequena. – ele será a sua “recompensa”!


 


 


Rachel fez uma cara completamente confusa, afinal quem era realmente aquela tal de “Shelby”? alguma louca que conseguiu fugir do hospício e estava a solta na sociedade, como ela poderia estar falando daquela forma com um dos homens mais importantes na indústria da música?!


 


 


–E essa intimidade toda com o Sr. Puckerman?! Por um acaso você sabe quem ele é, moça?! – disse Rachel de forma nervosa, ao ver a mulher de braços dados com o ex integrante do Grasper... E ainda por cima sua orelha estava doendo horrores.


 


 


–Pro seu governo, garota, ele e meu marido. – disse com um sorrisinho superior.


 


 


Bem, após escutar isso Rachel entrou em um verdadeiro colapso nervoso, seria possível que aqueles dois eram mesmo um casal? Tipo um casal marido e mulher como se manda a tradição?! Mas se isso era realmente verdade algo estava realmente errado... Se ela era uma suposta namorada da escritora, como ela poderia ser esposa do Puckerman?!... Logo lhe veio a mente uma imagem totalmente constrangedora na cabeça, aquilo estava lhe cheirando a traição e das feias, mas logo a voz de Shelby Puckerman lhe trouxe novamente para a terra.


 


 


–Se conseguir convencer a Quinn... Deixarei que converse com o Noah à vontade. – disse a morena dando mais uma tragada no cigarro. – não vai ser difícil. Você namora a Quinn, não é?


 


 


Rachel começou a suar frio, ela sabia que a corda em seu pescoço estava apertando aos poucos e que agora não dava mais para fugir, apesar de estar com um terrível mau pressentimento ela sabia que não poderia contar a verdade sobre aquele dia, Shelby era sinônimo de loucurapara a pequena judia, se ela contasse que tudo não passou de fingimento era capaz da mais velha lhe matar.


 


 


–Creio que não tenha outra escolha, Rachel. Falei em acertar nossas contas, lembra? – disse a mulher com um pequeno sorriso enquanto mantinha o cigarro entre os lábios e arrumava o cabelo com uma das mãos. – espero que consiga convencer a minha querida irmãzinha...



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Autor(a): La Rue

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