Fanfic: Segredos - Ano I (Harry Cedrico, Hermione Pansy, Fred Jorge) | Tema: Harry Potter
Era o mesmo sonho novamente, o mesmo sonho que o atormentara durante todo o verão... Harry não tinha a mínima noção de qual era o seu significado, mal sabia ele que esse sonho lhe traria maus presságios.
“O local era o povoado de Little Hangleton, mas disso Harry não sabia – pelo menos não ainda - no sonho havia um velho, o seu nome era Franco Bryce, um veterano de guerra e jardineiro de longa data na casa dos Riddle. O homem já de idade subia lentamente a escada que rangia embaixo dos seus pés, ao chegar no patamar do andar seguinte, de frente para a escada havia uma porta entreaberta onde se escutava algumas vozes masculinas. Franco assustou-se ao sentir algo em seus pés, era uma cobra enorme, diferente de todas que ele já havia visto... Talvez o velho Bryce não estivesse ali se soubesse que seu fim estava tão próximo, mais uma conversa dentro do quarto e a porta se abre. Franco dá de cara com um homem baixinho e esquisito, que lhe lança um sorriso malévolo, depois o mesmo abre mais a porta a pedido de uma outra voz que pede para que “Rabicho” saia da frente... Pobre Bryce, a única coisa que viu foi um lampejo verde em sua direção antes de cair já sem vida no chão”.
– Harry... Harry, acorda. – Hermione tentava acordar o amigo do que parecia ser um pesadelo.
O moreno estava suando muito e bastante agitado, sua mão pressionava com força a cicatriz em sua testa, a amiga insistiu mais uma vez até que o amigo acordou um pouco afobado, as respiração evidentemente desregular.
–Aconteceu algo Harry? – perguntou a amiga um pouco preocupada, sentando-se ao seu lado.
–Não nada... – apressou-se o amigo em acalmá-la. – foi apenas a minha cicatriz. – Harry ainda esfregava a testa com os olhos apertados, mas Hermione não podia lhe dar muita atenção no momento, a bruxinha agora tinha uma missão quase impossível, acordar o outro amigo.
–Rony acorda! – ordenou Hermione sem sucesso. – vamos Ronald, a Sra. Wesley já está nos esperando.
Rony resmungou algo incompreensivo para qualquer ser humano.
-Quando você chegou? – perguntou Harry sentando-se na cama, esfregando levemente os olhos, pois ainda estava bastante sonolento.
–Praticamente de madrugada... Os únicos acordados eram o Sr. e a Sra. Wesley. – respondeu a garota de forma tranqüila, para logo se irritar com o ruivo que voltada a roncar. – RONY ACORDA! – gritou Hermione, fazendo com que o amigo acordasse assustado.
–Mas que droga. – resmungou o ruivo rabugento.
–Bem, meu trabalho está feito. – vangloriou-se Mione satisfeita. – mas não se atrevam a dormir novamente. – completou ela lançando um olhar rigoroso para os dois amigos.
Os dois se olharam e encolheram os ombros, o sono ainda era evidente, mas com certeza eles não se atreveriam a voltar a dormir. Harry olhou pela janela, ainda estava escuro, deveria ser no máximo umas cinco da manhã, mesmo assim o barulho vindo dos andares inferiores era grande. Depois de algumas ameaças de serem deixados para trás, Harry e Rony se apressaram, enquanto se vestiam Harry pode notar – agora com muito mais atenção, talvez até mesmo estranha – o quanto seu amigo ruivo estava mudando; alguns anos atrás Rony era baixinho e tão magricela quanto ele, mas desde o ano passado o amigo havia crescido e muito e estava com mais corpo, até mais que o próprio Harry, estava passando por grandes mudanças, alguns músculos começavam a se delinear mais firmemente sob a pele do adolescente... Rony estava ficando realmente bonito.“Rony está ficando bonito?”pensou Harry ainda não acreditando,“devo estar ficando louco para achar um homem bonito”, o bruxo balançou a cabeça negativamente como se quisesse se livrar dos pensamentos esquisitos que acabara de ter... Definitivamente ainda estava com muito sono, só podia ser isso.
–Tudo bem com você Harry? - perguntou ele terminando de se vestir e pegando a mochila. Olhando para o amigo com uma cara engraçada.
–Hum...- Rony acabara de tirar o amigo de seus devaneios. – sim, tudo ok. – confirmou Harry sem muita certeza.
–Melhor irmos logo ou vamos acabar perdendo o café. – comentou o ruivo olhando para o amigo.
