Fanfic: Para Sempre, Elizabeth | Tema: Orgulho e Preconceito

   A Pound era nova na cidade. Abrira a somente seis meses, mas lotava toda sexta feira com rock estilizado e eletronico forte. Nos sábados, era dia da pop comercial, musicas atuais e de grande apreço dos jovens da cidade. Dan adorava tocar, e aos sábados, frequentava mesmo que fosse só para apreciar a boa música na pista de dança. Tinha muitos amigos na Pound e muitos pequenos romances, que encontrava de vez e quando e quase sempre terminavam no motel.

   Aquele dia, Dan estava inspirado. Criou uma playlist incrível, vestiu uma das três blusas que criou para seu negócio e passou gel no cabelo. Se sentia flutuante. Não que $200,00 fosse grande coisa, mas sentia que era uma ligeira recuperação diante do seus animos baixos. Quando chegou, a fila para entrar na casa estava relativamente cheia, promessa de uma boa noite. Veia te recepcionou no bar. A casa tinha um amplo bar e muitas mesas com cadeiras e pufês onde as garotas se jogavam quando estavam com os pés cansados. Uma ampla escada levava para uma especie de bunker, onde a balada recebia 500 pessoas. A casa inteira tinha lotação para 800.

   - E aí, cara! Bom te ver! - disse Veia com seu amplo sorriso, abraçando Dan. Veia era uma figura memorável, com uma grande barba escura, alargadores e braços tatuados. Apesar do visual selvagem, Veia tinha um enorme coração.

   - É bom voltar, cara. Fazia tempo que eu não vinha aqui.

   - É, eu sei, e pra sua informação, a Jeanie não está aqui.

   - Não preciso saber da Jeanie, passou cara.

   - Bom! Por que hoje a festa promete e metade das mulheres estão de olho em você.

   - Tô tranquilo, cara. Não se preocupe. Hoje eu sou da pista!

   Veia riu e ofereceu uma cerveja pra Dan, que bebeu com sofregão. Fosse o que fosse, queria entrar no clima da noite, e muito tinha a prometer. Levou sua mochila para baixo enquanto a pista estava vazia e deixou seus discos guardados em um compartimento especial. Veia explicou que Dan tocaria da 1h às 3h, então poderia aproveitar um pouco a casa. Adorava aquele lugar, era bem decorado, com luzes psicodélicas e estilo vintage. Tinha desenhos que pareciam tattos nas paredes, e muitos espelhos. Na pista, havia dizeres em neon como "The show must go on!" e a vibe era incrível. Depois de quatro cervejas, Dan começou a se animar. As meninas passavam e lançavam sorrisos convidativos e seus amigos aos pouco foram chegando e a cada três passos cumprimentava alguém.

   Às 23h, a casa estava lotando. Dan ouviu dizer que a fila estava enorme do lado de fora. Sabia que as pessoas mais bonitas entravam depois das 0h00, e estavam avidas pelo melhor da música, a sua música. Repensou se a playlist que montara daria conta da expectativas da noite, mas lembrou-se que era incrivel, e ficou muito animado. Chegou no bar e pediu mais uma cerveja e quando se virou, viu duas meninas entrando na balada. Uma era loira, com cabelos cacheados e um sorriso vibrante. Disse algo que fez o segurança da balada rir, e depois cumprimentou o recepcionista com um toque no ombro e uma risadinha. Logo atrás dela, uma menina alta, de cabelos escuros e olhos brilhantes seguiu a amiga, com um sorriso inseguro. As duas pegaram as suas comandas e deram uma primeira olhada na casa, e quando a mais alta levantou o olhar, deu de cara com Dan e tão distante quanto estavam, deu um sorriso.