Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA

Tinha passado três dias preparando minha primeira entrevista com Alfonso Herrera.
Entretanto, quando meus olhos encontraram com aquele homem pela primeira vez, soube que
não tinha preparado o suficiente. Minha avó me disse uma vez que os homens são como o
vinho. Alguns são amargos e difíceis de tragar, e outros jazem em sua língua com uma doçura
que podem fazer com que te arrepie a pele.
Perguntei que sabor ele teria.
Alfonso Herrera, conhecido por suas apaixonadas e eróticas esculturas, era um sólido e sensual
aviso de minha cama vazia, e estava me despindo com o olhar. Correspondia sua
desavergonhada inspeção com outra.
Pele bronzeada. Olhos mel esverdeados. E um forte e anguloso rosto que
qualquer modelo teria desejado ter.Cabelos negros e lisos.
Sabia um montão de coisas de Alfonso Herrera como artista. Entretanto, a necessidade de
saber mais sobre ele como homem saiu à superfície aos poucos segundos de vê-lo pela
primeira vez. Não havia duvida no desejo que percorria meu corpo. Minha reação física me
surpreendeu. Passou muito tempo desde a última vez em que um homem provocou meu
interesse sexual.
Levantei da cadeira e lhe ofereci a mão. Contive o fôlego enquanto meus dedos desapareciam
entre os seus. Cálida, calejada, e forte foram as primeiras coisas que pensei de sua mão. — É
um prazer, senhor Herrera. É uma honra para o Holman que nos tenha como primeira opção
para sua próxima exposição.
Bem, tinha conseguido balbuciar duas frases completas. Separei meus dedos dos seus e lutei
contra a esmagadora necessidade de engatinhar pela mesa de conferência e subir em seu colo.
Sentei.
Aproveitei o instante no qual Milton saudava Alfonso para recuperar o controle. Meus
pensamentos foram dispersos por uma luxúria pura e sem controle.
— Estou aqui por você, senhorita Puente. Sua reputação a precede.
Notei o calor subindo por meu rosto, e isso me incomodou. O rubor não formava parte da
imagem de mulher moderna e inteligente que demorei mais de dois anos em desenvolver. A
terapia, as aulas de autodefesa e a determinação ajudaram-me a forjar um lugar no mundo
onde me sentia segura e sob controle.
De novo sentada observei como Alfonso Herrera escolhia a cadeira que estava justamente
frente a mim. Era alto, ao menos, de um metro noventa, e tinha a elegância de um enorme
leopardo. Sentou e concentrou em mim como se eu fosse a única pessoa na sala. Era o tipo de
atenção masculina que desfrutei no passado, mas agora fazia que me sentisse incômoda. Deus,
aquele homem era de tirar o fôlego.