Harry confirmou com a cabeça, pegou sua mochila e os dois saíram rapidamente do quarto descendo as escadas, indo direto para a cozinha.
-Dia! – disse Harry um pouco sonolento e de forma limitada devido um bocejo.
–Vamos meninos, comam logo ou acabarão se atrasando. – disse a Sra. Wesley agitada.
Os dois sentaram-se rapidamente, falando com os outros Weasley’s enquanto Molly servia os garotos com ovos e bacon, Rony comeu o mais rápido que pode enquanto Harry parecia perdido em seus pensamentos, sendo acordado apenas pela voz do Sr. Wesley.
–Hora de irmos, Amos já deve estar nos esperando. – falou Artur conferindo suas coisas.
Harry olhou para o seu prato, não havia tocado direito na comida, enfiou algumas garfadas generosas na boca, o garoto tinha quase certeza de que se arrependeria de não ter tomado seu café da maneira certa mais tarde, então bebeu rapidamente o seu suco de abóbora e levantou-se carregando uma torrada com geléia para comer no caminho.
O Sr. Wesley estava à frente do grupo, guiando o caminho para os mais jovens, os gêmeos Fred e Jorge cantarolavam animadamente um pouco alheios ao que acontecia ao redor, já Hermione estava conversando com Gina um pouco afastada dos meninos, Harry e Rony eram os últimos da turma, ainda se encontravam sob o efeito das poucas horas de sono ou seja, permaneceram lado à lado em um silêncio confortador. O sol estava começando a surgir ao longe, o frio já não era tanto e aos poucos a escuridão da madrugada dava lugar a uma manhã muito bonita. Estavam andando a um bom tempo, talvez a uma hora, Harry começou a sentir falta do seu café da manhã quando uma voz desconhecida rompeu seu pensamento.
-Até que enfim você chegou Artur, pensei que não iria mais. – comentou um homem aparentemente da mesma idade do patriarca dos Weasley.
–Olá Amos, desculpe a demora... É que alguém demorou para sair da cama hoje. – respondeu Artur sorrindo e olhando na direção do filho mais novo Rony e Harry, que se encolheram um pouco, Rony sentiu as orelhas queimarem na mesma hora, já Harry se limitou a olhar para os próprios pés.
A árvore onde estavam mais próximos balançou um pouco mais forte fazendo um barulho, lá de cima desceu um jovem muito bonito e alto... Seus olhos eram claros assim como os seus cabelos bem arrumados, o jovem parecia bem semelhante para Harry.
–Ora, ora... Este deve ser Cedrico, correto? – perguntou o Sr. Wesley.
Cedrico confirmou com a cabeça e estendeu a mão para cumprimentar Artur.
-Olá Harry! – disse Cedrico com um sorriso amigável.
Gina e Hermione se olharam e cochicharam alguma coisa.
-Nossa você é mesmo Harry Potter? – perguntou o homem surpreso, analisando em seguida a cicatriz do jovem de forma discreta. – é um enorme prazer conhecê-lo.
Harry sorriu meio sem jeito, mas não estava prestando atenção no que Amos Diggory falava no momento, sua atenção era toda para o jovem loiro a sua frente... Cedrico Diggory.
Depois que se encontraram com Amos Diggory e o seu filho o grupo seguiu em frente, Fred e Jorge continuaram a cantarolar agora na companhia do jovem Cedrico, enquanto Hermione e Gina faziam companhia para Harry e Rony.
–Vocês viram como o Cedrico está gatinho? – comentou Gina baixinho.
Hermione sorriu meio de lado e Harry pareceu um pouco encabulado, no entanto Rony não gostou nada do comentário da sua irmã caçula.
–Então é isso que você acha? Nem mesmo saiu das fraldas e já anda de olho nos rapazes? – falou Rony emburrado. – ele é muito mais velho que você!
-Ah, não enche Roniquinho. – brincou Gina. – eu só disse que ele está bonito e não que eu quero me casar com ele.
Rony amarrou mais ainda a cara durante toda a conversa que o grupinho de grifinórios tiveram.
Eles ainda andaram por um longo percurso, mas agora nem pareciam tão cansados como antes, o sol já havia despertado e agora confortava-os com os seus raios... Depois de uma longa subida parecia que finalmente eles chegaram ao local desejado, mas aquilo parecia o fim do mundo, Harry olhava para os lados atrás de algo, mas nada....
–Chegamos... Está logo ali. – disse o Sr.Wesley animado.
Todos o seguiram parecendo muito curiosos, até pararem ao redor de uma bota velha e aparentemente inofensiva.
