Fanfics Brasil - Recordações Sempre ao seu lado (Faberry)

Fanfic: Sempre ao seu lado (Faberry) | Tema: Glee


Capítulo: Recordações

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Rachel estava muito quieta naquele dia, afinal não era pra menos, era uma brincadeira de muito mau gosto do destino fazer de Quinn Fabray a sua guarda-costas. Depois de tudo que havia passado, e tudo que já conseguiu superar a custo de lágrimas de sangue, lá estavam as duas novamente cara a cara... A judia se mexeu um pouco incomodada em sua cama, com os olhos fixos em um ponto qualquer do quarto. Uma batida leve em sua porta, fez com que a mesma se ajeitasse na cama e olhasse na direção do som. Kurt colocou apenas o rosto para dentro do quarto, e a mesma sorriu um pouco fraca para o amigo, confirmando com a cabeça, indicando que o mesmo poderia entrar.


 


 


O homem de olhos azuis trazia em mãos uma badeja de prata com algumas frutas, petiscos leves e suco. Depois do encontro com a Fabray a morena trancou-se em seu quarto após os afazeres e não saiu para absolutamente nada, deveria estar com fome. Kurt colocou-a perto da amiga e depois trancou a porta novamente, sabia que a judia poderia precisar dele nesse momento, não queria que ninguém os atrapalhasse.


 


 


–O baque foi tão grande assim?! – comentou ele com um pequeno sorriso travesso no rosto.


 


 


Rachel apenas rolou os olhos para um lado e suspirou, indicando que não seria muito saudável se o amigo continuasse com as brincadeiras. O mesmo se desculpou e aproximou-se mais quando notou que a diva estava segurando ao máximo as lágrimas.


 


 


–Eu não quero ficar assim de novo... – comentou com a voz fraca e falha, enfim deixando que as primeiras lágrimas rolassem pelo seu rosto.


 


 


O amigo lhe abraçou de forma consoladora e afagou os seus cabelos. Sabia bem ao que a morena estava se referindo, ele mesmo havia compartilhado daquelas lembranças no passado.


 


 


–Eu não entendo... Foi apenas ver para poder sentir tudo de novo. Eu pensei que meu coração fosse explodir na mesma hora Kurt. – sussurrou a menor com a cabeça encolhida na curvatura do pescoço do amigo.


 


 


–Vai ficar tudo bem Rach, ela não vai te machucar... Não mais... – disse tentando confortá-la de forma tão baixa, que quase a diva não ouviu.


 


 


Kurt mordeu o próprio lábio de aflição, ele não gostava de ver a morena daquele jeito, aquela não era sua Rachel, aquela era apenas a garota de Lima assustada e humilhada, que por vezes se viu triste e abandonada assim que chegou a New York... Era nessas horas que ele sentia raiva de Quinn Fabray. Ele ficou feliz em ver a ex-cheerio novamente, afinal ela também fazia parte de um momento belo e importante na sua vida, mas pela morena ele se manteve frio e assim se manteria se fosse da vontade da amiga. Rachel já havia sofrido demais pela loira e a falta de notícias... Ela não merecia passar por tudo aquilo de novo.


 


 


A morena abraçava o seu corpo do seu protetor com o intuito de sentir-se mais leve, mas tudo que vinha em sua mente eram os olhos prisioneiros da Fabray... Como ela conseguia ser ainda mais linda do que já era? Rachel chorou ainda mais ao lembrar as palpitações em seu peito ao vê-la novamente... Foi como se o seu passado tivesse voltado por completo.


 


 


“A tensão com a Fabray havia aumentado muito nos últimos tempos, mas Finn já havia deixado de ser o motivo desde sempre. E Rachel não conseguia entender... A loira estava querendo lhe machucar ou alertar? Não fazia a mínima idéia, a morena não conseguia entender a cheerio e parecia que ia ser sempre assim. A conversa estranha no auditório, o tapa no rosto no dia do baile, e mais conversa... Quinn estava diferente.


 


 


As duas... amigas? Mais parecia uma piada, afinal a loira sempre estava com aquela pose de superior, lhe humilhando de várias formas – cada uma pior que a outra – dizer que um dia as duas seriam amigas, principalmente no primeiro ano era algo surreal demais. Mas aconteceu... Rachel Berry, a loser do McKinley havia se tornado amiga da até pouco tempo líder das Cheerios, Quinn Fabray. E mais que isso... A loira poderia não notar, mas estava virando o porto seguro de pequena aspirante a diva. A cada abraço, cada sorriso, cada palavra de conforto o colo da loira se tornava a fortaleza inabalável ou o cobertor quente em um dia muito frio, sempre disposto a lhe proteger de tudo e de todos.


