Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA

— Já leu contrato final com Alfonso Herrera, James? — Perguntei esperando não parecer
muito petulante.
— Oh, sim. Estamos muito satisfeitos com o contrato. O senhor Herrera raramente oferece
suas obras fora de sua própria galeria.
– Não tinha opção. Sua galeria não pode acolher sua nova exposição. Dez das vinte e duas
peças tem já pesam mais de cem quilos. — Terminei a bolacha, e agarrei meu café. — Inteirou
do resto?
— Oh, sim. — James sorriu enquanto a porta abria e os outros três membros da diretoria
entravam, seguidos de perto por Milton. — Estou ansioso por ver o que faz.
Sim, eu também estava ansiosa. Olhei a mesa, e tentei não pensar em que meu chefe e o resto
de gente com quem tinha trabalhado iam ver meu traseiro nu e imortalizado em alabastro. Era
um grande pesadelo.
O conselho de administração da galeria Holman estava composta por cinco pessoas: James
Brooks, Cecilia Marks, a doutora Natalie Monroe, seu marido, Cari Monroe, e Victor Ford.
Podia contar com os dedos de uma mão o número de vezes que os três últimos tinham falado.
Em segredo, chamava-os o Trio Silencioso.
Honestamente, nunca soube se estavam muito aborrecidos para responder, ou se é se
comunicavam telepaticamente. Possivelmente estavam planejando dominar o mundo.
Não tive muito tempo para perguntar o que era o que Milton ia dizer à diretoria. Justo quando
sentou, começou a falar.
— Como sabem, a senhorita Puente assinou com o Alfonso Herrera ontem. — Os membros
assentiram. Joguei para trás na cadeira, e esperei o resto. — Além disso, concordou em posar
para ele nua. Considero que isto é inapropriado. Além disso, considero que o trabalho do
senhor Herrera é muito cru para a galeria Holman.
— A última exposição do Alfonso Herrera proporcionou à galeria que o convidou arrecadação
em comissões no valor de dez milhões de dólares. — Respondi. — E quanto a minha decisão
de concordar com a petição do senhor Herrera para que pose para ele… — Fiz uma pausa, e
pensei em minhas seguintes palavras atentamente. — É tanto uma honra como um privilégio
ser considerada merecedora de posar para seu trabalho. Acredito que a peça acrescentará um
toque especial a nossa exposição, e que servirá para consolidar nossa relação com o artista.
Quando mais satisfeito fique com esta exposição, mais provável será que recorra a nós para a
seguinte.
— A subdiretoria desta galeria não deveria pavonear-se por despir ante um de nossos artistas
contratados. — Espetou Milton.
— Eu não me pavoneio. — Respondi.
— Anahí está ocupando bem deste assunto, e deixaremos que trabalhe nisso como acha
conveniente. Agora, como vai a Lisa Millhouse? — James agarrou um guardanapo e tirou as
migalhas de bolacha de sua limpa e cuidada barba.
— Aprovou os planos para seu projeto nesta ala, esta mesma manhã. Farei com que a equipe
de construtores comece a trabalhar imediatamente. Quando tivermos a sala preparada
tiraremos as obras de nosso armazém. Teremos que recolher a última peça para a exposição
em seu estúdio. — Passei de página na agenda.
— Bem. — James olhou ao redor da mesa, e depois concentrou em mim. — Agora, nos conte
sua idéia.
— Eu gostaria de reabrir a ala sul da galeria e alojar uma série de exposições de estudantes
locais.
— Isso é ridículo! — Interrompeu Milton. Soprou e me olhou. — Não podemos financiar um
projeto assim.
Suspirei e olhei ao Milton um momento, antes de dirigir ao James.
— Este projeto beneficiaria à galeria em vários aspectos. Por uma parte, atrairia clientes
potenciais. Nenhum pai perderia uma exposição de seu filho em uma galeria de arte. E por
outra parte, isto fortaleceria nossa reputação frente à comunidade, como patrocinadores
líderes de organizações juvenis e escolas de arte.
— A ala sul inteira? — Perguntou Milton. — Mantivemos fechada durante seis meses para
economizar dinheiro.
— Exato, está vazia, quando poderia estar sendo utilizada para algo muito proveitoso. —
Mordi a língua para evitar seguir falando.