Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA

Poxa meninas, só a Ligia que está comentando? Assim fica chato continuar postando, comentem, nem que seja um Up, já é alguma coisa. Ligia minha linda, obrigada por comentar, vou postar esse capitulo especiamente pra vc 

Desliguei o telefone e suspirei. O fato de que um homem como Alfonso Herrera fosse me
esperar era difícil entender. Chegou à minha vida como uma força da natureza, e eu sabia que
nunca voltaria a ser a mesma.
— Não costuma vir assim frequentemente.
O tom de Lesley era neutro, mas eu podia ouvir a curiosidade em sua voz. Devia ter soado
como uma psicopata quando liguei menos de vinte minutos antes e supliquei que deixasse vêla.
Encolhi de ombros e agitei a cabeça.
— Há um homem.
— Ah.
Irritada, empurrei a alavanca da cadeira e cruzei os tornozelos no apoio de pés.
— É exigente e prepotente.
— E você gosta.
— Seria impossível eu não gostar dele. — Admiti, com desagrado. —É encantador, atraente,
e...
— Exigente.
Olhei-a e encolhi de ombros.
— Sim, exigente.
— Tem medo?
— Não.
— Você tem certeza?
— Sim, é obvio, estou segura. — Franzi o cenho e apartei o olhar. — Tenho certeza.
Lesley suspirou.
— Está dizendo isso porque quer que seja verdade, ou porque acha que é o que eu quero
ouvir?
— É a verdade. A última coisa em que penso quando olho para ele é no que passou em Nova
Iorque.
— No que pensa, então?
— Em sexo. Em sexo implacável, e incessante.
— Como se sente ao desejá-lo?
— É difícil de explicar. Quero dizer, não é que seja o primeiro homem que me atrai
sexualmente. — Mordi o lábio.
— É a primeira vez desde que foi estuprada?
— É obvio que não, também estive com Martin. — Pressionei os lábios e a olhei. Sua
incredulidade era óbvia. — Estive com ele quase seis meses, antes de deixar Nova Iorque.
— Sim, passou seis meses se escondendo na relação com seu amigo Martin.
É irritante dar dinheiro a alguém que não está disposto a estar de acordo contigo nem sequer a
metade das vezes.
— Ok, tudo bem, possivelmente não sentia tão atraída pelo Martin como devia.
— E sua reação com este novo homem, depois de dois anos de celibato, qual é?
— Deixa-me sem fôlego. — Sussurrei. — Sabe? É como as coisas que passam nas novelas
românticas. Nunca havia sentido isto por ninguém, em toda minha vida. É mais que desejo. É
mais que algo que possa definir, e mal o conheço.
— E quer conhecê-lo melhor?
— Sim. — Franzi o cenho, e neguei com a cabeça. — Mas há algo mais.
— Deixa-o sair, Anahí.
Incorporei e empurrei o apoio de pé para dentro. Nervosa, levantei e afastei da cadeira.
— Não há nada tenro ou carinhoso no modo no qual o desejo.
— Às vezes o sexo é sujo e violento.
— Sim. — Fechei os olhos, e tomei fôlego profundamente. — Como posso sequer pensar em
sexo depois do que passou?
Lesley fez uma pausa, e depois assentiu.
— Entendo. — Fechou a pasta que havia sobre sua mesa, e entrelaçou suas mãos sobre ela. —
O modo no qual responde a sua atração por esse homem não tem nada de mau. O desejo
sexual pode manifestar-se de muitas formas diferentes.
— Não quero ser uma dessas mulheres que precisam ser forçadas e violadas para desfrutar. —
Girei e a olhei.
— Você não é.
— Tem certeza?
— Você não? — Perguntou em voz baixa. — Ninguém reage a um estupro do mesmo modo,
Anahí. Você sobreviveu, fez tudo o que pôde para superá-lo, e deveria se sentir orgulhosa por
isso.