 


 


Mas isso também mudou...


 


 


Mudou com a idéia estúpida que foi o pedido de casamento de Finn... Mudou com o sim da judia... Mudou... E nesse momento Quinn cantou, queria mostras de forma diferente que aquilo não era para Rachel, ela não poderia ficar presa em Lima, a um homem que não lhe faria feliz, imaturo e totalmente sem perspectiva. A diva havia nascido para brilhar, aquilo não estava certo!


 


 


Mas Quinn não fora forte o suficiente para falar a verdade, não a verdade por completa e isso lhe custou caro... Sem forças ela cedeu, queria que acima de tudo a pequena fosse feliz, mesmo sabendo que Finn não a faria feliz. Por Rachel ela havia aceito o pedido de ser madrinha com muita honra, mas chegada a hora após a formatura ela não iria conseguir levar a farsa a frente... Não mais!


 


 


–Quinn... O que está acontecendo? – perguntou a morena alcançando a amiga após uma breve corrida.


 


 


A loira andava um pouco perdida depois da cerimônia da formatura, pretendia ir para qualquer lugar naquele momento, precisava ficar sozinha, mas Rachel apareceu, e no pior momento possível.


 


 


–Vai embora Rach, você tem um casamento pra ir agora! – disse em um tom um pouco zombeteiro, lembrando a velha “Rainha do Gelo” de dois anos atrás.


 


 


A judia negou com a cabeça e puxou a amiga pelo pulso, encarando os olhos confusos da mesma. Rachel estava desesperada, pois Quinn estava mudada e ela tinha medo que a ex-cheerio voltasse a fase terrível que estava no começo do ano... Acima de tudo ela se importava, até mais do que deveria ou que gostaria no momento; nem mesmo a diva estava se reconhecendo nos últimos meses.


 


 


–Isso não funciona mais comigo Q. – informou a morena de forma firme, a tempos que “aquela” forma de afastar os outros não estava dando certo com a menor. – por favor... Eu preciso saber.


 


 


A Fabray congelou por alguns segundos, parecia que as palavras de da diva tinham um significado a mais, mais forte, mais profundo. As mãos que um dia ela julgou de forma descarada como “mãos de homem” deslizaram quentes e delicadas por seus braços, subindo por seu pescoço e parando nos fios dourados da nuca... Arrepio...”.


 


 


***


 


 


Na manhã seguinte a guarda-costas acordou antes do sol nascer, fez a sua corrida de sempre sentindo o frio matutino açoitar a pele delicada do seu rosto; não se importava. Depois disso tomou banho pegou o que seria preciso e partiu para a casa da Sra. Berry, prometeu para ela mesma que esqueceria a existência da noite anterior e focaria apenas no seu trabalho.


 


 


Assim que chegou se dirigiu para uma parte isolada fora da casa, parecia ser o local onde os trabalhadores da obra descansavam um pouco. Quinn retirou o braze deixando-o em uma cadeira e em seguida colocou sua maleta cromada em cima de uma mesa de madeira sem acabamento, começou a checar o seu equipamento; partindo pelas facas, para depois passar para a Beretta 92 e por fim a sua amada Magnum Desert, a sua favorita, usada apenas em ocasiões especiais.


 


 


–Por que disse que o seu nome era Sandra Portman? – perguntou uma voz masculina, encostando-se ao arco da entrada e dando pequenos goles na caneca de café.


 


 


Quinn olhou por cima do ombro, mas não precisava ter feito isso para saber quem havia lhe dirigido a voz. Era Noah, e pelos trajes não estava na casa da judia a “trabalho”. Trajava um jeans rasgado, camiseta e jaqueta negra... Mesmo sendo um homem de negócios o judeu insistia em andar do jeito que achava melhor, nada de terno.


 


 


–Eu queria saber se era difícil entrar aqui. – respondeu a loira verificando os pentes de balas das armas.


 


 


–E foi difícil não?! – disse o homem dando um sorrisinho convencido, como se estivesse orgulhoso.


 


 


Quinn deu um pequeno sorriso e olhou nos olhos do judeu, era incrível como os anos se passavam e ele ainda havia conservado parte do seu jeitão de bobo, isso fez a loira lembrar dos bons tempos. Ela fez um sinal negativo com a cabeça indicando que era completamente ao contrário, o que fez com que o mesmo sumisse com o sorriso, dando origem a uma careta um tanto engraçada. A guarda-costas procurou por algo enquanto o judeu sorrateiramente pegava na Beretta 92, a loira o olhou brevemente depois jogou um pequeno pote para o mesmo, que o apanhou olhando com curiosidade.


