Fanfic: Bones - AyA | Tema: AyA - Anahí - Alfonso - Ponny

Alfonso se sentia estranho. Desda daquela manhã em que Dulce ligou para ele pedindo que a ajudasse com sua irmã ele não soube o que pensar. Conhecia o gênio irritante e nervoso da Antropóloga Anahí Portilla, mais não conhecia o deboxe e a beleza da pessoa que Anahí havia se transformado.
Alfonso se lembrava muito bem da linda menina que conhecera a quatro anos. Ele tinha acabado de conseguir sair do exército, trancou a carreira de franco-atirador e foi direto para o FBI tendo sua própria equipe. Dentre as seis pessoas que se encontravam nessa "equipe" Anahí era uma delas. Por sua inteligencia e beleza irresistivel Anahí sempre se destacou. Não foi facíl não notar a presença da menina. Anahí tinha 20 anos naquela época, era a antropóloga mais experiente do país e por isso foi designada. O porte pequeno do corpo sexy e bem definido da menina, era um alvo facil para bandidos e isso acabava deixando Alfonso louco e preocupado sempre que a mesma não estava por perto. Os cabelos eram dourados e ondulados, sempre foram grandes, batendo na cintura. Envolviam o rosto em forma de coração dourado pelo sol escaldante da Califónia, onde nascera. Usava sempre calças jeans apertadas e jaquetas, em especial pretas.
Por tudo isso não era facil se esquecer da menina. Mais Alfonso havia sido duro e rígido com ela, não queria que a menina achasse que seria facil crescer ali dentro, mais mesmo com tanta pressão ela cresceu e apareceu. Em todos os casos seus chefes queriam que ela estivesse presente, os jornais a perseguiam querendo explicações de casos impossíveis, mais de nada adiantava, para Anahí nenhum caso era impossível.
Mais a dois anos, Anahí mudou, já não era a mesma desde o caso Jack Caller, o menino que havia sido morto por uma falha que ela dizia ser dela. Ninguem nunca soube a história inteira, os boatos vazaram, Anahí foi condenada de todos os lados e parece que por um acidente todos esqueceram os milhares de bandidos que ela já havia ajudado a prender. Depois disso Anahí se sentiu perseguida e desistiu da carreira. Alfonso soube uma semana depois quando voltou de uma viagem e sua antropóloga já não estava mais lá. Os jornais a culparam por tudo, todos queriam saber onde a mesma havia se enfiado, mais só Dulce sabia. Neste mesmo período colocaram Dulce como parceira de Alfonso, mais mesmo com tudo, ele não conseguiu se esquecer da pequena loira que havia entrado em sua vida a algum tempo.
Agora ali estava ele, ao lado de Dulce Maria, subindo o elevador que dava na sala do seu chefe, onde Anahí já estava à alguns minutos. Não demorou muito e a porta do elevado se abriu, Alfonso deu dois toques na porta e, depois de ouvir o "entra", abriu a porta e entrou seguido de Dulce. Anahí estava sentada na cadeira de frente para o seu chefe que a olhava com um brilho diferente nos olhos, Alfonso sabia o que aquilo significa. Chad era dois anos mais velho que ele, já tinha uma carreira e tanto no FBI e era muito respeitado por todos. Quando Anahí entrou para a equipe, Chad se encantou pela menina, durante um certo tempo flertou muito com Anahí, mais Alfonso sempre achou que ela não havia dado muito importancia. Bom, isso fazia quatro anos e Chad continuava com o mesmo olhar rídiculo e bobão sobre a menina, então Chad realmente sentia algo pela menina, algo que Alfonso sabia que ela nunca retribuíria.
- Falei que chegava antes de você. - Anahí se gabou girando na cadeira onde estava, o sorriso bobo no rosto da menina não tinha nada de debochado, mais mesmo assim irritou Dulce.
- É bom ver vocês dois novamente. - Chad ignorou o comentário de Anahí e se dirigiu para Alfonso e Dulce. Alfonso ficou em pé ao lado de Anahí, Dulce se sentou na cadeira no outro lado da irmã. - Mais e aí? Anahí não me disse nada, estávamos esperando vocês chegarem.
- Bom Chad, Annie disse que para entrar no caso ela tem algumas...exigências. - Dulce se virou para a irmã. - Então Annie? Fale o que você quer.
- Pra começar... - Annie cruzou as pernas pousando as mãos sobre as mesmas. - Quero toda a minha equipe, Ângela, Zach, Hodgins e a Camille. Soube que todos foram demitidos e estão viajando, pois bem, só trabalho se for com eles. - Chad pensou um pouco e sorriu.
