Fanfics Brasil - Pré-Estréia Assassinato Misterioso

Fanfic: Assassinato Misterioso | Tema: Assasinato


Capítulo: Pré-Estréia

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Oito horas, toda a família reunida na mesa de jantar, menos a avó por conta de alguns problemas no encanamento de sua casa, a comida cheirava muito bem, tinha lasanha, pães frescos, manteiga e frutas, era muito bom ter a companhia dos seus tios e primos naquela noite, principalmente porque Francine estava completando 10 anos de idade.

– Francine! Já está pronta? Estamos te esperando! – Ela ouviu sua mãe gritar animada.

Desceu as escadas, sorridente, pois usava seu vestido vermelho com detalhes brancos, ela simplesmente o adorava, e sua mãe tinha comprado justamente para essa ocasião, recebeu os elogios da família, pois ela realmente estava linda, e talvez esse fosse, o melhor aniversário da sua vida até agora. Todos os adultos sentaram em suas cadeiras, e as crianças, na pequena mesa que Francine havia ganhado no aniversário de 9 anos, sua mãe os serviu. Quando todos já estavam cheios com a deliciosa comida, os adultos sentaram à frente da TV para conversar e se divertir com as piadas do seu tio Chad, as crianças estavam sentadas no chão, brincando com os jogos educativos que Francine tinha.

– Já sei, vamos brincar de esconde-esconde! – Disse Amanda, a prima de 11 anos de Francine.

– Vamos! Vamos! – Respondeu Oliver, o primo elétrico de 9 anos.

As crianças subiram enquanto o tio Chad, contava a piada do Carneiro azul, Francine adorava essa. Amanda estava contando até 50, errou algumas vezes, mas isso não importou, pois todos já estavam escondidos, Oliver, dentro do banheiro, Josh, no quarto dos pais dela, Victoria, atrás da poltrona onde o pai de Francine estava sentado e ela, dentro do seu armário no quarto.

Passaram-se alguns minutos, até que a mãe dela entrou no quarto desesperada, à procura da filha. Francine, porém, achou que isso seria parte da brincadeira, até perceber que sua mãe não estava brincando, ela estava com muito medo, ouviu a chave da fechadura rodar, o silêncio dominou o quarto por alguns segundos, Francine olhou pelas brechas do seu armário, sua mãe estava lá, ela estava prestes a soltar um suspiro de alívio, quando foi interrompida pelo grande barulho da porta.

– Por favor! Me desculpe! – Disse a mãe aos prantos.

E essas foram as últimas palavras dela, antes que o grande homem com uma roupa preta e máscara assustadora a acertasse com uma faca de cozinha enorme, o grito de horror de Francine quase escapou de sua boca, seu choro desesperado foi interrompido pelo grito de Amanda, provavelmente ao encontrar seu pai morto no chão da sala, o grande homem saiu do quarto e em poucos segundos, tudo ficou em silêncio e tudo o que Francine conseguia se lembrar, era da tatuagem que vira no braço do homem antes dele esfaquear e tirar os olhos de sua mãe, um coração, em preto e branco, amarrado à um arame esfarpado. Ela sentiu uma tontura, seus olhos ardiam e lentamente se fechavam, de repente, tudo escureceu.

Ao acordar, Francine, com uma esperança de que tudo não passasse de um horrível pesadelo, abriu lentamente a porta do armário, esperando não encontrar o corpo de sua mãe sem vida, porém, foi real, foi tudo real, lá estava o corpo sem olhos de sua mãe, deitado sobre o tapete rosa que ela havia implorado para sua mãe comprar quando viajaram até San Diego, todo ensanguentado, Francine passou pela porta dos quartos, chorando, com os olhos fechados para não ver novamente aquela triste cena, andou até o banheiro, na esperança de que Oliver ainda estivesse brincando, mas tudo o que encontrou foi o corpo de sem vida e sem olhos do primo, ao sair do banheiro, Josh, deitado sobre a cama dos seus pais, não conseguiu chegar mais perto, mas estava perto o suficiente para perceber que seus olhos haviam sido brutalmente arrancados, continuou a andar pelo corredor escuro, encostada na parede, lutando para não vomitar ali mesmo, mas ao descer as escadas e encontrar na sala de estar, o restante dos corpos sem olhos dos seus tios e de Victoria, sua única prima próxima, ela desabou no chão aos prantos, gritando alto, desesperada, tocou o rosto de seu pai, seus olhos estavam embaçados pelas lágrimas que caiam lentamente, quando ouviu sirenes, que ficavam mais altas a cada segundo, elas pararam em alguns segundos e Francine viu três homens fardados entrar pela porta da frente com armas em punho, eles pareciam falar alguma coisa, mas ela estava muito entorpecida para entender, então, sentiu novamente uma tontura e já sabia o que vinha depois, a escuridão.

– Garota, você está bem? – Ouviu alguém dizer, olhando fixamente em seus olhos.

– Por favor, você precisa me contar o que aconteceu – Era um médico.

Um médico. Francine estremeceu por dentro, ela não queria aceitar, mas sabia muito bem porque estava ali, tentou gritar desesperada por sua mãe, mas nenhum som saiu de sua boca, seus olhos estavam fixos na parede branca, especificamente em um desenho na parede, uma família feliz, aparentemente desenhado por uma criança.

O médico voltou a fazer perguntas, esperando respostas da parte dela, mas não conseguiu sucesso, ele levantou-se, andou de um lado para o outro e depois saiu do quarto.

Francine virou o rosto em direção à janela, com um olhar esperançoso, observou dois pássaros sumindo no horizonte, talvez houvesse algum sobrevivente, talvez a esperança ainda estivesse viva dentro daquele pequeno coração machucado.

– Gosta de torta de morango? – Disse o médico sorrindo, ela não percebeu que ele já tinha voltado.

Francine balançou a cabeça afirmando, e então o médico a entregou um pequeno prato com uma fatia de uma bela torta, ela comeu aos poucos, ainda desconfiada da atitude do doce médico. Ao terminar de comer a deliciosa torta, o médico – Dr. Holbrook, conseguiu ver o nome no seu jaleco – segurou sua mão e suspirando, disse:

– O que aconteceu, Francine?

– Não... Sei... – Disse ela olhando para o médico, com uma voz muito fraca e dolorosa

– Eu só estava brincando e... – Ela não precisou completar a frase, ele entendeu.

– Olha, eu vou conseguir te tirar dessa, tá? – Ele disse, tentando acalmar as coisas

Por um momento, tudo ficou em silêncio, Francine percebeu o olhar triste do médico, ela baixou a cabeça e então o médico a ouviu perguntar:

– Por favor, chame minha mãe – Disse ela, calmamente

– O que? Francine, sua mãe não está aqui – Ele disse, tentando entender o que ela acabara de dizer

– Eu quero falar com minha mãe! – Ela ficou exaltada e começou a gritar

– Acalme-se! – Ele disse

Então viu dois homens de branco entrando no quarto e a seguraram, ela percebeu uma picada no seu braço e então sentiu a tontura, denovo.

Quando acordou, estava dentro de um carro, parecia um furgão, sentiu ele parar e então os mesmos dois homens do hospital a levaram em uma cadeira de rodas, para um grande prédio branco, ela estava entorpecida por conta do sedativo, mas estava consciente o suficiente para ler a grande placa de pedra na frente do prédio, St. Louis Sanatorium.


 


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Autor(a): gabriela_tavares

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