Fanfic: Dívida de Honra - AyA (Adaptada) FINALIZADA | Tema: AyA

Quando desembarcaram, o Sol ainda estava alto no céu e o calor continuava. No horizonte
havia nuvens pesadas.
— Vamos mais depressa! — exclamou ele, puxando-a pela praça, entrando no hotel e subindo
as escadas. No quarto, ele trancou a porta e, olhando um instante para ela, começou a se
despir. Anahí recuou um pouco, mas em seu corpo sentia nascer um louco desejo por ele, que
o medo ainda fazia mais agudo. Sentiu-o cair sobre ela, os dedos agarrando os longos
cabelos dourados. Instintivamente, abraçou-se a ele e ouviu um grito de dor. Sem saber o
que fazia, tinha enfiado as unhas afiadas nas costas de Alfonso. Ele segurou as duas mãos dela
no alto e, com os joelhos, obrigou-a a abrir as pernas, sem se preocupar em tirar as roupas
dela. As roupas de seda se rasgavam, enquanto Alfonso praguejava.
— Então, será assim mesmo, Anahí! — ele exclamou, a voz enrouquecida de louco desejo. Sua
boca cobriu a dela com violência, fazendo o sangue brotar dos lábios delicados. Anahí tentou
não sentir nada, mas o prazer era muito mais forte do que sua vontade. Ele a possuiu com
selvageria, com uma urgência e uma luxúria tão primitivas que ela teve que se entregar, sem
defesa. Com um gemido de prazer, tudo terminou para Alfonso, que abruptamente rolou na
cama e se afastou dela, ficando deitado a seu lado, de olhos abertos, olhando para o teto em
silêncio. Anahí olhou para ele. Para seu espanto, não sentia nem ódio nem revolta, mas uma
profunda ternura. Ficou imóvel um longo tempo, assim, os olhos no rosto dele, observando
cada traço daquele belo rosto. Subitamente, ele olhou para ela.
— Anahí — disse ele, com voz baixa e grave —, isto nunca me aconteceu, antes. Nunca tratei.
. . ninguém.. . assim, antes. Peço que me perdoe.
— Não há nada a perdoar — respondeu ela, sorrindo para ele. — Você estava zangado, e me
queria. . .
— Eu quero você o tempo todo! — exclamou ele, com fúria. Seus olhares novamente se
encontraram e ela o viu sorrir levemente.
— O que você fez comigo? — disse ele, com malícia. — Que tipo de encanto jogou em mim,
que nem bem acabo de possuir você e já a desejo outra vez com loucura?
Calou-se e pegou a mão dela, fazendo com que ela mesma sentisse o desejo crescendo nele
outra vez.
— Eu também o desejo, Alfonso — disse ela, olhando-o nos olhos.
— É mesmo? — Ele ficou sério. — Mas nunca sinto que é completamente minha, mesmo
quando. . . — ele aproximou os lábios dos ouvidos dela, dizendo-lhe palavras que ela nunca
tinha ouvido de um homem e provocando o renascer imediato do desejo por ele:
— ... mesmo quando você está embaixo de mim —- disse ele devagar, olhos fixos nos
dela —, mesmo quando murmura palavras que quero escutar, mesmo quando sinto
você. . . mesmo nesses momentos, alguma coisa me escapa. Não é seu corpo, mas sua
mente. Nunca sei o que está pensando, o que está sentindo. Estou ficando louco Anahí.. . por
que se casou comigo?
Foi difícil, naquele instante, não confessar toda a verdade:
— Fizemos uma barganha — respondeu ela, com um toque de malícia.
— Mas não a mantivemos.
— Não, não a mantivemos.
— Não seria possível, seria Anahí?
— Acho que seria, sim.
— Mentirosa — disse ele, beijando-a e puxando-a para perto, com infinitiva ternura.
Aos poucos, os beijos dele a despertaram e seus corpos permaneceram estreitamente unidos, na
semi-escuridão do quarto. Não sabiam nem se importavam de saber se era dia ou noite; a
única coisa que lhes interessava era ficarem muito juntos. Dessa vez, Alfonso a despiu devagar,
beijou-a sem parar, nos lábios, pescoço, ombros, seios. Depois, ela o ajudou a tirar as roupas,
e mais uma vez os dois se abraçaram, sentindo os corpos quentes e vibrantes de desejo.

Comentem!