Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA

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Postando

O silencio na sala era surpreendentemente reconfortante. Era estranho, porque eu adorava o
ruído, e geralmente tinha o rádio ou a televisão ligada quando estava em casa. Por que o
silêncio era mais fácil de suportar com ele?
— Tirará fotos?
— Não — Levantou o olhar e encontrou com o meu. — Nunca fotografo meus modelos.
Aquilo era um alívio. Ter meus desenhos era uma coisa, mas fotos em cores eram outra. Que
mulher normal quereria que seu traseiro ficasse imortalizado ao vivo e a cores?
Estremeci ante o pensamento da câmara. Durante a terapia tínhamos falado das fotos que
tiram durante o exame médico no hospital, depois do estupro. Ainda podia recordar o débil
clique da câmara, e o flash iluminando-se. Apesar de meus esforços para não reagir, Alfonso
tinha notado e tinha deixado o caderno.
— Está bem?
— Sim.
Inclinou para trás, apoiando sobre suas mãos, e me olhou.
— Parece desgostosa.
— Estava pensando em algo desagradável. — Deixei cair meu olhar na parte de chão que se
estendia entre nós. — Mas estou bem.
Agarrou sua caderneta e voltou para o trabalho enquanto eu tentava deixar o passado de lado.
Ultimamente, parecia mais fácil apartar o que tinha passado em Nova Iorque. Nunca
abandonava meus pensamentos, agora parecia doer menos, e enfurecer mais. Não tinha sido
fácil transpassar o ponto da dor e traição. Possivelmente tivesse sido mais fácil chegar à fase
da raiva se não tivesse considerado Jeff King como um amigo. Não é que fosse um amigo
íntimo, tampouco era um estranho. Até aquele momento em meu escritório, quando dava
conta de que era perigoso, nunca tinha pensado, nem por um momento, que pudesse fazer
dano.
Olhei ao Alfonso e o encontrei trabalhando atentamente. Havia algo especial nele, e era algo
mais que suas habilidades artísticas. Surpreendia que pudesse inspirar um homem como ele.
Tinha viajado por todo o planeta, e era um dos escultores mais solicitados do país. Suas obras
embelezavam os vestíbulos de incontáveis edifícios de todo o mundo. Homens e mulheres de
todas as partes faziam longos percursos para chegar onde eu estava deitada.
Alfonso pertencia a um universo de beleza que eu só podia olhar, do qual nunca faria parte
realmente. Minha paixão pela arte, tanto clássica como atual, ajudou nos difíceis anos com
meus pais, e durante a mudança para Boston. Mesmo assim, nunca cheguei a compreender
realmente o que significa ser um artista.
Movi e fiz uma careta quando o músculo de minha coxa esticou. Sentada, imóvel, provocou
cãibras.
— Preciso estirar as pernas.
Alfonso levantou e caminhou até a plataforma.
— A perna?
— A coxa — Traguei saliva quando sentou na plataforma, e fez um gesto para que tombasse de
barriga para cima. — Me deixe te ajudar.
— Tudo bem. — Tombei e estendi as pernas. Não serviu de nada.
Alfonso percorreu o músculo com seus fortes dedos antes de usar ambas as mãos para elevar
minha perna e movê-la. A seda vermelha descobriu meu sexo, revelando os úmidos cachos
que o cobriam. Observei-o com os olhos entrecerrados enquanto suave, mas firmemente,
massageava minha coxa, e suspirei quando o músculo começou a relaxar sob sua mão.
— Levanta um pouco.
Coloquei meu pé contra o travesseiro sobre a que estava tombada, e o levantei ligeiramente
enquanto suas mãos deslizavam ao subir por minha coxa, quase até o osso de meu quadril,
para deter-se e depois viajar lentamente de novo para baixo. Aquele homem estava tentando
me fazer passar por tola. Mordi o lábio inferior e traguei saliva para evitar fazer sons. Então
olhou, e seus olhos vagaram até meus seios, e depois até meu rosto.
— É uma mulher bonita.
— Obrigada.
— Melhor?
Assenti, separei dele quando afastou suas mãos. Sabia que estava a ponto de abrir as pernas e
pedir que me penetrasse. — Já estou bem.
— Gostaria de fazer mais alguns desenhos.
— Tudo bem.