Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA

— Ok. — Assenti, e voltei para a poltrona. - Então, o fato de desejar que este homem me
empurre contra uma parede e transe comigo selvagemente não me converte em uma
aberração?
— Pensa nos tipos de sexo que desfrutava antes de ser estuprada. Realmente é tão diferente
do que deseja com este novo homem? Qual era seu amante ideal antes do estupro? — Fez
uma pausa, e inclinou a cabeça. — Fez as tarefas que indiquei?
— Ainda não.
— Como isto não é uma sessão que tivéssemos planejado, deixá-lo-ei passar no momento.
Basta que fale comigo sobre sexo, por enquanto.
— Suponho que era como o resto das mulheres. — Encolhi os ombros, e cruzei os braços sobre
meu peito. — Vamos ver ... sou alta, para uma mulher, assim sempre achei atraentes os
homens mais altos. Com mãos fortes, mas carinhosas, ativos, e é obvio, com um bom pênis. —
Ri baixo, e encolhi os ombros. — Quero dizer, algumas mulheres dizem que isso não importa.
— E você não está de acordo?
— Não. O tamanho importa. Importa muito. Sempre desfrutei de homens que sentem
confortáveis com seus corpos, e com o corpo de uma mulher. Nunca gostei da dominação
extrema, mas no passado eu gostava dos homens que eram fortes e ativos. Entregar seu
prazer a outra pessoa é algo realmente fantástico. Não tem nada que ver com a dominação.
— Trata-se de confiança.
— Sim. — Relaxei na poltrona um pouco mais. — De acordo, não sou uma aberração.
— Não. — Lesley riu. — E tampouco seria se você gostasse que lhe atassem e açoitassem. Não
há nada mau nos jogos de dominação, sempre que as pessoas envoltas sejam maiores de
idade, encontrem-no agradável e ninguém seja prejudicado permanentemente.
Prejudicado permanentemente. Por um momento, aquelas palavras giraram em minha cabeça.
Tinha visto obrigada a aceitar, fazia algum tempo, que o que Jeff tinha feito me mudou, e que,
sem importar quanto o tentasse, ele estaria comigo o resto de minha vida. Invadiu minha alma
tanto como meu corpo, e nada que pudesse dizer poderia trocar isso. Nada.
A única coisa que podia fazer era deixar lugar em minha vida, e em minha mente, para outras
experiências. Se Lesley ensinou algo, era que o passado não podia ser ignorado. E, o que era
mais importante, que não podia postergar meu futuro para sempre. Canalizei toda minha
energia e ambição na galeria, e estava começando a colher os frutos de meu trabalho.
Com meu objetivo profissional à vista, minha vazia vida pessoal parecia dominar cada vez mais.
— O que está pensando, Anahí?
— Não quero que Jeff King dite como devo viver o resto de minha vida, e parece que isso é o
que está passando.
— Se explique.
— Não fico com os homens que me atraem sexualmente porque não quero arriscar a ver-me
envolta sexualmente. Fiz muitos planos para meu futuro e minha carreira profissional, mas
nenhum para minha vida pessoal. Nem sequer permito pensar em ter um marido, ou meninos.
Nem sequer em um prazo de cinco, ou dez anos.
— E crê que isso te converte em alguém anormal.
Cruzei os braços sobre meu peito, e neguei com a cabeça.
— Não. Mas antes de ser estuprada, podia imaginar um homem, e meninos, em meu futuro.
Agora nem sequer penso nisso.
— Esteve se curando durante todo este tempo, Anahí. Se concentrar em sua carreira
proporcionou um bom modo de controlar sua vida. Necessita esse controle, ambas sabemos.
Se envolver com uma pessoa, com outro homem, despoja-te de parte desse controle.
— Alguma vez estarei preparada para isso?
— É obvio.
Ri brandamente.
— Fala disso como se fosse um fato. Mas sei que há mulheres que nunca o superam.
Terminam encerradas em seu apartamento, com medo de sair, temerosas de confiar inclusive
nelas mesmas.
— Você esta indo por um bom caminho, Anahí.
Assenti.
— ok.