 


 


–Vai ajudar com a dor no braço. – informou a loira enquanto via Noah fazer careta com o cheiro forte. – você passa muito tempo na sua empresa? – perguntou enquanto checava o pente que estava na Beretta.


 


 


–Na verdade passo mais tempo com a minha princesa judia, não gosto de ficar enfiado em um escritório, normalmente só apareço duas vezes por semana ou quando tem reunião.


 


 


–Ótimo. – disse a loira travando a arma. – vai precisar trabalhar mais para a Berry, vai ser meu novo assistente.


 


 


Ele sorriu satisfeito e estufou o peito sentindo-se importante, Quinn não conseguiu se segurar e gargalhou brevemente com a cena. Ela amava aquele judeu safado e se estava passando o cargo de assistente para o mesmo era porque se preocupava com ele, afinal ele era o pai da sua filha, não queria que algo acontecesse com ele. Ela já estava naquele ramo a tempo suficiente para ter certeza de que não importava o quanto o assassino fosse incompetente ou errasse o alvo, havia sempre uma pessoa que era atingida... No caso, o motorista.


 


 


Quando já estava no meio da manhã, Quinn e Puck levaram algumas coisas para a piscina e saíram com um dos homens do detetive Evans pelos terrenos da mansão enquanto as obras continuavam. Primeiro passaram pelo portão de entrada, precisava ser trocado com extrema urgência, mas pela previsão isso seria feito apenas na semana seguinte; depois partiram para as câmeras de segurança, uma seria fechada diretamente no interfone enquanto uma ficaria logo perto do portão, em uma coluna alta virada para baixo... Seja lá quem fosse teria que começar a se sentir intimidado ao invés de sair invadido a casa dos outros como diversão. Depois apenas os dois amigos partiram para perto da piscina, algumas plantas ali precisavam ser derrubadas para dar mais claridade e por último uma lista de todas as pessoas que freqüentavam a casa, poderia ser difícil, mas era uma exigência da guarda-costas saber os nomes de todos que entravam no local. Por fim uma limpeza na área onde haviam mais plantas, a vista era perfeita, Rachel ou qualquer outra pessoa não devia ser privada da mesma.


 


 


A diva levantou um pouco mais tarde naquela manhã, não tinha conseguido dormir muito bem na noite anterior e desde que havia se mudado para New York seus horários se tornaram uma completa loucura. Ela se aproximou sorrateiramente do seu pequeno príncipe que estava como sempre perto da piscina e o abraçou por trás, depositando um beijo no topo da sua cabeça.


 


 


–Oi? O que está fazendo? – perguntou fazendo um leve carinho no rosto do garotinho.


 


 


–Quinn. – respondeu ele sem dar muita atenção a judia, observava atenciosamente a loira que andava na companhia do seu “tio” Puck.


 


 


–Vem, vamos entrar. – disse a mulher pegando na mão do filho, dando um leve suspiro e ficando com a expressão mais fechada ao olhar a loira.


 


 


Depois de cuidarem de cada canto que seria modificado para melhor segurança na casa, Quinn e Puck partiram para a segunda fase, como o judeu era motorista da morena, nada mais justo que a loira ensinar uns truques no volante, caso chegasse o momento onde as coisas precisassem de medidas urgentes. Eles entraram no veículo e começaram a dar algumas voltas com o carro que Noah usava para levar a diva aos locais.


 


 


O carro conseguiu ganhar uma boa velocidade e agora Quinn tentava deixar Noah calmo para poder fazer uma manobra...


 


 


–Ainda não... Ainda não... – informou a loira prestando a tenção no caminho e se ajeitando no banco. Noah estava firme no volante. – agora... vai, vai, vai...


 


 


A loira segurou no volante junto com motorista e virou para o lado direito, mandando o maior pisar no freio, foi o que ele fez; o carro começou a derrapar e com um sinal da mulher Puck voltou novamente a pisar no acelerador, fazendo com que o veículo desse um 180° perfeito. O judeu deu um grito de empolgação e sorriu para a loira que não teve como sorrir junto; agora era treinar caso fosse preciso.



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Autor(a): La Rue

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • ourthirdpart Postado em 05/11/2015 - 23:33:14

    Como assim acabou? eu to tão envolvida com essa história *-* continua, por favor


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