Fanfic: Dívida de Honra - AyA (Adaptada) FINALIZADA | Tema: AyA

Queridas leitoras finalmente consegui me desocupar a e tirei um tempinho pra vir postar, espero que me entendam, por favor não me abandonem, continuarei postando a web só que nesse final da ano estou extremamente ocupada, mas vou tentar postar na quinta e no domingo ok? E como estou em falta vou postar bastante, comentem! 

Postando

Mais tarde, andando febril pelo quarto, começou a fazer planos, primeiro pensou em ficar ali;
depois, em voltar para Londres; tentaria falar outra vez com ele, esclarecer a atitude de Kit,
pelo menos, o que tinha acontecido na véspera. Mas o orgulho e a revolta a fizeram mudar de
ídéia. Pela segunda vez, ele não confiara nela; se a odiava tanto assim, se a desprezava tanto,
que adiantava? Só então se lembrou: não tinha dinheiro! Seus últimos recursos foram
enviados ao pai. Não tinha dinheiro nem para a passagem de avião.
Já que não tinha meios de ficar ali, o jeito era ir embora. Tinha que arranjar alguma coisa, nem
que fosse para uma passagem aérea. Podia telefonar para Mia ou então para Luke. Luke
seria melhor. Trêmula, pegou o telefone. A recepção atendeu imediatamente. Sentiam muito,
mas as linhas para Londres estavam congestionadas. A signora desejaria que tentassem mais
tarde?
— Não, obrigada, se resolver, mais tarde, eu chamo — respondeu, recolocando o aparelho no
gancho, com mãos trêmulas.
Começou a se sentir abafada, dentro daquele quarto. Correu para as janelas e puxou as
cortinas, deixando a luz entrar. Olhava o mar, mergulhada em sua dor, quando alguém bateu à
porta. Vírou-se, mas, antes que pudesse chegar à porta, esta se abriu e a velha princesa surgiu,
apoiada em sua bengala.
— Cara mia! — exclamou, entrando no quarto e fechando a porta atrás de si. Depois parou,
olhando a cama desfeita, os travesseiros molhados, o vestido preto rasgado e jogado no chão.
Aproximou-se de Anahí e segurou-lhe as mãos. — Deve se vestir imediatamente. Faça suas
malas; só o mais necessário. Deixe o resto, mandaremos buscar mais tarde.
Anahí olhou para a mulher, sem compreender,
— Venha, não fique ai sonhando — ela riu, com malícia.
Anahí afastou os cabelos dos olhos e olhou para a princesa.
— Sinto muito, mas não consigo pensar direito — disse, com franqueza. — Quando a
senhora bateu, eu pensei que talvez. . .
— ... que fosse Alfonso né? Não, Alfonso partiu para Londres, esta manhã. Venha, vamos fazer
as malas, eu a ajudo!
Anahí olhou para ela, sem compreender, ainda incapaz de agir.
— Tem outros planos, minha cara? Pois esqueça. Está tudo arranjado. Vai ficar comigo —
disse, sorrindo bondosamente.
— Com a senhora?
— Mas sim!
— Por acaso Alfonso.. . — começou a falar, com uma louca esperança.
— Sabe disso? Claro que não. É uma coisa entre nós duas, cara ah, esses homens tolos, com
seus orgulhos e paixões! Tudo aqui — e apontou para o coração — e nada aqui — apontou
para a cabeça.
— O que se pode fazer com eles? Quando um homem como Alfonso fica zangado, parece um
tigre, fica andando de um lado para outro. . . furioso. Quando um homem fica assim, talvez se
consiga fazer amor com ele. Mas conversar. . . Nunca! Deixe Alfonso, esqueça-o por algum
tempo. Acredite, cara, eu o conheço. É para seu bem.
— Mas a senhora não compreende. . . A princesa a interrompeu:
— É claro que compreendo. Sou uma mulher velha e posso lhe garantir que já vi casos como o
seu. Oh, sei que para você parece ser único, diferente de todos. — Segurou com força a mão
de Anahí machucando-a com os anéis pesados. — Mas não vamos mais conversar. Venha fazer
as malas.
Com mãos dormentes, Anahí começou a guardar suas coisas. Encontrou o colar que Alfonso
lhe havia dado e o cartão com a dedicatória, e abafou um lamento. Cuidadosamente, guardou-o
na caixa e o colocou no armário, junto com as roupas que ele lhe dera.