Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA

Não tinha feito uma boa troca. O encontro não
era uma perspectiva excitante, arrependia de ter escolhido o encontro. Para ser sincera
comigo mesma, tampouco tinha gostado de ficar antes de conhecer Alfonso Herrera. Levantei
o olhar quando a porta de meu escritório abriu. Caramba, aquele chiado era muito chato,
Milton entrou e sentou.
— Sara terminará os detalhes da exposição da Lisa Millhouse.
Levantei uma sobrancelha e sorri de orelha a orelha
— Parece interessante.
Deu um pulo, suponho que surpreso porque não fiquei zangada.
— Tem tudo o que vai necessitar?
Tirei o arquivo da Lisa de meu montão de coisas por fazer e o atirei no canta da mesa.
— Isso deve ser tudo.
Agarrou a pasta e saiu rapidamente do escritório. Vi como dava a pasta a Sarah. Perguntei
quando começaria a sentir culpada. Não, sentia bem. Fiz um sinal a Jane para que entrasse, e
apertei os lábios; parecia que não ia sentir mau, de verdade. Nada de remorsos. Jane fechou a
porta, e encolhi de ombros.
— Vou para o inferno. — Anunciei.
— O que tem feito? — Perguntou Jane em voz baixa.
— Milton acaba de dar a exposição da Lisa a Sarah, e não fiz nada para dissuadir. Lisa vai
destroçá-la.
Jane abriu a boca, surpreendida, e depois riu.
— Oh, é maléfica.
*
Vi como Sarah caminhava com rigidez até sua mesa. Ficou fora menos de duas horas.
Certamente aquilo era um recorde para a Lisa. O geralmente perfeito cabelo da Sarah estava
um pouco revolto, e várias manchas de uma cor vermelha brilhante adornavam seu traje de
linho branco. Olhei a Jane, sentada em sua mesa, e depois girei minha cadeira para que não
me pudessem ver rindo como uma hiena. Quando fui capaz de controlar, girei de novo e olhei
para a mesa de Sarah. Milton estava ali, escutando seguramente o que era uma história
incrivelmente divertida. Quase dava inveja. Milton parecia furioso.
Olhou para meu escritório e cruzou a área de trabalho. Sinceramente, em momentos como
aquele desejava que a parede não fosse de vidro. Abriu a porta e a fechou de um golpe.
— Lisa Millhouse disparou em Sarah com uma pistola de pintura.
— Sim, dei-me conta de que Lisa trocou as cores. As primeiras seis vezes que fui vê-la acabei
atingida de azul. Na sétima arrumei um vestido da mesma cor que sua pintura, pareceu tão
divertido que me deixou entrar. — Inclinei a cabeça e o olhei fixamente. — Disse isso, Milton,
Lisa Millhouse não tolera os estranhos. Você escolheu ignorar meu conselho, e enviou uma
assessora sem experiência para incomodar uma de nossas artistas fixas. Pode estar seguro de
que a diretoria será informada disto.
— Não mencionou nada disso esta manhã.
— Sinceramente, estou cansada de repetir sempre o mesmo. — Joguei para trás na cadeira. —
Disse repetidamente que Sarah não está preparada para trabalhar diretamente com os
artistas. Além disso, esteve ignorando minha opinião sobre o assunto do contrato do Millhouse
durante semanas. Se o que acabar de fazer danificou essa conta, pode estar seguro que a
diretoria saberá.
— Essa maldita mulher é ridícula! — Gritou, e depois olhou como se realmente fosse culpa
minha.
— Lisa Millhouse não pede muito. Espera privacidade, e a oferece aos outros. Sei que, antes de
disparar, Lisa advertiu a Sarah verbalmente várias vezes, porque foi isso o que fez comigo. Lisa
é uma artista apaixonada e com muito talento a que Holman tem a honra de representar.
Olhou e então partiu. Sarah estava em sua mesa, onde era consolada por uma de suas amigas,
e Jane estava, literalmente, saltando em seu assento. Mal Milton partiu, levantou e correu até
meu escritório, fechou a porta e se apoiou nela.
— Estou a ponto de explodir.
— Sei. Era um traje precioso.
Jane mordeu o lábio.
— Está me matando. Quer ir almoçar mais cedo?
Agarrei minha bolsa e levantei.