Fanfic: Segredos - Ano I (Harry Cedrico, Hermione Pansy, Fred Jorge) | Tema: Harry Potter

Finalmente haviam chegado ao castelo de Hogwarts, Harry desceu do expresso junto a um amontoado de alunos de vários anos. O ar gélido lhe dava as boas vindas, assim como o seu grande amigo Rúbeo Hagrid.

- Olá Harry! – cumprimentou o grandalhão animadamente. – boas férias?

Harry apenas encolheu os ombros e sorriu, apesar dos recentes acontecimentos, ele não tinha do que reclamar, apenas agradecer muito ao Sr. Weasley por ter lhe tirado da Rua dos Alfeneiros bem antes do esperado.

- Bem, tenho que ir... – disse Hagrid animadamente. - ...sabe como são os alunos novatos. – completou com uma piscadela para o aluno da Grifinória e saiu guiando os alunos do primeiro ano que o olhavam de forma assustada e outros com bastante curiosidade.

O quartanista notou certo mistério e satisfação nas palavras do amigo, mas como o mesmo estava ocupado, decidiu deixar as perguntas para outra hora.

***

Todos estavam reunidos no salão principal. Depois do discurso de boas vindas e da escolha das casas dos novatos, a conversa que se seguia nas mesas eram bastante animadas. Alguns comentavam sobre as férias, outros discutiam sobre a carruagem alada e o grande navio que viram momentos antes de irem para a cerimônia de início do ano letivo.

Harry não estava muito empolgado com a conversa que rolava na mesa dos grifinórios, sua atenção estava direcionada especialmente na mesa da Lufa-Lufa, em certo alguém alto, de olhos e cabelos claros que conversava e sorria com os outros colegas de casa. Nem mesmo a voz de Dumbledore fez com que o moreno se libertasse dos seus devaneios, a única coisa que o fez acordar foi escutar a nomeação de Hagrid como o novo professor de Trato das Criaturas Mágicas, todos aplaudiram, Harry e seus amigos fizeram questão de aplaudir o grandalhão de pé, os únicos que continuaram quietos foram os sonserinos (como se isso fosse surpresa para alguém).

- Este ano Hogwarts receberá alguns ilustres convidados... E não haverá o Campeonato das Casas. – houve uma grande reclamação de boa parte dos alunos, Harry era um deles. – devido ao Torneio Tribruxo...

O silêncio tomou de conta dos alunos, que agora escutavam atentamente o diretor Dumbledore. O silêncio foi apenas momentâneo, pois logo em seguida fez-se um barulho enorme entre os alunos das quatro casas. Dumbledore sorriu e iria continuar seu discurso, quando foi interrompido pelo zelador Filch. Os dois cochichavam algo quando as portas do salão principal se abriram novamente.

A atenção dos alunos agora estava voltada para o homem que acabara de chegar... Se é que podiam chamá-lo de homem, Hermione sentiu os pelos da nuca arrepiarem ao ver claramente a sua feição. Enquanto andava em direção a mesa dos professores, era acompanhado por vários pares de olhos curiosos. O homem produzia um ruído metálico a cada passada que dava e seu corpo era coberto de cicatrizes, mas o que mais lhe chamava atenção não eram as cicatrizes (que nem de longe eram poucas) e sim os seus olhos, um era pequeno e escuro e o outro era azul elétrico e girava em varias direções.

- Não acredito... É o olho-tonto Moody. – disse Rony baixinho para Harry e Hermione.

Os dois se olharam e fizeram uma cara de que não entenderam nada.

- Ele é um auror, Azkaban está cheia graças a ele. – comentou o ruivo. – pensei que já havia se aposentado.

- Auror? – perguntou Harry ainda sem entender.

– Caçador de bruxo das trevas. – completou o ruivo.

A conversa fora interrompida por mais um pronunciamento do diretor da escola.

- Devo informar que o professor Moody aceitou deixar a sua aposentadoria de lado e ocupar o cargo de professor de defesa contra as artes das trevas este ano...

Os cochichos entre os alunos recomeçou e Filch mais uma vez falava algo para Dumbledore, que sorriu e concordou com a cabeça.

- Sem mais demoras, vamos dar as boas-vindas aos estudantes da Academia de Beauxbatons e sua encantadora diretora Madame Maxime...

Novamente as portas do salão se abriram e as atenções foram presas aos novos visitantes que entravam. A frente de um grupo de alunos estava uma mulher muito alta, mais ou menos da altura de Hagrid e muito bem vestida, assim como os seus alunos de uniforme azul de tecido fino.

-... E aos nossos amigos do norte de Durmstrang e o seu diretor Igor Karkaroff. – continuou Dumbledore de maneira animada e energética.