–Sr. o que estamos fazendo aqui exatamente? – perguntou Harry sem entender.
–Por que estamos parados ao redor dessa bota velha? Vamos acabar perdendo o inicio da Copa. – resmungou Rony.
Cedrico sorriu e dirigiu os olhos a Harry.
–É a chave de um portal Harry. – disse o jovem gentilmente.
-Isso mesmo Cedrico. – concordou o Sr. Wesley. – vai nos levar direto para a Copa, arranjem uma boa posição.
Nesse momento todos se apertaram um pouco e seguraram na bota, Harry ainda parecia um pouco inseguro, aéreo, sem entender ao certo o que fazer.
–Vamos Harry! Segure! – disse o Sr. Wesley acordando o jovem do seu estado confuso.
Harry se ajeitou como pode e tocou na bota, depois disso tudo pareceu muito rápido e confuso, as coisas giravam ao seu redor, seu estômago embrulhou com aquela sensação esquisita até que de repente sumiram do local em que estavam...talvez a sensação mais esquisita fora a que se seguiu, com a mesma velocidade que eles giraram eles agora caiam, os jovens gritavam a plenos pulmões, mas isso não adiantava em nada, com um baque forte Harry, Hermione e os Weasley chegaram ao chão, após a pancada o moreno se virou tentando respirar melhor, mas suas costelas pareciam comprimir fortemente seus pulmões. Enquanto isso Artur e os Diggory flutuavam até a grama como se nada tivesse acontecido.
- Tudo bem com você Harry? – perguntou Cedrico estendendo a mão para o aluno da grifinória.
Por poucos segundos aqueles olhos verdes fitaram a beleza do sorriso amigável do outro, meio sem jeito, Harry apenas confirmou com a cabeça e segurou na mão de Cedrico que lhe ajudou a levantar.
-Estão todos bem? – perguntou o Sr. Wesley sem preocupação.
Após um afirmativo de cabeças – embora alguns ainda sentissem que os pulmões haviam grudado nas costelas. – todos voltaram a andar.
–Você não disse que aquela bota velha nos levaria ao local papai? – disse Jorge inconformado.
–Calma meninos. – Artur sorria enquanto continuavam andando. - ....vejam chegamos!
Após uma breve subida eles realmente haviam chegado, todos estavam maravilhados com aquela “bagunça”, havia milhares de bruxos por todos os lados, talvez Harry nunca tenha visto tantos bruxos reunidos em um só lugar, milhares de barracas se espalhavam pelo extenso local, muitos posters dos times espalhados e claro vassouras cortando o céu, e passando rente a cabeça de algumas outras pessoas que sequer se importavam... Talvez aquele fosse um pequeno paraíso para Harry.
Ao se aproximarem mais das tendas, os Diggory se separaram do grupo, talvez com sorte se encontrariam antes do jogo, o Sr. Wesley continuou liderando seu grupo até chegarem a barraca destinada a eles... Um por um todos foram entrando, Harry foi o último, ainda do lado de fora olhou para os lados em busca do aluno da Lufa-Lufa, mas o mesmo já havia partido, depois voltou os olhos para a tenda e pensou como tantas pessoas caberiam ali dentro, mas quando entrou lembrou-se que não estava no simples mundo dos trouxas.
–Eu adoro magia! – sussurrou Harry para si com um enorme sorriso. A barraca tinha o tamanho de uma casa pequena por dentro e era bastante confortável.
Hermione e Gina seguiram para o quarto que dividiriam enquanto Fred e Jorge sentaram-se colocando os pés em cima da mesa mesa.
–Meninos tirem os pés da mesa! – ordenou o pai.
–Tirando os pés da mesa. – disseram os gêmeos juntos.
Após a “bronca” do pai os gêmeos partiram para a cozinha, onde mais uma vez implicariam com o pobre irmão mais velho, fazendo um pequeno alarde, pois poderiam ficar sem comida caso deixassem Rony sozinho na cozinha.
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Notas finais do capítulo
Então o que acharam?
Fraquinho até então, mas espero que tenham gostado.
Nos vemos em breve em mais um cap.
Abraços e comentem, por favor :D
Autor(a): La Rue
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Harry deu mais um sorriso ao ver a brincadeira dos irmãos Weasley, seguiu para o outro quarto que seria dividido pelos garotos e deixou as coisas lá, por um momento parecia se sentir “completo” embriagado pela felicidade, pois aquelas pessoas eram mais a sua família do que seus próprios tios e primo; logo pensou em seus pais e em Siriu ...
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