Fanfics Brasil - 86 Dispa-se Para Mim (FINALIZADA)

Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA


Capítulo: 86

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Agradecida por ter tido tempo para limpar o banheiro, cai de joelhos. Estava tremendo pelo
medo e a raiva. Odiava o medo, a debilidade que suportava. Não tinha me mantido firme ante
ele? Começava a ter náuseas. Sentada no chão, evitei a necessidade de me balançar. Aonde
tinham ido minha valentia e minha resolução?
Passaram alguns minutos antes de escutar um alvoroço no corredor, e assumi que Poncho
estava tirando Jeff do edifício. Levantei quando alguém chamou com os nódulos à porta do
banheiro.
— O que?
Era Poncho.
— Anahí, eu não gosto de estar do outro lado de uma porta fechada.
Aproximei da porta, e tirei o fecho.
Alfonso abriu a porta e me olhou.
— Está bem?
Encolhi de ombros e deixei o taco de beisebol contra o balcão.
— Quis machucá-lo?
— Coloquei-o no táxi.
— Isso não é o que te pedi.
— Sei.
— Maldição, Poncho!
— Não se zangue comigo, Anahí. — Assinalou com o dedo. — Que demônios, pensava abrindo
a porta sem olhar quem estava do outro lado?
— Não grite! Sou uma mulher adulta, e não necessito um sermão! — E dava um salto para
enfatizar minha postura.
Olhou-me de cima abaixo e se aproximou de mim. Estava zangada, mas o desejava. Apertou-me
com força contra ele, e passou uma mão pelo cabelo.
— Deu-lhe uma boa surra.
— Sim. — Sussurrei, enrolando meus dedos na sua camisa.
— Fez-te mal?
— Não. Somente gritou.
Poncho me tirou do banheiro e levou pelo corredor até a sala. Sentou-me no sofá e voltou com
a taça de vinho que tinha abandonado na entrada. Aceitei-a e dei um comprido trago. Sentou
na mesinha de café em frente a mim. Deixei de beber, e o olhei.
— Tira o traseiro de minha mesa de café. Acabam de me envernizar isso.
— Se cale, Anahí, e termine o vinho.
Terminei o vinho de um só gole, e lhe estendi a taça.
— Não tem que me mimar. Estou bem.
— Acaba de dar uma surra num homem no seu quarto com um taco de beisebol, e está bem?
Encolhi de ombros.
— Oxalá lhe tivesse quebrado um par de ossos.
— Maldição, Anahí, me mata. — Levantou da mesa e se afastou. — Seria agradável que
atuasse como uma mulher normal ao menos durante vinte minutos. Já sabe, chora e te assuste
para que eu possa ser o homem.
Encostei no sofá.
— Não sentiu como um homem enquanto ajudava Jeff a entrar no táxi?
Olhou o chão e se encolheu de ombros.
— Isso não é o mesmo.
— Danificou-o permanentemente?
Poncho encolheu de ombros e me olhou.
— É possível que não possa ser pai no futuro.
Esfreguei a cara e neguei com a cabeça.
— Todos os homens são iguais?
— Esse tipo te estuprou. — Suas palavras saíram através de seus dentes apertados.
Estremeci ante seu tom de voz.
— Sim, fez.
— E o teria feito outra vez esta noite. — Olhou ao redor, e suspirou. — Passou dois anos
construindo uma vida em que se sentia segura, e então ele aparece.
— E a rompe em pedaços. — Admiti em voz baixa. — Ele não importa, Poncho. Não importa
quanto tenha influenciado no passado, agora não. Foi errado o que me fez, e essa traição
ficará comigo toda a vida, mas é parte do passado. Foi errado não apresentar queixa contra ele
quando ocorreu. Há uma parte de mim que me diz que sou a culpada. Preocupa-me a próxima
mulher que cruze e lhe faça sentir-se inferior. Eu gostaria de tatuar a palavra estuprador na
testa para que nenhuma mulher nunca voltasse a confiar nele.
— Ainda poderia levá-lo a julgamento pelo que te fez.
— Sim.
— Mas não o fará.
— Não.
— Por quê? — Perguntou Poncho com voz tão baixa que durante um minuto não me dava
conta de que tinha falado.
— Porque isso não proporcionaria justiça. Poderia desfrutar do que me fez, ou posso seguir
adiante. Isto pode soar covarde. Inferno, inclusive pode ser moralmente censurável.
— O que te faria justiça, Anahí?
— Não sei.
— Então, por que não o denuncia à polícia, e dá esse passo?
— Já deixei Nova Iorque para trás. — Levantei do sofá e caminhei até o extremo oposto da
habitação. — Se o etiquetasse como estuprador, estaria dizendo ao mundo inteiro que eu fui
sua vítima.
— E não pode fazer isso?
— Não, a menos que minha vida dependa disso.
As palavras caíram com dureza entre nós. Olhei-o nos olhos e vi que estava furioso. Sabia que
não estava zangado comigo, a não ser com uma situação que nunca seria capaz de controlar.



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Autor(a): Lari AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 95



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  • franmarmentini Postado em 01/07/2014 - 11:01:58

    amei essa fic* principalmente pela mensagem que foi passada por ela ;)

  • franmarmentini Postado em 01/07/2014 - 10:46:43

    *-*

  • ligia Postado em 29/06/2014 - 23:50:23

    Que pena que acabou!!!

  • ligia Postado em 27/06/2014 - 18:40:44

    Que ótimo que a Any resolveu denunciar este crápula do Jeff, fiquei super feliz com a atitude dela.

  • franmarmentini Postado em 27/06/2014 - 16:45:08

    AVISO: vou ficar uns dias sem poder ler as fics* ;( pq amanhã e domingo vou ficar o dia todo fora de casa....e semana que vem vão vir mudar a minha internet vão desligar e instalar outra....pq tá com problema...então se eu não comentar é pq infelizmente ainda não li mesmo pq to sem net na minha casa...mas assim que der tudo certo volto LENDO E COMENTANDO :) bjus

  • franmarmentini Postado em 27/06/2014 - 09:33:46

    nossa fiquei super feliz agora...any tomou atitude...ele tem que pagar pra não fazer isso com outras mulheres...mostrooooooooooo

  • franmarmentini Postado em 20/06/2014 - 15:42:53

    que bom que eles se entenderam....tomara que esse idiota estuprador ainda pague de um jeito ou de outro...cara abusado e safado afffffffffff

  • franmarmentini Postado em 20/06/2014 - 15:18:04

    DESCULPE A DEMORA PRA MIM COMENTAR EU FIQUEI DOENTE E TODAS AS MINHAS FICS* ESTÃO ATRASADAS PRA MIM LER...

  • ligia Postado em 08/06/2014 - 13:31:36

    Ainda bem que o Poncho chegou, Any devia denunciar esse infeliz do Jeff.

  • franmarmentini Postado em 05/06/2014 - 20:58:56

    graças a deus poncho chegou...mas porque maldição a any não o entrega a polícia meu deus!!!!!!!!!!


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