Logo atrás dos belos e delicados alunos de Beauxbatons, surgiu um homem alto, assim como Dumbledore, de belas vestes claras (se destacando dos demais que o acompanhavam), a beleza de suas vestes se contrastava com a sua aparência um tanto acabada, se Harry fosse fazer uma comparação talvez assemelhasse a aparência do homem com a de seu padrinho Sírius. Atrás dele vinham vários rapazes (a maioria de grande porte), usavam casacos pesados que os tornavam ainda maiores, mas um deles causou um alvoroço maior entre os alunos de Hogwarts.

- Não posso acreditar... É o Vitor Krum! – disse Rony boquiaberto.

Hermione acompanhou os olhos do ruivo e pousou os seus em um jovem alto, forte e masculamente belo, lembrava daquele rosto, era o mesmo jogador que havia quebrado o nariz na Copa Mundial de Quadribol.

- Não sabia que ele ainda estudava. – comentou a garota um pouco surpresa, ainda com os olhos no aluno de Durmstrang.

- Maxime... Igor... Espero que tenham feito uma ótima viagem. – disse Dumbledore cumprimentando os convidados.

Após uma breve conversa com os dois, os alunos de Beauxbatons sentaram-se com os alunos da corvinal e os de Durmstrang (para descontentamento de Rony), sentaram-se na mesa dos alunos da sonserina. O salão principal agora parecia pequeno diante das diversas cores que se contrastavam com o preto do uniforme de Hogwarts, os outros dois diretores sentaram-se ao lado do diretor de Hogwarts e este continuou a falar com os presentes.

- Após o banquete o Sr. Crouch dirá as decisões tomadas pelo ministério para a segurança dos participantes do torneio Tribruxo, mas agora...

Todas as bandejas se encheram com farta comida, agraciando os olhos com as mais diversas cores, preenchendo as nas narinas dos alunos com o mais perfeito aroma. Rony parecia não acreditar que finalmente chegara a hora do banquete, o diretor falara bem mais que o normal neste início de ano letivo e o ruivo já sentia sua barriga gritar de tanta fome. Hermione falou algo baixinho que lembrava “trabalho escravo” depois de uma rápida conversa com o fantasma Nick-Quase-Sem-Cabeça, Rony tentou de várias formas fazer a amiga comer, mas esta parecia se recusar ao máximo.

- O que seria isso? – perguntou Harry intrigado olhando para algo que parecia uma sopa de mariscos.

– É um prato típico da frança. – respondeu Hermione. – é delicioso! – completou ao ver a expressão ainda confusa do amigo.

–Hum...tem-mui p...diferen..t.. – disse Rony com a boca cheia de batatas assadas.

Hermione quase lhe fuzilou com os olhos e Harry fez uma cada de “o que foi que você disse?”.

– Tem muitos pratos diferentes hoje. – repetiu o ruivo depois de engolir as batatas.

Realmente depois que o ruivo dissera isso, os dois amigos notaram os diferentes pratos típicos das regiões de onde vinham as outras escolas.

Rony estava dando grandes goles em seu suco de abobora quando alguém de sotaque muito puxado falou com ele. “Por Merlin... Que garota perfeita!” quando caiu em si estava derramando suco em cima da roupa.

- Meleca... – disse totalmente envergonhado, arrancando um meio sorriso da garota de cabelos louro-prateados

– Com licença, mas vocês von querrer a bouillabaisse?

Rony estava totalmente sem ar tentando se limpar e Harry não havia entendido nada do que a garota havia perguntado. Hermione a olhou com mais atenção, era a mesma garota que estava usando um xale e agora exibia seus logos cabelos, fazendo sua beleza ser algo ainda mais inquietante.

- Não... Pode levar. – respondeu a aluna da grifinória.

– Vocês já se serrviram? – perguntou olhando diretamente para Hermione com seus olhos belamente azuis de tom claro.

Após a confirmação a garota agradeceu e voltou para a mesa da corvinal, arrancando suspiros e olhares pelo caminho. O banquete seguiu bastante animado, as três escolas reunidas davam mais vida a Hogwarts, Harry estava ansioso para ouvir o discurso de Dumbledore, mas parecia bastante distraído com os olhos na mesa da Lufa-Lufa, Rony estava com cara de idiota desde a hora em que viu a garota veela de Beauxbatons, e Hermione parecia pensativa demais, pensativa e bastante inquieta.

–Alunos de Hogwarts e convidados... – começou Dumbledore, chamando a atenção de todos os presentes. – agora o Sr. Crouch falará um pouco sobre as medidas tomadas para a segurança dos alunos durante o torneio.

Os alunos estavam concentrados em cada palavra que saía da boca de Dumbledore, enquanto isso o chefe do departamento de cooperação internacional de magia, Bartolomeu Crouch, aproximou-se do diretor de Hogwarts, tomando o controle da situação.

-O torneio tribruxo a muitos anos fora cancelado devido as várias mortes que vinham acontecendo. – começou Crouch seriamente. – para a segurança dos alunos, o ministério da magia decidiu que nenhum aluno com menos de 16 anos poderá participar do torneio.

