Fanfic: Casada com um estranho - ( Vondy e um pouquinho de Ponny) | Tema: Vondy

Christopher leu o jornal durante o desjejum, tentando ignorar a ansiedade. Dentro de alguns minutos, voltaria a circular pela cidade. Seria visto e toda a sociedade saberia que ele retornara. Ao longo dos próximos dias, receberia muitas visitas e teria que decidir quais amizades retomar e quais poderiam permanecer no passado.

— Bom dia, milorde.

Ao som da voz de Dulce, ele se levantou rapidamente. O coração bateu mais forte. Ela estava deslumbrante de vestido azul-claro decotado e de cintura alta debruada com cetim azul-escuro. Só depois que ele retribuiu o cumprimento, Dulce,  er­gueu os olhos e forçou um sorriso.

Estava visivelmente nervosa e, pela primeira vez, Christopher não a via tão confiante. Fitou-o por um longo momento, e então, sentou-se ao lado dele.

— Chris.

— Sim?

Após uma breve hesitação, ela foi direto ao assunto.

— Você precisa de uma amante.

Christopher piscou e deixou-se cair na cadeira.

— Uma amante?

Mordiscando o lábio, Dulce assentiu.

— Sim, e acredito que você não terá a menor dificuldade para conquistar uma.

— Realmente não terei — ele respondeu devagar. — Com roupas apropriadas e voltando a freqüentar a sociedade, darei conta da tarefa. — Levantou-se novamente. Não podia falar desse assunto com ela. — Vamos, então?

— Está com pressa?

Ela riu, e Christopher apertou os dentes. O frisson que sentira ao vê-la entrar na sala evaporou. Aquela era a Dulce de antes. A mulher que esperava que ele arrumasse uma amante, deixan­do-a em paz.

— Você fez seu desjejum no quarto, não? — Ele respirou fundo.

Como sobreviveria a uma tarde com ela? E a próxima sema­na, ou mês? Ou — maldição! — anos, como costumavam durar os romances dela?

— Sim. — Dulce levantou-se. — Podemos ir. Não pretendo retardar a descoberta de sua nova amante.

Christopher seguiu-a a uma certa distância, tentando não pensar nos sentimentos que Dulce lhe despertava. Infelizmente, po­rém, não pôde evitar de notar a suave ginga dos quadris en­quanto ela andava.

Na charrete sentiu-se um pouco melhor. A capota abaixada ajudou a dissipar o perfume de flores exóticas. E o passeio pela Bond Street foi melhor ainda, mais do que ele imaginara, pois, distraído com as compras, não tinha tempo para pensar no crescente desejo pela esposa.

Dulce caminhava ao lado dele, conversando, descontraída, com o lindo rosto meio encoberto pela aba do chapéu.

— Isso é ridículo, Candy! — ele resmungou a um comentário dela. — Até parece que levantei do túmulo!

— De certa maneira, foi o que aconteceu. Você foi embora repentinamente, sem dizer nada e, durante quatro anos, não se comunicou com ninguém. Mas acredito que as mulheres esta­rão mais interessadas na sua aparência do que em saber como você viveu esse tempo todo.

— Minha pele está queimada de sol.

— Está. Eu gosto assim. Elas também gostarão. E você precisa de uma mulher, Chris. — Antes que ele tivesse tempo de res­ponder, Dulce parou diante de uma alfaiataria. — Chegamos. Era aqui que você mandava confeccionar suas roupas, não era?

Christopher deu uma olhada na vitrine e confirmou.

— Era, sim.

Entraram e, imediatamente, foram conduzidos à sala de pro­vas. Um vendedor ajudou-o a desvestir as roupas antigas que, por ordem de Dulce, foram descartadas. Christopher ficou ali, só de cueca, e riu. Até ela se voltar para olhá-lo. A intensidade do olhar da esposa interrompeu o acesso de riso.

— Meu Deus! — Dulce murmurou, andando ao redor dele. Com a ponta dos dedos, apalpou o abdômen rígido.

Christopher reprimiu um gemido. O provador estava impregna­do com o perfume dela que ainda o tocava intimamente! O alfaiate entrou e não escondeu a surpresa.

— Acredito que terei que tirar novas medidas, milorde. Dulce enrubesceu e afastou-se rapidamente. O alfaiate co­meçou a trabalhar, e ela saiu da sala de provas.

Tentava distrair-se selecionando outras peças do novo guar­da-roupa do marido, mas a imagem de Crhis só de cueca ator­mentava-a.

Ele estava no auge da vida, conservando a força e o poder da juventude, enquanto acrescentava a maturidade adquirida com as dificuldades e a idade. Ele era todo músculos e, depois de ter sido abraçada na noite anterior, admitia que o marido sabia como exercer muito bem esse poder.

Honestamente, Chris. Você é jovem demais para mim.

Por que ela não trilhara o caminho certo? Olhando para o marido, vendo todo o seu vigor e vitalidade, Isabel reconheceu o erro de unir-se a ele.

Chris precisava de uma amante para dedicar-lhe tempo e atenção. Um homem da idade dele tinha o desejo à flor da pele. Ela era conveniente e atraente, por isso ele a desejava. Era a única mulher que conhecia, em sua volta à civilização. Mas ne­nhum homem iria querer ter um caso com a própria esposa.

Dulce soltou um suspiro exasperado. Por que se casara de novo? Ela se comprometera justamente para evitar compromis­sos, e aonde aquela tolice a levara?

Homens como Chris não eram constantes. Aprendera a lição com Espinosa. O belo conde precisava de uma esposa, e sentia-se atraído por ela. Uma combinação perfeita, na mente dele. Po­rém, assim, que a paixão terminara, ele se mudara para outro quarto, ignorando completamente o grande amor que ela lhe devotava. Christopher faria a mesma coisa. Realmente ele parecia mais melancólico, mais responsável do que na época do casa­mento... mas sua idade era inegável...

Dulce suportaria ouvir rumores das proezas sexuais dele, e insinuações ao fato de ser velha demais para satisfazê-lo e para dar-lhe um herdeiro, desde que o acordo fosse cumprido. Era fiel aos amantes, e esperava a mesma lealdade deles, enquanto durasse o romance. Affairs sempre tinham fim, mas casamentos duravam até a morte.

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rafinhavondy: Obrigado por favoritar *-*

vivi_vondy: Obrigado por favoritar =)

bola: Obrigado por favoritar ")

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 Por hj é isso trutas. Juizo nas cabeçinhas einh ... Bjinho na testa!!   Dokka ----*