Fanfic: Dívida de Honra - AyA (Adaptada) FINALIZADA | Tema: AyA

Ai meninas, não posso falar o que aconteceu na Escócia, vcs vão descubrir nos proximos capitulos.Essa viajem de lua de mel promete. Comentem!

Postando

Alfonso havia providenciado o automóvel e Luke esperava por elas, na manhã ensolarada.
Ajudou as duas a entrarem.
— Sabe, minha querida — disse ele, sorrindo suavemente —, nunca entreguei uma noiva
antes. . . Quem deveria estar em meu lugar era seu pai. Por que não telegrafou a ele?
— Estou feliz por ser você — respondeu Anahí, apertando a mão do velho amigo.
Alfonso tinha escolhido uma pequena capela, fora da cidade. Viajaram durante meia hora, que,
para Anahí, pareceu uma eternidade. Olhava para as ruas de Londres, cobertas pela neve caída
durante a noite e que cobria a cidade com um manto branco. O sol se escondera e outra
tempestade de neve se anunciava. Desde aquela noite fatídica, só tinha encontrado Alfonso mais
uma vez, e ele fora polido ,distante. Ela concordara com todas as providências que ele havia
tomado, sem discutir. Olhou o buque, esquecido no colo. Alfonso o tinha mandado e era
formado por delicadas florzinhas de campo, narcisos e jacintos.
- Chegamos! — exclamou Mia, despertando-a de seus devaneios. Luke segurou sua
mão e deu-lhe um beijo na testa. Ela hesitou e depois cobriu o rosto com o véu. Apoiada no
braço do velho amigo, entrou na capela. O órgão tocava suavemente. Toda a capela estava
iluminada por centenas de velas, e quase vazia.
Mas Anahí não via nada. Desde que entrara, só via o homem alto e moreno que a esperava no
altar. Ela caminhou devagar, como num sonho, e, quando chegou mais perto, seus olhos se
encontraram com aqueles olhos verdes e frios.
O padre era galês e falava de um jeito cantado, parecendo a Anahí que as palavras vinham de
muito longe. Não conseguia desviar o olhar do rosto de Alfonso, que também a encarava com
intensidade, o rosto sério. ,
As palavras do padre dançavam em seus ouvidos, e Anahí respirou fundo. Não podia continuar
com aquilo! Era um pecado, pensou, horrorizada, desviando o olhar. Mas a mão de Alfonso
prendeu a dela com firmeza e calor, como se tivesse adivinhado seus pensamentos.
Novamente seus olhares se encontraram e ela encontrou forças para ir até o fim.
- Aceita esta mulher, diante de Deus, no santo sacramento do matrimónio, para amá-la,
confortá-la, respeitá-la e protegê-la, na saúde e na doença, e, abandonando todas as outras,
dedicar-se somente a ela, até que a morte os separe?
Os olhos de Alfonso ainda não a tinham deixado. Anahí sabia que seu rosto estava
mortalmente pálido. E ele vai mentir, pensou, angustiada. Precisava impedir que ele
cometesse perjúrio. Abriu a boca para falar, mas Alfonso apertou sua mão.
— Sim, aceito — disse ele, em voz muito baixa. Ela olhou para ele, muito pálida.
— Aceita este homem . . .
Ainda de mãos dadas com Alfonso, os olhos nos dele, ouviu as palavras do pastor. Como ele
era orgulhoso!, pensou. Subitamente, a verdade surgiu diante dela, negada tantas vezes,
abafada tantas vezes! Como ela o tinha amado perdidamente, uma vez! E como tudo era tão
simples! Uma vez, há tantos anos, quando ainda não era uma mulher, havia desejado que isso
acontecesse. Sentiu-se leve, de repente.
— ... até que a morte os separe? — perguntava o pastor. Alfonso soltou sua mão e ela se
virou para a frente.
— Sim, aceito.