Fanfics Brasil - 1 Para Sempre, Elizabeth

Fanfic: Para Sempre, Elizabeth | Tema: Orgulho e Preconceito


Capítulo: 1

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 Amanheceu um dia comum, como qualquer outro. Os óculos estavam no mesmo lugar, o celular estava no mesmo lugar, e Dan, como sempre, se levantou às 8h, olhou pela janela e viu que o dia estava bonito. Mas em um segundo se sentiu péssimo, pois não tinha para aonde ir. Sentiu-se tentado à voltar para a cama, mas lembrou-se que, quando arranjasse um novo emprego, o desequilibro nos horários trariam problemas. Entristecido, Dan se vestiu e resolveu sair para andar. Sua mãe já tinha acordado e ido para o hospital, onde trabalhava como enfermeira, então havia uma pequena louça na pia e um café novo na cafeteira. Dan odiava café, mas o esforço para se manter acordado por quatro anos o fizera se acostumar com o gosto amargo e o cheiro marcante. Tomou uma xícara, alisou Rox, seu gato laranja, e saiu de casa. 


  O apartamento em que morava ficava no centro de uma cidade grande, e como de costume, as pessoas estavam correndo para chegar em seus empregos. Dan se sentia inutil. Fazia um mês que perdera o emprego na editora em que trabalhava. Trabalhava lá há 2 anos, não entendia por que tinha sido despedido. Entendia que a economia estava dificil, e que a empresa precisou cortar pessoal. Mas ele era um bom funcionário, revisava textos quase todos os dias nas horas extras e sempre estava adiantado em relação aos prazos para entregar os textos revisados. Inclusive, foi com as horas extras que conseguiu juntar um bom dinheiro, mas agora, tinha medo que ele não durasse até encontrar outro emprego.


  Caminhou até uma praça ampla que havia entre prédios comerciais, e que estava vazia aquela hora. Puxou o celular e abriu o bloco de notas. A única anotação era : Possíveis Negócios e Empregos. Desesperado, abriu uma lista cheia de opções de empregos e começou a lê-la, como tinha feito nas últimas semanas. A maioria das empresas e amigos daquela lista já tinha seu curriculo, e todos já haviam recebido no minimo 3 ligações. Os que não tinham seu curriculo eram empresas que ainda estava estudando as melhores formas de abordagem. Ali ainda havia algumas ideias que tivera; a última, a pior, era voltar a trabalhar com o pai, e estava escrita em vermelho, como que para alerta-lo do quão desesperador aquilo seria. Outra, em negrito, era "Blusas e camisetas". Dan sonhava com aquilo a muito tempo. As economias que estava juntando era para colocá-la em prática sem precisar do patrocinio do pai,  mas agora, não tinha certeza. Era um risco grande pois o mercado de roupas era absurdamente competitivo, e Dan sabia que por mais criativo que era, precisava de alguem genial ao lado dele. Se arriscasse todas as suas economias e falhasse, além de ser um fracasso, teria de pedir colo para o pai, e isso seria mortal. 


   Voltou para casa às 10h, com as mãos enfiadas no bolso e o rosto depressivo. Não estava acostumado com aquele gosto estranho na boca, aquela sensação pesada nos ombros. Desde os 16 ganhava dinheiro e com 18 já não pedia permissão para absolutamente nada. Sempre esteve engajado em alguma coisa, mas agora, se sentia vazio, sem perspectivas, e pela primeira vez, teve medo. Quando chegou em casa, entrou no Facebook e procurou falar com amigos, em busca de oportunidades. E ela veio perto das 13h. Seu celular tocou.


   - Fala man! - cumprimentou Dan.


   - E aí irmãozinho. - respondeu Veia, um grande amigo. - Tô precisando de você.


   - O que rola?


   - Um dos DJs miou na festa de hoje, man. Tá livre?


   - Tô sim. Na verdade, tava precisando fazer alguma coisa.


   - Ainda sem trampo?


   - Algumas coisas aparecendo, mas ainda nada resolvido.


   - Beleza. Cola lá, te pago R$200,00 pela noite. É na Pound.


   Dan pensou em barganhar, mas estava cansado e não queria que Veia achasse que ele estava sendo ingrato. Veia podia ter chamado outros DJs, mas chamou ele.


   - Beleza cara, chego às dez. Qual o estilo da festa hoje?


   - Pop, comercial, Beyonce. Vai com fé cara, o que você mais gosta.


   Dan sorriu.


   - Beleza, man. Até  mais tarde.


   - Falow, irmão.


   Dan desligou, foi para o quarto e começou a escolher vinis.


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Veroh Grag

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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   A Pound era nova na cidade. Abrira a somente seis meses, mas lotava toda sexta feira com rock estilizado e eletronico forte. Nos sábados, era dia da pop comercial, musicas atuais e de grande apreço dos jovens da cidade. Dan adorava tocar, e aos sábados, frequentava mesmo que fosse só para apreciar a boa música na pista de dan&c ...



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