Fanfic: Casada com um estranho - ( Vondy e um pouquinho de Ponny) | Tema: Vondy

Na cama, Dulce tentava ler, mas nada a distraía. Passava das dez horas da noite. Chris não voltara para o jantar que ele mesmo solicitara. Não lhe daria outra chance. Cancelara os compromis­sos daquela noite para atender a um pedido dele e, no entanto, Chris não tivera a delicadeza de voltar para casa.

Na verdade, acontecera exatamente o que ela queria: que ele encontrasse prazer fora de casa. Talvez nem houvesse necessidade de planejar um jantar para aproximá-lo de alguma mulher. Enfim, seria um alívio. Poderia esquecer os planos e direcionar sua aten­ção apenas em viver sua vida como antes do retomo do marido.

Alertou-se ao ouvir um ruído vindo do quarto de vestir. Cer­tamente não era ansiedade o que sentiu ao colocar o livro de lado. Estava simplesmente investigando. Qualquer pessoa agi­ria assim se ouvisse barulhos estranhos em seus aposentos.

Levantou-se e foi para o quarto de vestir. Abriu a porta e deparou-se com Christopher.

— Boa noite, Candy. — Ele sem paletó, sem gravatas, as mangas da camisa arregaçadas e descalço. E com o cabelo úmido do banho recente.

Devastador!

— O que você quer? — indagou rispidamente, aborrecida por ele se apresentar naqueles trajes.

Christopher ergueu uma sobrancelha e exibiu uma cesta de vime.

— Jantar. Você prometeu. Não pode desistir agora.

Dulce recuou para ele entrar, e tentou esconder o rubor.

— Você faltou ao jantar.

— Pensei que você não ia me querer. — O duplo sentido da frase era óbvio. Ele entrou e o quarto encheu-se com seu perfu­me. — Porém, o jantar está garantido.

— Você só busca o que está garantido?

— Claro que não, ou não estaria aqui. — Chris sentou no chão e abriu a cesta. — Você não vai me espantar com o seu mau humor, Candy. Esperei o dia inteiro por este jantar e pretendo sa­boreá-lo. Se não tiver nada de agradável para me dizer, experi­mente um destes sanduíches e apenas me deixe admirá-la.

Dulce fitou-o em silêncio e Christopher deu-lhe uma piscada. Ela abaixou por pura gentileza. O restante foi por conta dos joe­lhos trêmulos.

— Você fica muito bem de cetim rosa — ele observou oferecendo-lhe um copo de vinho.

— Pensei que você tivesse desistido do jantar. Por isso, tro­quei de roupa.

— Não se preocupe, Candy. Nunca tive a ilusão de que você se embelezava para mim.

— Cínico! Onde você esteve?

— Você nunca me perguntou antes.

Realmente, ela nunca se preocupara, mas não poderia con­firmar em voz alta.

— Você sempre se antecipava. Agora não conta nada.

— Remington`s.

— O dia todo?

Chris assentiu com um gesto de cabeça, e Dulce bebeu um gole de vinho.

— Oh! — Remington`s com suas cortesãs era um paraíso das iniquidades masculinas. — Você se divertiu?

— Não está com fome? — ele quis saber, ignorando a per­gunta.

Dulce bebeu boa parte do vinho. Chris riu e o som da risada inebriou-a.

— Você se divertiu? — tornou a perguntar.

— Sim, claro.

Chris se banhara e trocara de roupa. Intimamente, Dulce agradeceu por ele não tê-la procurado cheirando a sexo e per­fume, como Espinosa fizera em diversas ocasiões. Seu estômago se contorceu só de lembrar, embora a imagem que ocupava sua mente fosse de Christopher e não de Espinosa.

Levantando-se foi até a chaise. Deitou-se de costas observan­do a tenda.

— Não, não estou com fome.

Um momento depois, estava inundada com o perfume de Chris — linho engomado e sabonete de sândalo. Ele se sentara no chão, ao lado dela.

— O que posso fazer? — Chris perguntou, pegando-lhe a mão. — Incomoda-me saber que minha presença a irrita, mas não posso ficar longe de você, Candy. Não me peça isso.

— E se eu pedir? — Os dedos calejados acariciavam-lhe a palma da mão, provocando um arrepio pelo corpo.

— Não poderei atendê-la, milady.

— Mesmo depois dos divertimentos desta noite?

Christopher riu.

— Eu poderia ser um bom marido tranqüilizando-a, mas o pouco do patife que ainda há em mim me obriga a deixá-la sofrer um pouco, como eu estou sofrendo.

— Homens como você nunca sofrem, Chris.

— Há homens como eu? Que tristeza!

— Viu como nosso relacionamento muda quando você troca o papel de amigo para o de marido? — ela observou. — Men­tiras, evasivas, palavras não ditas. Por que você quer que viva­mos dessa maneira?

Chris passou a mão no cabelo e desviou o olhar.

— Pode me responder, Chris? Por favor, ajude-me a entender o motivo de querer estragar nossa amizade.

Os olhos dele se anuviaram com a mesma melancolia que o envolvera no dia anterior. Dulce emocionou-se.

— Por Deus, Candy! — Ele encostou a face na perna de Dulce, o cabelo escuro umedecendo o cetim. — Não sei discutir isso. Soa como um sentimentalismo forçado.

— Tente.

Christopher fitou-a com olhar triste e pensativo. Os dedos que lhe acariciavam a palma da mão, entrelaçaram-se com os dela. A simples intimidade era como uma agressão física. Por um mo­mento, Dulce teve dificuldade para respirar.

