Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA

Depois de comer quatro fatias de torrada francesa, encontrei mais uma vez ante a poltrona.
Girei para o Poncho.
— Onde me quer?
— As possíveis respostas a essa pergunta te deixariam atônita. — Assinalou a poltrona. — Nua.
Desabotoei os botões a frente do meu vestido e o deixei cair pelos ombros. Levei-o até o
biombo, atirei-o por cima, tirei os sapatos. Girei e coloquei os dedos na pequena calcinha de
algodão que ainda levava.
— Deixe isso posto.
Tentei não cobrir os peitos enquanto voltava para a poltrona, embora morresse de vontade.
Por que eu ainda estava tão nervosa? Aquele homem já tinha visto tudo que eu tinha. Além
disso, havia me tocado do modo mais íntimo possível, inclusive, embora as carícias tivessem
sido fugaz.
Sentei na poltrona e olhei o alabastro. Agora tinha uma forma diferente, e uma base definida e
quase quadrada. A parte que finalmente seria eu, já tinha um pouco de forma.
— Sobe as pernas como fez da ultima vez. — Agachou frente a mim enquanto fazia o que tinha
me pedido. — Bem, agora abrace os joelhos como da última vez.
— Por que assim?
— Sua modéstia é sedutora e sincera. — Apartou o cabelo dos ombros e levantou meu queixo
ligeiramente. — Fique assim. Quando precisar descansar me avise.
- Tudo bem.
Vi como colocava óculos de segurança e se preparava para trabalhar. Concentrou e, depois de
um momento, era como se eu nem sequer estivesse ali. A arte tinha estado sempre presente
em minha vida, conhecia mais artistas que a qualquer outro tipo de gente. Mesmo assim,
observá-lo trabalhar era uma experiência única para mim. Era a primeira vez que via um artista
trabalhando.
Deteve-se e me olhou.
— Tire a calcinha.
Ruborizei e baixei as pernas. Sem deixar de olhá-lo, levantei da poltrona.
— Por quê?
Voltou a colocar os óculos de segurança e me olhou enquanto fazia o que tinha pedido. Segui
olhando-o, porque não tinha respondido a minha pergunta, voltei para a poltrona e subi as
pernas. Sentia a diferença, minha recém adquirida vulnerabilidade. Olhei para onde estava
Poncho e vi como assentia. Ruborizada, coloquei os braços ao redor de minhas pernas
enquanto ele se posicionava.
— Me conte sua primeira experiência sexual.
Suas palavras me surpreenderam um pouco, e obrigaram a corresponder seu olhar, com a
boca seca.
— Melhor não.
Poncho estalou a língua.
— Conta-me de todos os modos.
Neguei-me a olhá-lo aos olhos.
— Tinha dezesseis anos.
— Não foi uma boa experiência, suponho. — Não me olhou enquanto falava. — Fale então de
seu primeiro amante real.
Meus pensamentos vagaram até o jovem que tinha conhecido na universidade.
— Foi na universidade. Fomos amigos até a noite em que nos metemos na cama juntos. Fomos
amantes até que ele se graduou.
— Desfrutava com ele?
— Sim. — O tinha feito. Tinha muito boas lembranças do Brian. — Tinha boas mãos e
esforçava muito na cama. Foi o primeiro homem cujo prazer me interessou. Ensinou-me
muitas coisas sobre como ser uma boa amante.
— Tem algum amante agora, Anahí?
— Agora não. — A pergunta me surpreendeu. Irritava-me, além disso, ter respondido tão
rapidamente.
— Por quê?
Olhei-o fixamente.
— Isso não é da sua conta.