- Dulce tragam todos de volta. - Dulce sorriu, mais Alfonso podê ver seus dentes trincarem de raiva.
- Também quero o Jeffersonian e a única pessoa que poderá me mandar e a Cam, quero ela como chefe novamente. - Chad concordou mais uma vez. - Quero todos os privilégios de um agente do FBI, mas vocês três não devem esquecer que eu trabalho para a Cam e não para vocês. - Mais um trincar de dentes de Dulce, Chad continuou concordando. - E a ultima coisa é a seguinte, se meu nome sair na empressa, se alguem descobrir onde moro e que sou eu que estou resolvendo isso, eu saio do caso na hora, estamos entendidos. - Os três tiveram uma longa troca de olhares e Annie sorriu. - Vocês me chamaram, eu nunca quiz voltar para cá.
- Tudo bem, seus pedidos são uma ordem. - Chad concordou. Depois de trocar olhares com Alfonso, ele voltou-se para Anahí. Alfonso sabia que essa seria a pior hora, convencer Anahí da única exigencia do FBI seria a morte. - Mais nós temos uma exigência para você, e terá que aceitar de qualquer jeito.
- Lembre-se que vocês me querem, eu não preciso de vocês, se eu não aprovar a exigência simplesmente desisto e dane-se vocês. - Anahí sorriu. O deboxe havia voltado ao seu rosto.
- A exigência é que você tenha um parceiro. Um agente oficial. - Anahí ficou séria mais logo sorriu novamente.
- Vai ser bom trabalhar com você maninha. - Dulce a encarou e negou com a cabeça, Annie ficou confusa e encarou Chad, o mesmo a encarou por uns segundos e depois volto seu olhar para Alfonso. Anahí entendeu de quem se tratava, com raiva se levantou.
- Nem morta que eu trabalho com ele, ou a Dulce ou vocês arrumam outro antropólogo, com ele nem morta. - Anahí já se encaminhava para a porta quando Alfonso começou.
- Ele matou uma menina da mesma idade que Jack Caller, foi a última que ele nos entregou. - Anahí sentiu o coração se apertar, a vontade de chorar foi maior. - Por isso decidimos lhe chamar, sabiamos que você iria com garra e força para essa missão, voltaria a ser a Anahí de sempre. - Alfonso parou vendo a mão trêmula de Anahí na porta. - Não estou pedindo para que esteja feliz em trabalhar comigo, pelo contrário, não precisa nem dirigir a palavra a mim se quiser, só me diga o que você descobrir e ponto. - Anahí ameaçou abrir a porta e Alfonso continuou. - Você tem as mãos sujas de sangue Anahí, nem o tempo irá sumir com isso. Eu sei como é sentir que alguem morreu por sua causa. Eu não sei o que aconteceu com você no caso Jack Caller mais não deixe que outra criança morra pelo fato de você não conseguir trabalhar comigo. Você é a melhor que conhecemos e saberá resolver isso, então como Dulce falou, se você quer que eu implore é isto que estou fazendo agora.
Anahí respirou fundo nervosa, não podia virar para eles agora, tudo o que Alfonso dissera era verdade, a morte de Jack Caller mexeu com ela, nunca devia ter deixado que nada daquilo acontecesse, nunca devia ter desafiado o assasino, mais agora não podia mudar mais nada, simplesmente salvar as vidas de outras crianças que provavelmente morreram se ela não aceitar aturara Alfonso. Anahí piscou com força tentando controlar as lágrimas, não havia um dia que seu passado não a condenasse, mais agora as coisas estavam ainda mais sérias.
- Tudo bem... - Anahí controlou a voz. - Eu aceito, só...liguem para minha equipe, hoje atarde eu irei para o Jeffersonian.
Anahí abriu a porta e saiu de lá correndo, entrou no elevador com alguma agilidade. Não aguentaria ficar ali sem derramar uma lágrima seu passado estava voltando rápido demais e ela não conseguia controlar nada. Quando finalmente se viu sozinha, deixou as lágrimas começarem a rolar, mais tudo durou muito pouco. Alfonso entrou correndo no elevador, fazendo Anahí abaixar a cabeça e deixar os cabelos esconderem o rosto molhado.
Alfonso sentiu uma certa culpa, mesmo Anahí escondendo ele sabia que a menina estava chorando e por causa de tudo aquilo que ele havia acabado de falar. Depois de certificar-se de que o botão do primeiro andar já havia sido apertado no painel, Alfonso olhou para a porta fechado e depois encarou Anahí que ainda tinha a cabeça abaixada e as mãos precionadas contra o bolço da jaqueta.