Os alunos começaram a falar alto e a vaiar de tanta indignação, Fred e Jorge ficaram loucos ao saberem disso, isso significava que teriam que usar os seus “métodos” para conseguirem se inscrever.

-Mas que droga! – reclamou Harry. – já não basta termos o campeonato das casas cancelado por conta do torneio, agora também não podemos participar dele.

–Meu Deus Harry, você não vai morrer só porque não vai jogar quadribol esse ano. – disse Hermione entediada.

–Hermione... – Harry ia falar algo, mas uma voz imponente rompeu o ambiente.

–CHEGAAAAAA...! – esbravejou Dumbledore, colocando ordem nos alunos. – as regras serão seguidas, e aos que pensam em se candidatar a futuros campeões, muito cuidado... pois os escolhidos não poderão voltar atrás, uma vez escolhidos passaram por provas que testaram suas habilidades ao máximo. – os alunos voltaram ao silêncio de antes e com um brilho de medo e ansiedade nos olhos, eles observavam a chama azul do cálice queimar. – para os maiores de 16 anos, o cálice ficara acesso até a festa do Dia das Bruxas, onde os nomes dos escolhidos serão sorteados no fim da festa.

Após todo o discurso sobre o torneio, os alunos foram guiados para os seus dormitórios.

-Onde será que eles vão dormir? – perguntou Rony curioso.

–Porque Rony? Está pensando em dividir a sua cama com a loirinha? – perguntou Hermione de maneira irônica.

-... Ou quem sabe com o Krum. – brincou Fred ao se juntar aos amigos.

O ruivo até pensou em responder algo, mas achou melhor ficar calado, seu rosto evidenciava a grande vergonha que estava sentindo, pois assumira um vermelho quase tão intenso quanto dos cabelos.

Ao passarem pelos alunos de Durmstrang, Rony quase se atreveu a pedir um autógrafo para Vitor, mas Hermione se adiantou e pisou no pé do amigo fazendo-o mudar de ideia, em conseqüência de seu ato, acabou tombando com a garota de Beauxbatons.

-Me desculpe, foi sem querer. – apreçou-se Hermione ao se desculpar.

A garota se resumiu em um sorrisinho de lado, quase que imperceptível, e seus olhos frios caiam pesadamente sobre a aluna da grifinória. A morena tratou de apressar Harry e Rony que pararam no caminho por conta dos alunos de Durmstrang, e do prof. Moody que fecharam a passagem por alguns instantes. Granger estava sentindo-se incomodada e o ar parecia ter ficado um pouco abafado de uma hora para a outra, fazendo com que a garota afrouxasse um pouco o nó da gravata, lhe proporcionando uma leve sensação de alívio.

Depois de uma noite agitada, nada como uma bela noite de sono, Hermione se despediu dos amigos e cada qual fora para um lado.

-Notou a Mione meio estranha? – perguntou Rony enquanto trocava de roupa.

-...hum...a Mione?!...não deve ser nada Rony, você deve estar vendo coisas. – respondeu Harry sem dar muita importância a pergunta do amigo, já estava mais que acostumado com a implicância dos dois.

Rony apenas encolheu os ombros e se deu por vencido. Os dois se deitaram, mas não passaram muito tempo conversando, o ruivo dormiu rapidamente, mas Harry não. Apesar do sono e do cansaço quererem dominar o seu corpo, sua mente mantinha viva e aquecida a imagem de certo alguém e assim, depois de muita resistência, dormiu.

***
As primeiras semanas de aula seguiram como uma tortura, os horários estavam cada vez mais carregados, e dividir a aula de poções e de trato das criaturas mágicas com os alunos da sonserina não era algo que reconfortava os grifinórios.

–Será que poderia ser pior? – reclamou Rony.

-Poderia sim... – respondeu Hermione amargurada. – agora serão dois tempos de poções com aquelas cobras.

Pouco antes de terminar a frase, a morena levou um esbarram no ombro – um pouco forte demais para ter sido um simples descuido da outra pessoa em questão - ao se virar deu de cara com o par de esmeraldas mais desprezíveis de Hogwarts, era a última pessoa que desejava ver tão cedo, só podia ser um cruel pesadelo.

-Deveria ficar lisonjeada por ter aula com bruxos de sangue puro, Granger, afinal você não sabe mesmo o que é isso. – a voz da garota era fria, pausada e ao mesmo tempo cortante.

Infelizmente, para desgosto de Hermione, Pansy Parkinson resolveu dar o ar da sua graça... A castanha agradeceria se pelo menos nesse ano n]ao tivesse que olhar tanto para a sonserina, no entanto parecia que o quarto ano não lhe trazia bons frutos, começando com esse convívio extra com os alunos mais detestáveis da escola.