Fanfics Brasil - Voltando para casa Sempre ao seu lado (Faberry)

Fanfic: Sempre ao seu lado (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Voltando para casa

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Seus olhos esverdeados estavam em alerta como sempre, três disparos certeiros fizeram com que o homem que estava a poucos metros caísse desacordado para nunca mais levantar. Ao notar que estava a salvo sua protegida tentou levantar-se, mas a loira pressionou sua cabeça levemente e ordenou que a mesma permanecesse abaixada; ela olhou por alguns instantes na direção do corpo sem vida e depois virou rapidamente para trás ao escutar o som de passos se aproximando de forma lenta. Sua Beretta 92 apontou na direção do pobre motorista que estava no topo da pequena escada que dava acesso ao estacionamento, o mesmo apenas levantou as mãos com o rosto totalmente sem cor.


Ela observou novamente o local silencioso, mantendo a garota de no máximo vinte anos sobre os seus olhos extremamente atentos, tudo estava bem, aparentemente não existia mais sinal de perigo. Esse era o trabalho da ex-cheerio que vinha da esquecida Lima em Ohio, Quinn Fabray. Um trabalho onde ela deveria estar sempre um passo a frente de qualquer outra pessoa e que errar não era uma das suas alternativas; sua inteligência, perspicácia e até mesmo a frieza fizeram com que a jovem loira chegasse a trabalhar no serviço secreto por um curto período, pois alguns motivos particulares fizeram-na olhar para um ramo menos arriscado, mas não menos comprometedor, a de ser uma guarda-costas... E não uma qualquer, uma de alto valor.


Já em sua casa, completamente guardada pelas paredes de concreto, a herdeira de um casal milionário pegou um copo ainda com as mãos levemente trêmulas e preencheu o seu interior com o melhor whisky que possuía oferecendo-o a loira, que educadamente recusou. A mulher apenas sorriu e confirmou com a cabeça, como se tivesse acabado de lembrar-se de algo; a Fabray não ingeria bebidas alcoólicas, ou pelo menos não o fazia quando se encontrava em serviço.


–Como você sabia? – perguntou a garota de olhos azuis levemente curiosa, andando até a lareira e depois voltando o olhar para a mulher que era apenas alguns poucos anos mais velha que ela.


A mesma se referia ao episódio de poucos momentos atrás no estacionamento, onde a Fabray baleara o suposto servente sem nenhuma culpa ou dúvida.


–Eu o vi lavando o carro. – respondeu a mulher de forma direta.


–Eu também. – confirmou a sua empregadora não vendo a diferença que fez a loira agir no momento certo.


–Eles não lavam carros dentro do estacionamento. – completou Quinn.


A jovem deu um pequeno sorriso e levantou as sobrancelhas um tanto surpresa, esse pequeno e delicado detalhe havia lhe escapado, algo que teria feito perder sua vida se estivesse sozinha; mas graças as ótimas recomendações que havia recebido a Fabray estava ao seu lado e fazendo um perfeito trabalho, sem espaço para erros de qualquer proporção.


–Suas mãos sempre tremeram Quinn? – perguntou dando um leve gole na bebida rejeitada anteriormente por sua guarda-costas. Seus olhos analisavam cuidadosamente a loira de olhos intensos.


–Às vezes. – disse dando levemente de ombros e se explicando em seguida, não queria que a mesma achasse que ela esteve com medo ou insegura. – é por conta da adrenalina.


–Eu gostaria que ficasse. – disse mulher após encontrar o envelope que estava procurando e entregando-o nas mãos da jovem Fabray.


–Não. Eu não gosto de trabalhos fixos. – respondeu de forma firme e pegando o seu pagamento. – meus pés ficam dormentes. – completou a loira se permitindo brincar um pouco, já que estava em clima de despedida.


A mais nova concordou com a cabeça e se deu por vencida, apesar de insistir com propostas mais que tentadoras ela bem sabia que a loira não voltaria mais a trabalhar para ela – pelo menos não por enquanto - o que era uma pena, já que a mesma havia se mostrado uma profissional bem acima das suas expectativas.


–Espero lhe ver mais vezes... – disse a garota em tom sugestivo, lhe assaltando os lábios de forma furtiva.


Quinn se assustou no momento, ela nunca fora de dar brecha aos seus clientes, nunca deixava se envolver, pois isso era um fator de risco a mais, no entanto ela deixou-se render ao beijo delicado da jovem, sem aprofundá-lo, mas também sem recusá-lo.


***


Naquela mesma noite a jovem Fabray de 23 anos recolheu suas poucas coisas em duas malas e se dirigiu para sua casa após pegar um taxi; ao chegar a loira deixou as malas na calçada enquanto se espreguiçava. Era algo engraçado retornar para aquele local supostamente chamado de “lar”. Quinn passava tanto tempo na casa dos seus clientes – quanto eram trabalhos longos – que mesmo retornando para o seu cantinho, ela não conseguia sentir-se verdadeiramente em casa.