- Desculpas por tudo o que eu falei, eu só não podia deixar que você.. - Ele foi interrompido por Anahí que levantou o olhar triste e o mirou com raiva.
- Não podia deixa que eu o que? Eu acabasse com tudo? Como você disse Alfonso a única coisa que preciso falar com você é o que eu descobrir sobre os corpos, fora isso não falarei mais nada e tente fazer o mesmo ok? - Alfonso viu o olhar triste e o rosto molhado, Anahí estava sofrendo realmente. A porta do elevador abriu. - Mais uma coisa, não diga o que você não sabe, certifique-se primeiro de tudo o que ocorreu no caso Jack Caller e depois venha me culpar.
Anahí saiu do elevador indo direto para a garagem onde pegou sua moto e saiu do prédio do FBI. Se sentindo um pouco mais livre fora daquele lugar Anahí podê se acalmar melhor.
Não estava muito afim de ir para casa agora, sabia que ficar sozinha em tal lugar iria fazê-la ter pensamentos horriveis e isso não ajudaria. Prefiriu então ir para o Central Park, lugar onde ela ia para pensar e relembrar dos bons tempos.
Não demorou muito e ela já estava na porta do park. Estacionou a moto em uma garagem que tinha ali perto e entrou se encaminhando para a parte onde as famílias faziam piquiniques e sentavam na grama para conversarem. Anahí sentou-se em um banco perto da lagoa que tinha ali.
Suas lembranças voaram até quatro anos atrás, quando sua carreira começou e ela foi considerada a melhor antropóloga recebendo prêmios e resolvedo casos quase impossíveis. O melhor truque de Anahí era ouvir o que os ossos a diziam, olhava e enxergava coisas que nenhuma pessoa conseguia, identificava coisas minusculas e por isso era a melhor. Dois anos depois já estava no auge da sua carreira sendo assediada de todos os lados, todos diziam para que ela tomasse cuidado, que as coisas poderiam mudar. Dito e feito, quando aquele maldito caso surgiu em suas mãos. Se sentiu impolgada e triste ao mesmo tempo, o caso dos irmãos encontrados mortos em uma capsula. Não foi difícil entender que se tratava de um serial killers em série e que ele logo voltaria ação novamente. Foi mais uma vez o que aconteceu, ele sequestrou o menino Jack Caller e logo seus pais entraram em contato com a polícia, ele havia feito contato pedindo dinheiro. Todos queriam pagar e ter o menino de volta, mais Anahí não, ela correu contra o tempo para achar algo novo no corpo dos irmão mais nada adiantou, quando achou ter preso o serial killers, os pais de Jack Caller receberam o filho morto dentro de uma mala na porta de casa com um bilhete para Anahi que dizia: "Nunca mais fique entre eu e um caso, esse é só o começo."
Depois disso a carreira da mesma desabou e todos se voltaram contra ela, ninguem mais lembrava das coisas boas e de como ela havia ajudado a sociedade, todos só diziam que por causa dela o menino agora estava morto. Acreditando nisso, Anahí desistiu da carreira e se mudou para o Brooklyn e sua vida recomeçou.
Pelo menos era o que a mesma havia pensado, nunca imaginou que voltaria a atuar em outro caso com seria killers. Nunca pensou em voltar par ao Jeffersonian e muito menos trabalhar com o FBI. Mais como Alfonso disse, não podia carregar outro assasinato em suas costas, não iria errar desta vez, iria conseguir prender e vingar todas as jovens mortas por este doente em série.
Os pensamentos de Anahí continuaram vagando neste assunto até que o telefone tocou, no visor o número era restrito.
- Alô. - Ela atendeu.
- Annie? Sou eu Ângela. - Annie sorriu boba, como era bom ouvir a voz da melhor amiga, quanto tempo não via a amiga.
- Oi Angel, é bom ouvir sua voz sabia. - Ângela sabia que ANahí estava com problemas, conseguia identificar a voz da mesma.
- Estou indo para o seu apartamento, me encontra lá em vinte minutos. - Annie concordou com um múrmurio e desligou o telefone guardando-o no bolço da calça. Anahí voltou para a garagem onde havia deixado a moto e montou na mesma dando partida rumo ao apartamento, seria bom encontrar Ângela e poder conversar com a amiga, ela era a única, de toda a equipe, que sabia do caso Jack Caller e de tudo o que havia acontecido.