Fanfic: Dívida de Honra - AyA (Adaptada) FINALIZADA | Tema: AyA

Estou tão feliz pela quantidade de comentários meninas, obrigada por estarem lendo e comentando, vou postar bastante 

— Eu já a conheço um pouco, minha querida. Conheci muito sua mãe. Alfonso não lhe contou?
Que mulher! Mas você não se parece com ela. Tenho a impressão de que a conheço há muito
tempo. . .
— Há muito tempo? — repetiu Anahí, sem compreender.
— Sim, Alfonso me falou muito sobre você. Somos grandes amigos, Alfonso e eu. Há uns oito ou
dez anos. Talvez mais. Sempre fui sua confidente. Oh, sei tudo sobre você, Anahí. E me sinto
tão feliz por vocês, agora Alfonso me contou. O primeiro amor... É sempre o mais forte e o
melhor. E as pessoas costumam dizer que ele não dura. O que as pessoas sabem? Nada! Uma
vez é assim, outra vez, diferente. — O rosto da velha princesa se suavizou. — Conheci meu
marido quando tinha doze anos. Nosso casamento foi contratado por nossas famílias. Acabei
me apaixonando por ele. Quem sabe como essas coisas acontecem? Nunca olhei para outro
homem. Nunca!
Anahí olhava surpresa para a outra. Não entendia bem o significado de algumas palavras. A
não ser que. .. Subitamente a esperança iluminou seu coração.
— Estou radiante por você, Anahí — disse a mulher, apertando a mão da moça. — E também
por Alfonso. Tão romântico!
Num impulso, Anahí se virou, já saudosa do marido. A princesa seguiu seu olhar.
— Procura Alfonso? Muito natural. Vá atrás dele, minha querida. Voltaremos a nos falar depois.
Talvez ele esteja ali — disse, apontando para o terraço.
— Obrigada — disse Anahí, apertando a mão da velha mulher. As duas tinham se entendido
instantaneamente. Precisava ver Alfonso, agora. Diria a ele tudo o que sentia. Não ia esconder
mais nada!
Procurou no meio de toda aquela gente. Ele não podia estar longe. Indiferente aos olhares de
admiração que a cercavam, caminhou até o terraço. Tocavam uma valsa. De repente, ela o viu
e parou, gelada. Lá estava ele, do outro lado, o rosto na penumbra, encostado a uma pilastra.
Ao lado dele, uma mulher alta e morena, com um vestido de chiffon branco, que valorizava
cada curva do belo corpo. As duas cabeças morenas estavam perto uma da outra. Para
surpresa de Anahí, a mulher levantou a mão e passou-a nos cabelos de Alfonso, num gesto de
intimidade. Poderia ser a mesma mulher que vira na porta da casa dele. Não podia ter certeza.
Sentiu uma amargura terrível, uma revolta violenta, uma suspeita de traição.
Ficou ali, imóvel, pensando em como fora tola e ridícula. Ouviu então uma voz atrás dela.
Tinha um sotaque americano.
— Quem é aquele sujeito com Vitória?
— É aquele advogado, não é? —- respondeu uma voz de mulher.
— Aquele que é tão chegado à princesa. Como é mesmo o nome dele? Herrera.. .
— Então aquele é o Herrera? — perguntou o homem, interessado.
— Ouvi falar dele. .. li nos jornais. Me disseram também que ele acabou de casar.
A mulher comentou qualquer coisa que Anahí não escutou direito. O homem falou
novamente:
— Não me diga! Foi ele, então! E Vitória. ..
Anahí fugiu dali, sem querer escutar mais, o rosto pegando fogo. Foi para um canto escuro e
de lá ainda pôde ver que Vitória dizia qualquer coisa a Alfonso, como se o convidasse a dançar.
Logo depois eles saíram dançando e Anahí teve que reconhecer que formavam um belo par. A
dor que sentia era tão intensa que tinha a impressão de que seu coração se despedaçara em
seu peito. Não via mais nada à sua volta, só um homem alto e moreno, vestido de negro,
abraçado a uma bela mulher de branco, dançando em perfeita harmonia.