Fanfic: Casada com um estranho - ( Vondy e um pouquinho de Ponny) | Tema: Vondy

Em seus aposentos, Dulce dispensou Mary assim que trocou o vestido pela camisola e o robe.

— Mas traga-me um pouco de vinho Madeira.

A sós, sentou-se na poltrona diante da lareira e pensou em Vilard. Não queria ser injusta e nem magoá-lo. Odiava-se por sentir-se tão confusa. Sua mãe costumava dizer que não havia monopólio no desejo, e a vida provara que era verdade. A duquesa não veria nada de errado em desejar dois homens ao mesmo tempo. Dulce, porém, nunca concordara com as teo­rias da mãe.

Uma leve batida na porta interrompeu-lhe os pensamentos. A criada equilibrava uma bandeja com a garrafa de vinho e o copo numa das mãos, e na outra, carregava algumas toalhas.

— Para quem são essas toalhas?

— Perdoe-me, milady. Edward pediu para o banho do sr. marquês.

Edward era o valete de Christopher. Já era madrugada. Seu ma­rido estava se banhando certamente para livrar-se do cheiro de suas peripécias carnais, enquanto ela estava sentada ali, re­moendo sua culpa. Furiosa, levantou-se e tirou as toalhas da mão de Mary.

— Vou cuidar disto.

A criada arregalou os olhos assustada.

Dulce atravessou o quarto e, sem bater, abriu a porta da sala de banho e entrou. Chris estava na banheira, a cabeça apoiada na borda, com os olhos fechados. Ele não se moveu e Dulce de­morou um momento contemplando o peito bronzeado e as per­nas compridas. Toda a beleza do marido estava visível através da água límpida, inclusive a impressionante masculinidade que ela sentira apenas brevemente. A imagem admirável excitou-a imediatamente, o que a enfureceu ainda mais. Bastou um olhar para Edward e o valete saiu apressado do quarto de banho.

— Dulce. — Chris abriu os olhos sem a preocupação de co­brir-se.

— Divertiu-se? — ela foi logo perguntando. Christopher ignorou a pergunta dando um sorriso.

— E você?

— Não, não me diverti e a culpa é sua.

— Eu tinha certeza de que você me culparia. — O silêncio cheio de palavras não ditas e desejos insatisfeitos pairou entre am­bos. — Você fez amor com ele, Candy? — Chris perguntou, por fim.

O olhar de Dulce percorreu o corpo submerso do marido.

— Fez? — ele repetiu.

— Vilard estava muito infeliz e abusou da bebida. — Enquanto você teve uma noite de prazer na cama de outra mulher. O pensamento enfureceu-a ainda mais. Atirou as toalhas no rosto dele e virou-se para sair. — Espero que você tenha feito amor por todos nós.

Num movimento rápido e inesperado, Chris saiu da banhei­ra e segurou-a pela cintura. Dulce se debateu, tentando desvencilhar-se.

— Pare! — ele ordenou.

— Solte-me!

— Oh! — Chris escorregou no chão molhado e caiu de joelhos, levando-a junto.

Dulce caiu por cima dele e Christopher abraçou-a, ensopando-lhe a camisola e o robe de cetim.

— Odeio você!

— Não, Candy, não é verdade — murmurou, prendendo-lhe os braços sobre a cabeça.

— Não consigo respirar.

Christopher deslizou para o lado, mantendo uma perna entre as dela e os braços no alto da cabeça.

— Desista, Chris. Você não tem o direito de me pressionar dessa maneira.

— Tenho todo o direito. Você fez amor com ele?

— Sim. — Virando a cabeça para olhá-lo, completou: — A noite inteira. De todas as formas imagináveis. Eu o suguei.

Os lábios de Chris apossaram-se dos de Dulce com tanta força que chegou a machucá-los. A língua a invadiu num ritmo bru­tal, possessivo. Segurou-a pelos pulsos com uma das mãos, e com a outra, levantou a camisola.

O sangue de Dulce ferveu, as batidas do coração descontro­laram-se. Ainda tentando desvencilhar-se, mordeu o lábio de Chris. Praguejando, ele jogou a cabeça para trás.

Dulce aproveitou o momento e escapou engatinhando.

— Dulce... — Ele esticou os braços e segurou-a pela barra da camisola, e a delicada pala de renda rompeu-se. Dulce ainda tentou correr para seu quarto, mas Christopher foi mais rápido. Pren­deu-a pelo calcanhar. Dominando-a, deitou-se sobre ela, pres­sionando sua perna entre as dela.

As lágrimas escorriam pelo rosto de Dulce.

— Você não pode fazer isso.

De novo, com uma das mãos, ele prendeu-lhe os braços no alto da cabeça. Com a outra, começou a acariciar as pernas bem torneadas até chegar ao centro da feminilidade.

— Você está toda molhada — ele murmurou, aprofundando as carícias. — Acalme-se. Não fiz amor com ninguém, Dulce.

— Mentiroso!

— Não posso negar que tentei, mas eu só queria você.

Ela meneou a cabeça, chorando baixinho.

— Não acredito em você.

— Acredita, sim. Você conhece muito bem o corpo de um homem. Eu não estaria tão desejoso de você se tivesse feito amor a noite inteira.

Os dedos atrevidos continuavam a acariciá-la intimamente. Dulce gemeu e arqueou o corpo. Mesmo assim, ainda protestou.

— Não, Chris.

— Você quer e eu também, Dulce. Não resista mais.

— Não.

— Quem está mentindo agora? — A mão que a acariciava, tocou-lhe o seio. — Quero você. — Posicionando-se, Chris pre­parou-se para penetrá-la. — Você está pronta para mim. Diga que me quer.

— Não quero.

Christopher penetrou-a e, instintivamente, Dulce moveu os quadris.

— Diga que você me quer, Dulce.

— Não quero. — Ela gemeu, aumentando os movimentos dos quadris, massageando-o dentro dela.

— Dulce... Pare, antes que eu perca o controle.

— Ah, você não se atreveria.

— Se você continuar, não conseguirei me conter.

Ela se aninhou no ombro de Chris.

— Você quer me engravidar.

— O quê? — Ele parou. — Que novidade é essa?

— Confesse. Você voltou para ter um herdeiro.

— Que absurdo! Mas como sei que você não acredita em mim, prometo não correr o risco. Não até você me querer também.

— Tem toda a razão. Não acredito em você.

— Você vai me deixar louco com sua teimosia. Pare de in­ventar desculpas e admita simplesmente que me deseja. E então, eu lhe darei isto. — Ele se impulsionou dentro dela. — E não minha semente.

— Você é horrível, Christopher.

— Na verdade, sou muito bom. Permita-me provar.

— Tenho escolha? — Ela estremeceu, sentindo a pele arder de calor e suor. — Você não vai me deixar ir.

Chris beijou-a nos lábios.

— Não posso deixá-la ir, Dulce. Adoro seu cheiro.

E ela adorava vê-lo excitado, viril, forte. Eslaviero a conquis­tara exatamente assim — com seu desejo ardente e insaciável que fazia uma mulher querer deitar-se para sempre em sua ca­ma, e fazer amor incessantemente. Uma escrava do desejo.

Fechando os olhos, Dulce finalmente admitiu num fio de voz:

— Faça amor comigo, Christopher.

— É o que você quer?

— Sim! — Ela lhe deu uma cotovelada nas costas e ouviu-o gemer de dor. — Seu cretino arrogante e odioso!