Fanfic: Dívida de Honra - AyA (Adaptada) FINALIZADA | Tema: AyA

Acertou Bruna, era o Alfonso que estava no escritorio e não o Kit, meninas desculpem por não ter vindo postar antes, aconteceu vários imprevistos e não deu pra postar antes, mas pra compensar vou postar bastante.

Postando

— Eu. . . eu não compreendo — balbuciou, afinal. — Deve haver um engano.
— Não há engano algum — disse ele, atravessando a sala e parando junto dela. — Nos
encontramos esta manhã. Ou. .. já esqueceu tão depressa?
— Não, mas. . . deve ter acontecido algum mal-entendido. . ,
— Nenhum mal-entendido — afirmou ele, sorrindo. — Talvez devêssemos nos apresentar
novamente. Sou Alfonso Herrera,
Anahí vacilou e quase caiu, mas ele não tentou ampará-la. Apoiou-se então na mesinha atrás
dela e, por um instante, olhou para ele novamente. Lógico! Como podia ter sido tão idiota? Se
não estivesse tão nervosa, tão tensa, nunca teria se enganado. Os olhos de Kit eram verdes
também, mas nunca teriam a mesma frieza; a boca sempre tinha sido fraca, quase uma boca
de mulher; não cruel, era perigosamente sensual, como a desse homem. E a voz! Como podia
ter esquecido aquela voz, tão rude, grave e bela? A voz de um promotor, acostumado a
condenar! E ele a olhava como se quisesse realmente condená-la... Já tinha olhado para ela
assim, uma vez, e aquela lembrança lhe deu coragem para enfrentá-lo. Deu um passo à frente.
— Então, vou embora. Não há motivo para que continue aqui.
— Acha mesmo? Se pensarmos em sua irmã, eu diria que tem todos os motivos para ficar —
disse ele com segurança, bloqueando sua passagem.
Ela parou, confusa com os acontecimentos daquele dia, tentando encontrar algum sentido em
tudo aquilo. Não podia agir impulsivamente, pensou, desesperada. Talvez houvesse
possibilidade de um entendimento. Talvez, pela manhã, ele tivesse, cruelmente, desejado
brincar com ela. . .
— Quer uma explicação, eu imagino. As mulheres, em geral, gostam disso —- disse ele,
sentando-se numa poltrona perto da lareira, sem afastar os olhos do rosto dela.
— Não acha que me deve uma? — retrucou Anahí, em voz baixa.
— Talvez — respondeu Alfonso, encolhendo os ombros. — Então, nós dois temos direito a
uma, não acha?
Anahí olhou para ele, sem compreender. Não deixaria que ele brincasse mais uma vez com ela,
pensou, readquirindo coragem. Se fosse embora, não teria mais nenhuma oportunidade.
Ganhando tempo, andou até a poltrona em frente à dele e se sentou. Seu vestido, preto e
simples, com uma ampla saia, se espalhou pelo veludo da cadeira.
— Escolheu o vestido especialmente?
— Não. .. não estou entendendo.
— Pois acho que está. Tão pura, toda de preto, como uma freira. Queria me impressionar?
— Não pensei em nada disso.
— Pois tenho certeza de que pensou. Afinal de contas, deve ter planejado este encontro com
muito cuidado.
— Planejei o encontro, não minha aparência.
—- Verdade? — Ele sorriu friamente. — Que modelo para seu sexo! Não é assim que as
mulheres costumam agir. . .
— Vim aqui procurar ajuda — disse Anahí, com voz tensa, sabendo que nem o orgulho
conseguiria esconder a súplica de seus olhos.
— Minha ajuda? — perguntou ele, sarcástico. —- Esta manhã você me disse que eu não
ajudaria um homem morrendo na rua. . . — Ele se levantou. — Uma frase expressiva! Um
pouco exagerada, talvez, mas reveladora. Quer beber alguma coisa?
— Não, obrigada.
Ele foi até o bar, se serviu de uma dose de uísque com água e depois parou em frente ao fogo.
Se Anahí quisesse olhar para ele, teria que erguer os olhos.
Ela engoliu em seco. Ele não pretendía ajudá-la, teria que convencê-lo do contrário.