Passar muito tempo fora sempre lhe dava trabalho, a loira não conhecia muitas pessoas na sua calma vizinhança devido a certa instabilidade que o seu trabalho reservava e como ela não confiava muito nas pessoas era difícil deixar a casa nos cuidados de alguém; resumindo, a grama precisava ser cortada, e havia um mar de folhas secas por todo lado, quem passasse por ali com certeza acharia que era alguma casa abandonada. Ela seguiu pelo caminho feito com pedras e ao chegar à porta de entrada encontrou mais um monte de lixo, papeis de propaganda, algumas correspondências e o que parecia ser o jornal do dia; Quinn apanhou apenas o jornal e chutou o resto para os lados, era um monte de tralha sem importância, a única pessoa que sabia do seu paradeiro era sua mãe e a mesma só se comunicava por telefone.


Ao entrar subiu direto para o seu quarto, precisava de um banho urgente e uma roupa leve para sentir-se revigorada novamente; deixou as malas na sala e retirou o blazer enquanto subia as escadas, desabotoou a camisa branca e suspirou cansada. Sua casa precisava de uma limpeza, mas ela deixaria isso para o dia seguinte, era só dar alguns telefonemas e tudo estaria em ordem. A loira passou um bom tempo na banheira, pensando em coisas aleatórias e alguns assuntos inacabados, quando achou que deveria ocupar a sua cabeça com outra coisa ela deixou a banheira e vestiu o roupão, descendo as escadas e indo em direção a cozinha. Quinn até pensou na possibilidade de cozinhar algo, mas lembrou que não deveria ter muita coisa dentro da geladeira. “Ok! Mais algo para a longa lista de amanhã... Grama, folhas, casa e compras” pensou massageando a fronte e se dirigindo até o telefone que ficava perto da entrada da cozinha, o jeito era se render a uma boa pizza.


 


A ex-cheerio consultou a sua listinha de telefones para emergências e lá estava o atrativo número ao qual ela raramente se rendia; após fazer o seu pedido ela sentou-se em um dos bancos que ficava junto ao balcão central da cozinha e resolveu ler o jornal enquanto esperava.


A entrega não demorou e o estômago da loira agradeceu por isso.


–Sra. Fabray! – o entregador olhou naqueles olhos profundos e corou.


Quinn deu um pequeno sorriso e confirmou com a cabeça, o rapaz da entrega deve ria ter no máximo os seus 17 anos, cabelos negros bagunçados e olhos extremamente azuis. Era engraçado, das raras vezes em que pedia pizza o mesmo entregador fazia questão de trazer com urgência o seu pedido. Quinn pagou um valor generoso ao rapaz que ficou bastante feliz com a gorjeta, para a loira era apenas um pequeno agrado pelo bom atendimento, ela bem sabia o que era ter que se esforçar para ganhar alguns trocados a mais no final do mês com aquela idade.


Sem trocarem muitas palavras o jovem sorriu, cheio de suas incertezas e partiu acenando para a loira, esperando ansioso pela próxima entrega para ver novamente aqueles belos olhos que transitavam entre o castanho e o verde. Quinn sorriu mais uma vez ao ver o jovem partir, mas toda vez que o via só lembrava-se de o quanto sua vida sentimental era uma droga; seu último relacionamento terminou a seis meses atrás, se é que ver uma pessoa algumas vezes e transar com ela poderia ser considerado algo. A verdade era que o seu trabalho também lhe restringia a área afetiva, por mais que tentasse nunca dava certo por vários motivos, resumindo os relacionamentos - que também não foram muitos, no máximo três – a breves encontros irregulares e sexo.


A loira não tinha muito do que reclamar, pois sabia bem no que estava se metendo quando entrou nesse mundo, mas ela era apenas uma jovem bastante imatura e perdida demais. Quinn construiu uma carreira sólida em pouco tempo, mas tudo graças ao seu medo e incertezas na época; ela ganhava muito bem, o suficiente para se manter, ter algum luxo e sustentar sua mãe que ainda residia em Lima. Isso era o suficiente, ou pelo menos era no início, mas o tempo ia passando, a maturidade chegando, e como qualquer outro mortal ela sentia desejos e acima de tudo vontade de ter alguém por perto.




==//==




Notas finais do capítulo


Então o que acharam?

Foi um cap. introdutório e sem muitas informações, mas espero que tenham gostado mesmo assim.

Comentários são bem vindos e me fazem postar mais rápido hahaha... Brincadeira, mas realmente eu gosto de conversar com os meus leitores sobre os fics, então comentem, por favor :)

http://ask.fm/LRue





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Autor(a): La Rue

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • ourthirdpart Postado em 05/11/2015 - 23:33:14

    Como assim acabou? eu to tão envolvida com essa história *-* continua, por favor


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