Fanfic: Jogos de Sedução AyA (Adaptada) - FINALIZADA | Tema: Anahí e Alfonso

Poncho ficou surpreso quando Chase empurrou para as suas mãos a lata congelada de creme,
desviando sua atenção de Anahí
— O que foi?
— Você ficou salivando desde o momento em que ela ergueu a colher. Sempre me perguntei
por que você colocava tanto creme no chocolate dela. Agora eu sei.
Poncho nem se preocupou em negar a acusação. Droga, ele estava sofrendo desde que Anahí
experimentara a primeira colher de creme. Aquela boca sexy, carnuda e macia e... ele estava
obcecado, maldição!
Lembrou-se da primeira vez em que se viram, quando ela acabara de comprar a butique
algumas lojas abaixo, do outro lado da rua. Anahí entrara no bar depois do trabalho, elegante
e muito atraente. Pedia sempre uma xícara de chocolate quente, mesmo no clima abafado do
verão. Encantado, ele servia uma dose extra de cobertura de creme batido, e observava
fascinado enquanto ela saboreava a bebida, passando a ponta da língua sobre o lábio superior,
fechando, os olhos a cada gole. Anahí não percebia que ele a examinava, e fazia já sete meses
que ele permitia que ela o atormentasse todas as noites com o ritual.
— Assim que ela acabar, você sai correndo para colocar mais.
Poncho balançou a cabeça, preferindo ignorar a provocação.
— Isso é óbvio. Se ela tivesse noção do quanto eu gosto de observá-la, jamais pediria
chocolate quente de novo.
— Ou talvez acabasse logo com o seu tormento e o levasse para casa.
Poncho disparou um olhar para o irmão. Chase costumava ser calado, mas estava irritante de
tão palpiteiro naquela noite.
— Há alguma razão especial para você me provocar neste momento?
Chase deu um riso forçado.
— Além do fato de você ficar admirando a moça furtivamente, como um garoto em uma loja
de doces, cheio de vontade e sem dinheiro para comprar nada? Não! Nenhum outro motivo!
— Ela não quer participar do concurso.
— Que pena... — Chase deu um passo para o lado, anotando um pedido, antes de retornar
para o lado do irmão. — Não conseguiu convencê-la?
Poncho balançou a cabeça, distraído.
— Ela tem uma irmã gêmea.
— Ah, não, duas Anahís? Agora está ficando interessante! Elas são idênticas?
Poncho deu uma cotovelada no irmão.
— Sim. E tire isso da sua cabeça.
— Não dá para competir com você. Está pensando nas duas?
— Mais ou menos. Ela disse que a irmã vai participar, mas ela não. — Poncho suspirou,
desgostoso. — O que há em Anahí que me faz ter as fantasias mais selvagens?
— Me diga você...
Cruzando os braços sobre o peito e recostando-se na parede ao lado do freezer. Poncho
pensou sobre o assunto.
— Ela é tão fechada, tão serena... Nos últimos sete meses, veio aqui todas as noites, o que
significa que não deve ter namorado.
Olhou atentamente para os cabelos castanho-escuros de Anahí, repartidos ao meio e caindo
em cachos sobre os ombros. Pareciam incrivelmente macios. Ah, como desejava enterrar o
rosto em seu pescoço, sentir as madeixas sedosas em sua pele... Queria ver aqueles cabelos
espalhados sobre seus travesseiros enquanto cobriria o corpo curvilíneo com o seu, ambos
nus... Queria vê-los emaranhados e selvagens quando ele a fizesse chegar ao êxtase.
Tremeu só de pensar.
— Maldição.
— Quer me contar o que estava pensando?
— Não.