Fanfic: Dívida de Honra - AyA (Adaptada) FINALIZADA | Tema: AyA

Não se preocupe com Mia, meu amor. Ela confessou o que fez e tudo acabou.
Vai recomeçar uma nova vida e...
— Mas.. . então você já sabia de tudo, quando eu fui lá?
— Sim, eu já sabia — respondeu ele, sorrindo. — Mas não tinha decidido ainda o que fazer. O
pior é que até gostei. Porque me dava um motivo para ver você, um motivo que eu não
poderia afastar. Foi quando... eu percebi que não podia punir Kit pelo que tinha havido entre
vocês dois. Seria vingança, não justiça. E mataria meu pai de desgosto. Ele gosta tanto dele.
Isso é irônico realmente, porque Kit sempre foi o preferido. Mas nunca acreditou nisso.
— Então, o que você fez?
— Nada. Não conseguia decidir o que devia fazer. Então. .. bem, você sabe o que aconteceu.
Uma bela manhã, a porta se abriu e você surgiu à minha frente. Não conseguia acreditar no
que estava vendo. — Ele riu com amargura. — Não conseguia entender se tinha sido um
demônio ou um anjo que a levara até lá. E você me confundiu com meu irmão. E eu não tive
mais dúvidas!
— Você decidiu fingir que era Kit para ver o que eu faria? — perguntou Anahí, confusa.
— Eu não decidi nada. Você é que não me deu tempo, tudo aconteceu depressa demais.
Fiquei tão zangado! A única mulher que eu havia amado na vida, e que seria capaz de
reconhecer entre um milhão de outras, tinha me confundido... com ele. Não
compreende Anahí, que isso confirmou todas as minhas suspeitas, meus pesadelos... ?
— Então, você me testou? Para ver se eu... concordava? Com Kit?
— Sim, foi o que eu quis fazer! Mas você fez tudo parecer tão frio, como se eu tivesse
planejado tudo. Mas não foi assim. Esperava que você percebesse que, se eu a tocasse, e eu
desejava tanto tocar você.. . Mas logo pensei: ela me esqueceu completamente! E precisava
descobrir. Talvez não houvesse outra chance.
Ela olhou para ele, tentando continuar séria.
— Pelo visto, passei no teste. Foi a vez de ele sorrir.
— Sim. Mas falhou no seguinte.
— Quando fui à sua casa?
— Exatamente.
— Está querendo dizer que eu deveria ceder às suas propostas imorais?
— Pois eu acho que você bem que queria.
— Eu não!
— Tem certeza? — Maliciosamente, Alfonso abaixou a cabeça e beijou-a nos lábios. Depois se
afastou, os olhos nos dela. — Tem mesmo?
— Talvez um pouco. Não. .. você não vai ganhar esta discussão. Deve levar em conta que suas
propostas eram visceralmente desonestas.
— Eu estava esperando algum sinal, alguma coisa, antes de fazer minha outra proposta, mais
moral. — De repente ele ficou sério e a dor voltou a seus olhos. — Não conseguia
compreender. Achava que, se pudéssemos conversar sobre o que tinha acontecido na Escócia,
sobre o passado, haveria uma esperança de nos entendermos, aconteceria um milagre. Mas
isso não aconteceu.
— Então resolveu mudar a proposta?
— Sim — reconheceu ele, apertando as mãos dela. — Queria tanto você! Há tantos anos!
Estar com você na mesma sala, ver você! A única coisa na vida que eu queria era estar perto de
você. .. mas era também uma tortura Anahí, não poder tocá-la! Tinha decidido que na noite
em que você viesse à minha casa... eu lhe contaria a verdade: que eu a amava, que queria me
casar com você. Mas tudo saiu errado, escapou de meu controle. — Ele sorriu. — Você andou
depressa demais. E quando começou a tirar o vestido...
Anahí estremeceu, ao se lembrar. Seus olhos se encontraram e ele compreendeu que, naquele
momento, ela o desejara.