Fanfic: Dívida de Honra - AyA (Adaptada) FINALIZADA | Tema: AyA

— Não é verdade.
— Por que não se senta? Você está muito melodramática, nesse vestido preto, aí de pé,
segurando essa taça como se quisesse atirar o champanhe em meu rosto. Já me feriu duas
vezes e não pretendo que haja uma terceira.
— Em nenhum dos casos cheguei a feri-lo muito.
— É verdade — concordou ele. Mas, vendo o temor nos olhos de Anahí, ficou sério — Não
precisa se preocupar, Anahí, não sou sádico e não vou feri-la.
— Alfonso, eu. . . — Imediatamente, ele percorreu a distância que os separava e abraçou-a
com surpreendente delicadeza. Depois, fez com que erguesse o rosto perturbado para ele. Ela
tremia incontrolavelmente.
— Você está com medo! — exclamou ele, como se a reação dela fosse uma surpresa para
ele. - Anahí! Não precisa ter medo. Escute... — Ela queria resistir, mas algo a impediu e ele a
embalou docemente. — Se ajuda alguma coisa, quero que saiba que já cuidei de tudo. O
dinheiro foi reposto e instruí os auditores para não mencionarem no relatório as
inconsistências. . . dos números. Expliquei as razões por estar agindo dessa maneira. Mia
precisa ir embora, mas não haverá outras consequências.
— Verdade? — Anahí olhou para ele, perplexa.
— Não costumo mentir.
— Mas o dinheiro, ainda não dei a você...
— Falaremos depois sobre isso.
Ela se desvencilhou dos braços dele. Começou a entender o alcance do que ele lhe tinha dito.
— Quando fez tudo isso? — perguntou ela, num murmúrio.
— Hoje de manhã.
— Mas então. . . Por que estou aqui?
— Só você pode responder.
— Mas eu não teria vindo. . . exclamou ela, o rosto corado
— Notou que ele estava tenso.
— Continue.
-vim porque tudo mudou, soube ontem à noite, que Mia está
grávida, vai se casar. Foi por isso que eu vim!
Houve um silêncio e Alfonso novamente a olhou com frieza. .
— Não me interessam suas razões altruístas — disse, finalmente. — Você está aqui. Quanto a
mim, é só isto que me importa.
— Quer dizer que está satisfeito? Que posso ir embora agora?
— Não disse isso.
— Agora não tem mais poder sobre mim! — exclamou ela, sem pensar, mas imediatamente se
calou.
— Ah, tenho sim! — disse ele, sarcástico. — Fizemos um trato. Está tentando se livrar dele?
Típico de sua família!
— Eu não vejo dessa maneira — revidou Anahí. — Por que não ser honesto, Alfonso? Isto tudo
é uma tentativa sua para que este negócio sujo pareça mais aceitável, não é? O que
esperava? Que me atirasse em seus braços, grata pelo que fez?
— Até que não seria má ideia Anahí.
— Isso é um truque barato. Está querendo me levar a agir de certa maneira. . .
— Possivelmente — ele respondeu, sério.
— Eu o odeio, Alfonso!
— Verdade, Anahí? — Ele a olhou friamente. — Bem, talvez consiga fazer você mudar de
opinião. Mas vamos parar com esta conversa, está bem? Acho muito aborrecida. . . Que tal
jantarmos?
Antes que ela pudesse dar qualquer resposta, ele pegou seu braço, levando-a com delicadeza
mas determinação, pela sala de estar. Atravessou a sala de jantar, até a copa, onde,
efetivamente, havia uma mesa posta para dois. O chão de pedra e um grande armário de
madeira davam um ar antigo e aconchegante ao ambiente.

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