— Depois da morte de Emily, eu me desprezei, Candy. Você não imagina como fui injusto com ela. Muitas vezes e de muitas maneiras. Ela não merecia ter sofrido por um homem como eu. Demorei muito para admitir meu egoísmo e meu erro. E demo­rei mais ainda para perceber que eu não poderia mudar o pas­sado, mas poderia honrá-la mudando o homem que eu seria no futuro.

Dulce apertou a mão de Christopher num afago. Foi quando ela percebeu a aliança de casamento no dedo dele. Ele nunca a usara antes! A descoberta fez seu coração pulsar mais forte.

Chris aninhou o rosto no robe de cetim, fazendo Dulce estremecer. Interpretando a reação da esposa como contrariedade e no desejo, ele se afastou.

— Foi horrível. Desculpe.

— Não... Continue, por favor. Quero ouvir tudo.

— A tentativa de mudar o caráter de alguém é uma tarefa árdua. Passei todos estes anos sem encontrar motivos para sorrir Ou festejar. Até que você entrou no escritório, ontem. Naquele momento, eu a vi e senti um impacto. — Ele levantou as mãos de ambos unidas, e beijou os dedos delicados de Dulce. — Mais tarde, neste quarto, eu sorri. E foi bom, Candy. O impacto transfor­mou-se em algo mais. Algo que eu não sentia havia anos.

— Apetite sexual — ela murmurou. Conhecia muito bem o sentimento que a estava consumindo.

— Senti desejo pela vida, Dulce. E isso é por conhecê-la ape­nas na aparência. Sonho em saber como seria depois de conhe­cê-la por dentro. Completamente. — A voz soou mais grave e enrouquecida, nos olhos já não havia o tormento que os anu­viara. — Não só seu corpo, Dulce, mas seus pensamentos, seus sentimentos, sua alma...

— Chris...

Christopher beijou-lhe a coxa, os lábios quentes roçando o tecido da camisola. Tensa, Dulce o empurrou, embora ansiasse por mais.

— Depois de saciar seu apetite, o que acontecerá conosco? Jamais voltaremos a ser como éramos antes.

— Como assim, Candy?

— Quando esse seu... entusiasmo passar, nossa convivência se tornará impossível. — Ela se levantou e começou a andar pelo quarto. — Ficaremos definitivamente distantes um do ou­tro. Eu terei que morar em outra propriedade. Comparecermos aos mesmos eventos sociais será extremamente constrangedor.

Christopher levantou-se e seguiu-a com o olhar. Um olhar elo­qüente pela intensidade.

— Você vê seus ex-amantes todos os dias. Todos são muito sociáveis com você, e você com eles. Qual a diferença?

— Eu não olho para eles todas as manhãs no desjejum. Não são meus amantes que controlam as minhas contas e nem cui­dam do meu bem-estar. Eles não usam a minha aliança! — Ca­lou-se e fechou os olhos, meneando a cabeça num lamento por ter falado demais.

— Dulce...

Ela olhou para o retrato na parede. Um deus loiro encarando-a, preso para sempre ao seu apogeu.

— Encontraremos uma amante para você, Chris. Sexo é sexo, outra mulher causará menos confusão.

Christopher aproximou-se e abraçou-a por trás. Com um dos bra­ços, enlaçou-a pela cintura; com o outro, apossou-se do seio atrevidamente.

Dulce soltou um grito, e ele enterrou o rosto na curva de seu pescoço. O corpo viril, quente e rígido colado ao seu, provocou-lhe uma sensação nova e indescritível.

— Não preciso de sua ajuda para encontrar sexo. Preciso de você, Candy. — Chris beijou a pele macia do pescoço e apertou-a contra si. — Quero confusão. E suor e delírio. Oh, Deus, per­doe-me por querer isso de minha própria esposa.

Dulce ficou em brasas ao sentir o membro intumescido late­jando contra seu ventre.

— Não!

— Posso ser gentil, Candy. Posso amá-la também. — Com as pontas dos dedos começou a brincar com o mamilo.

Ela estremeceu nos braços do marido, a excitação entre as pernas tornou-se quase insuportável.

— Não... — sussurrou, desejando-o com todas as forças de seu ser.

— Veja a aliança no meu dedo, querida. Você sabe que sou seu. Sou diferente dos outros homens — disse Chris, contornan­do as curvas da orelha de Dulce com a ponta da língua. — De­seje-me, Candy. Como eu a desejo.

Assim dizendo, Christopher soltou-a abruptamente e saiu do quarto, deixando Dulce debatendo-se entre dois fogos. De um lado, a razão lhe dizia que um affair com Chris não duraria mui­to. Do outro, a emoção que não se importava se durasse ou não.

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Capitulos Dedicados á:Paloma Ferreira de Souza - a_leticia - sandrinha10 

Paloma Ferreira de Souza: Oh neguinha, ela ta com medo. Ela sofreu mto com Eslaviero, e axa q o Chris éh igual a ele. Na verdade ele era neh, mas mudou, e mudou mto. Mas diz aii, qual dos dois vc prefere, o Chris antigo ou o novo?? Obg por comentar gatinha!! *-*

a_leticia: Bem vinda querida!! Fico feliz que esteja gostando viu. Amanha se eu conseguir, eu posto 5 campitulos pra vc tah, aii vc vai ter muitos capitulos pra ler!! Rs`s Vlw por comentar =)

sandrinha10: Fico mto feliz que esteja gostando. Fico desanimada pq naum tem comentario, aii naum da pra saber se tem alguém lendo ou se vcs estão gostando, mas tamos aii neh. Obg por comentar *-*

Anna: Bem vinda!!

heloisauckermann: Bem vinda também!!

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 Por hj éh só, amanha se eu conseguir, eu posto uns 5 capitulos, pq a a_leticia tem q ler mtos capitulos, e eu como sou boazinha, vou atender esse desejo..  Juizo people .... Bjinhos na testa! Dokka ---*

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