Fanfic: Dívida de Honra - AyA (Adaptada) FINALIZADA | Tema: AyA

— Sim. Me contou sobre o dinheiro e. . , — Calou-se. — Por favor, será que não pode
compreender? Sei que ela nunca deveria ter feito o que fez, ela mesma reconheceu isso,
agora, e está muito
envergonhada. Podemos reparar o prejuízo. Já conferi meus investimentos. Se vender todas as
minhas ações, poderei repor o dinheiro que ela tirou. Logo que quiser. E em dinheiro. — Parou
de falar, exausta e assustada com a expressão dele. — Se ao menos pudesse nos ajudar, como
sugeriu! Por favor! — insistiu, procurando não tomar conhecimento da severidade que via
nele. — Mia está apaixonada e quer casar. Mas, se o escândalo estourar, seu namoro
estará terminado. A família dele é muito conhecida e nunca permitiria o casamento. Isso
despedaçaria o coração dela!
— É mesmo? — ele perguntou com crueldade.
— Não entende? — Anahí inclinou-se para a frente, os olhos azuis muito abertos, o
rosto corado, determinada a não permitir que ele a intimidasse. — Se podemos pagar o que
ela tirou, ninguém vai sair prejudicado. Naturalmente, compreendo que Mia terá que
sair daqui, porque. ,. bem, ela traiu a confiança de seu pai, apesar de ele a ter ajudado tanto.
Mas, se seu irmão descobrir o que ela fez.. . e ele vai descobrir, a menos que você faça
alguma coisa.. . já sabemos o que pode acontecer, não é?
— E mesmo?
— Mas lógico! Você mesmo disse. Ele a processará! E vai ficar radiante. Ele nos odeia.
— Entendo. — Olhou-a por um longo tempo e depois, com um movimento brusco que a
assustou, ficou de pé: — Receio não poder ajudar.
Anahí olhou para ele atónita.
— Mas ontem você disse a Mia. . .
— Isso não tem nada a ver.
A revolta de Anahí explodiu. Levantou-se também e enfrentou-o.
— Tem tudo a ver! Como teve coragem de fazer isso com ela? Prometer ajudá-la propondo
uma sórdida barganha!
— O quê? Ele estava lívido e desnorteado, e Anahí tentou se aproveitar da
vantagem.
— Isso mesmo! Uma sórdida barganha! Chantagem, melhor dizendo. Você sempre foi um
mentiroso e não mudou muito, Kit, nestes últimos dez anos!
—- Não sei do que está falando. . . Mas Anahí não o deixou falar:
— Sabe perfeitamente bem. Quer me convencer de que já se esqueceu do plano que traçou
ontem à noite? Tem a memória muito curta! — Olhou-o, furiosa. — Esta história toda é tão
baixa que me enoja! Mas, pelo menos, Mia se arrependeu do que fez, e estou tentando
ajudá-la. Mas você. . . seu único interesse é fazer chantagem para obriga-la a ir para a cama
com você. É mesmo um homem desprezível!
Houve um longo silêncio durante o qual ele não desviou o olhar do rosto dela. Depois, abaixou
os olhos e se sentou outra vez. Quando voltou novamente para ela, estava calmo e
recomposto, e em seus lábios havia um leve sorriso.
— Então, fui descoberto! Apanhado! E ela é a irmã `"santinha". . .
— Como ousa? Se quer insinuar que Mia é. . .
— Oh, sei muito bem o que Mia é!
Anahí ficou desesperada. Tinha agido completameme errado! Tinha ofendido e perdido a
calma, deixando-o irritado.
— Não devia ter me descontrolado — disse ela, tentando recuperar o tempo perdido. — Não
adianta nada. Vim até aqui lhe dizer duas coisas e lhe pedir uma. Primeira, minha irmã não tem
intenção de dormir com você; segunda, o dinheiro poderá ser devolvido por mim. Por fim,
queria lhe pedir que nos ajudasse, porque não vejo outra saída. — Terminou de falar e
levantou o rosto, orgulhosa.
— Poderia falar com Alfonso — disse ele, com calma.
— Deve estar louco! Ele nos odeia, já disse. Por causa de nossa mãe.
— Isso faz muito tempo!
— Mas duvido que tenha se esquecido! Ele a culpa pelo divórcio de seus pais...
— E ela foi mesmo culpada.