Fanfic: Dispa-se Para Mim (FINALIZADA) | Tema: AyA

Caminhei ao redor do alabastro, e puxei o lençol. Surpreendida, só pude seguir olhando. Tinha
terminado. A estátua brilhava pela cera. Rocei a suave superfície de meu rosto, e então dei a
volta para ver as costas. Como fariam a maior parte das mulheres, comprovei o que era visível
da minha bunda na estátua, e me senti aliviada porque não parecia muito grande.
— O que acha?
— Nunca imaginei que estaria tão nua. — Respondi, honestamente, caminhando ao redor para
ver meu rosto. — É realmente o que vê quando me olha?
— Sim, vejo uma incrível e poderosa mulher. — Aproximou de mim e me atraiu entre seus
braços. — Aprendi algo sobre você, Anahí.
— O que?
— Despir você não tinha nada haver com fazer que tirasse a roupa. — Beijou minha testa e
suspirou. — Entretanto, o bronze será a peça número vinte e três da exposição na Holman.
Ninguém chegará a te ver tão nua, exceto eu.
Ri e olhei à mulher no brilhante alabastro.
— Nunca estive mais nua.
Abraçou-me com mais força.
— Como foram as coisas com a Lesley?
— Boa. — Minhas sessões de terapia não eram algo que gostasse de falar, mas Poncho aceitava
com elegância essa parte privada de mim. A falta de pressão e sua completa aceitação de meu
mundo sempre eram uma fonte de surpresa.
Olhei a estátua de novo e me senti desolada por sua honestidade. Cada sentimento que tinha
estava ali refletido, cada vitória e cada tragédia, nuas ante o mundo. Não me sentia invadida,
embora supunha que muita gente haveria se sentido assim. Sentia-me liberada, livre de todas
as coisas que retive durante mais tempo do que podia recordar. Entretanto, ali não só estava
meu passado: meu futuro também estava aí. Minha esperança, e o amor que nunca expressei
a Alfonso, estavam em meu rosto.
— Tudo é verdade. — Disse, finalmente.
— Sei.
Qualquer outra pessoa diria as palavras, eu não o fiz. Ele parecia havê-las visto em mim antes
que houvesse sequer tentado fazê-lo. Guardaria essas palavras, ao menos um pouco mais.
Suas mãos acariciaram minhas costas e meteram sob minha camisa.
— Acreditava que era óbvio. — Cuidadosamente, tirou totalmente minha camiseta de minhas
calças. — Não arruíne minha fantasia. Se não puder contribuir com ela, cale-se.
Ri. Que devolvessem minhas próprias palavras normalmente enchia o saco. Fechei meus dedos
sobre a frente de suas calças, e aproximei dele.
— Posso fazer contribuições que a maioria dos mortais nunca viu.
— Esses tipos de contribuições serão bem recompensados. — Prometeu enquanto, suaves
mãos firmemente guiavam-me até sua poltrona favorita.
Deus! Adorava essa poltrona vermelha.

FIM

Bem queridas leitoras, infelizmente essa maravilhosa web acabou, obrigada a todos vcs pela paciência, por acompanhar a web até o final, obrigada pelos comentários, obrigada por tudo. Beijos