Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA

Alessandra que bom que vc está gostando da web, eu tambem amei.

Postando

Limpei a garganta. — Este não é o tipo de relação que tenho normalmente com os artistas.
— Sou consciente disso.
— Eu gostaria de dizer não, e partir. — Apartei o olhar, zangada comigo mesma por deixar
saber quão incômoda sentia.
— Então, por que não me diz não, e parte?
Ruborizei e olhei a plataforma. — Perder seu contrato me prejudicaria profissionalmente.
— E acha que deveria sentir culpado por manipular e te colocar em uma situação incômoda?
— Cruzou os braços sobre o peito e me olhou fixamente.
— Não se sente culpado? — Levantei uma sobrancelha ao perguntar, e não me surpreendeu
que afastasse o olhar. — Não parece o tipo de homem que normalmente tem que recorrer a
este tipo de coisas para ganhar o tempo ou a atenção de uma mulher.
— Não, a maioria diria que tenho uma fácil relação com as mulheres.
— Então, por que não me perguntou? Veio ao Holman sabendo que queria que posasse para
você? — Sua expressão dizia tudo. Alfonso não era um homem acostumado a ter que dar
explicações.
— Escolhi ao Holman para minha exposição por você. Você foi meu objetivo, Anahí. Valorizo as
peças que faço. Assim, é obvio, quero que se mostrem na melhor galeria possível, mas poderia
havê-lo feito em qualquer outra galeria da cidade.
— Por que não me perguntou? — Demandei de novo, mais furiosa que antes por sua manobra
de prepotência.
— Porque teria dito que não.
— Assim forçou uma situação onde eu não posso recusar. — Girei e afastei da plataforma. —
Não acha que isto faz com que mude a situação?
— Possivelmente. Mas não deixo que meus escrúpulos morais se interponham no caminho
para conseguir o que quero.
Estava segura disso. Afastando mais dele, detive frente a uma prateleira quase vazia que junto
a uma das paredes. Uma singela parte de veludo, em uma das estantes, sustentava oito
mulheres em miniatura. Cada era única e estava belamente esculpida.
— O que é isto?
— Formam parte de um projeto no qual estou trabalhando para meu avô.
Olhei-o um momento, e deixei que meu olhar voltasse para as figuras enquanto ele se
aproximava.
— São preciosas.
— Obrigado. — Agarrou a primeira peça, esculpida em jacarandá. — Esta é minha avó, Lian.
Chegou aos Estados Unidos somente com uma trouxa de roupa em suas costas, e uma menina.
Tinha escapado da China em um momento no qual parecia impossível. Uma vez aqui, tratou de
encontrar o pai de sua filha.
— Seu avô?
— Não. Minha tia Jia é totalmente chinesa. — Agarrou outra peça. — Esta é ela. É médica em
Nova Iorque. Quando minha avó se deu conta que nunca encontraria o seu amante, aceitou
um trabalho em um supermercado de Chinatown. Meu avô a encontrou ali e, conforme diz,
imediatamente sentiu um desejo irrefreável por ela. Esse desejo converteu rapidamente em
amor. Prometeu o mundo, e aceitou a sua filha de dois anos como se fosse dele. Não passaram
uma só noite separados, durante todo seu matrimônio. Sua relação não foi fácil. Tiveram
problemas, as arrumaram para sobreviver. Tiveram três filhos e uma filha — Roçou a terceira
figura feminina com um dedo dúbio. — Minha mãe, Grace, era sua filha. As outras mulheres
são as esposas de meus tios.
— Não tiveram netas?
— Todos somos meninos. — Riu brandamente. — Embora meu avô tenha esperanças que
algum dia eu tenha uma filha. Tem cento e dois anos e, como pode imaginar, está impaciente
para que cubra essa demanda.
— Quando pensa entregar as figuras?
— Da próxima vez que eu vá a Nova Iorque — Limpou a garganta. —Deveríamos começar a
trabalhar.
Passei junto a ele e caminhei até a plataforma.
— Não estou segura de poder fazer isto.
— Não te vou fazer mal.
— Todos os homens dizem isso. — Me obriguei a ficar quieta enquanto caminhava para mim.
Deteve-se quando estava a ponto de me tocar.
— Eu não sou como o resto dos homens de sua vida.
— Já sei. — Não era como ninguém que tivesse conhecido antes. Tomei ar profundamente. —
Quanto tempo vai demorar?
— As primeiras duas sessões serão de umas duas horas.
Duas horas. Cento e vinte minutos, nua, com um homem que não conhecia. Tomei ar, e
obriguei a olhá-lo no rosto. Perguntei se Alfonso pensaria que estava louca. Sabão e um ligeiro
toque de loção de barbear acariciaram meus sentidos.
Seu aroma era masculino, mas havia algo mais. Depois de um momento, localizei-o. Cheirava a
madeira de sândalo e a almíscar egípcio. Umedeci o lábio superior. Tomando minha mão,
guiou-me cuidadosamente para a plataforma e me ajudou a subir a ela. Seus dedos livraram
rapidamente de meu nó de segurança. Abriu a bata e a deixou cair por meus ombros.

Por favor comentem o que estão achando da web, é chato chegar aqui e ver que quase ninguém está comentando, mesmo que seja um UP mas comentem, quanto mais comentes, mais posts, se tiver comentes amanhã eu posto mais.