Fanfics Brasil - Capítulo 2 Desejo Proibido (yaoi)

Fanfic: Desejo Proibido (yaoi) | Tema: Hunter x Hunter


Capítulo: Capítulo 2

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Gon ainda tinha dúvidas sobre beijar um rapaz, não sabia se poderia ficar com nojo, porém agora, assim, na prática, tudo tão rápido foi o suficiente para ele se convencer de que gostaria, de que gostou. O beijo babado se aprofundava e Hisoka soltava um gemido entre ele, então Gon o empurrou, era apenas um menino e não estava acostumado a ser assediado! Mas Hisoka teve paciência, não teria pressa, principalmente quando ambos perceberam Killua sair do quarto.


Gon levou um susto e se distanciou subitamente, jamais deixaria Killua vê-lo nesta situação. Hisoka apenas sussurrou "que pena" e desapareceu, não iria pressionar, nem forçar. Queria conquistar, como era do seu feitio. Gon forçou-se a recuperar o controle e disfarçar até o último fio o lance que rolou, recebendo Killua com um sorriso infantil, seu velho sorriso infantil que o desarmava, e ao ouvir o questionamento do amigo, uma pontada de decepção percorreu-lhe o peito:


–Onde estava? não te vi na cama e achei estranho.


–Eu fui ao banheiro, Killua. Vamos dormir.


–Você estava entupido por um acaso? -Killua disse com ar de superioridade.


–Oras, seeeuu!!! -E Gon deu um peteleco nele. Engraçado como ele agiu natural na presença do amigo, no entanto o que Hisoka faria se Killua não aparecesse, ou melhor, o que Gon faria? Estranho, Gon sempre pensou que o rapaz com quem iria além de uma amizade fosse Killua, e hoje as circunstâncias provaram seu equívoco.


Ao voltar pro quarto, em seus devidos lugares, Gon não pôde evitar de notar ocorpo magro, embora com pequenas curvas definidas nos músculos de Killua, em vista do físico forte de Hisoka: a grossura dos braços, pernas, peitoral e um membro maior, claro. A comparação foi inevitável. Mas que tipo de pensamentos são esses? Gon tinha dificuldade para admiti-los. A verdade é que ele continuava dominado por uma atração inadequada, segundo ele próprio.


–Eu quem não tenho sono agora -Killua deitou a nuca sobre as mãos.


O coração de Gon acelerou, o que sentia por Killua, afinal? Se pôs a meditar.


–Você está muito calado. -Killua novamente tentou iniciar conversa.


–Oah, Killua, é verdade. -conversar desviaria a mente de Gon de pensamentos impuros, boa idéia. - nós somos imbatíveis juntos, não é verdade? E eu confio muito em você. -de alguma forma Gon sentiu-se culpado e queria compensar isto com elogios ao amigo.


–Idiota! -Killua falou com um sorriso, encabulado por nunca ter resposta digna quando Gon se declarava para ele. Agarrou o cobertor e virou-se para Gon, sustentando o olhar no dele: você não deveria me dizer estas coisas.


Por que não? -Gon falou de forma inocente.


–Eu posso acabar gostando... de verdade. -sussurrou Killua.


–Só não ronque muito essa noite. -Gon mostrou a língua.


–Quem ronca aqui é você! rum -Killua empinou o nariz.


–Você é um mentiroso.


–Você quem é, Gon -Killua fechou os olhos, de bicão.


–Vai dormir, Kikiu! -Gon tacou um travesseiro na cabeça dele e eles pararam quietos, cada um em seu colchão. Talvez Gon amasse Killua como o amigo que era, pelo que significava para ele, pelo que viviam ao lado um do outro, nunca se pegou imaginando cenas indecentes com Killua, apesar de as vezes deslumbrar seu sorriso, seu olhar determinado, sua inteligência, seu jeito cuidadoso de ser e até mesmo as feições de seu corpo. Nada que ultrapassasse um carinho desmasiado, assim julgou.


Killua podia sentir-se igual, talvez, banhado pela gratidão que regia toda a amizade dos dois e o aperto no peito que os invadia com a possibilidade de perderem um ao outro, claro que se gostavam, mas não poderia afirmar com certeza se havia algo de sexual ou romântico acontecendo entre eles. Não, nunca teve. Ou seja, tudo era amizade, apenas amizade. Gon era o único que falava coisas bonitinhas de vez em quando, o único que expunha sentimentos profundos e Killua retribuía com seu zelo pelo jovem. Queria o proteger, o ajudar. Novamente, nada fora do normal, do esperado.


Com custo Gon respirou mais devagar na tentativa de acalmar a ansiedade pelos eventos recentes, porém o sono não o visitava. Duas da manhã... três da manhã... quatro da manhã, e Killua adormecido, feito um anjo dormindo tranquilamente. Ninguém poderia dizer que, em algum lugar do seu passado, este menino fosse um assassino implacável que se converteu. A noite parecia se prolongar a cada minuto, parecia não terminar.


Por causa do silêncio que a cobria, Gon foi capaz de ouvir as gotas de águas inundando o chão. Provavelmente Hisoka tomava outro banho, ligando o chuveiro de novo, se colocando embaixo dele com os cabelos ruivos molhados, caídos sobre a nuca e pescoço, quase alcançando os ombros. Como ficava lindo sem maquiagem, reforçando os aspectos masculinos de seu rosto! E sua pele nua escorrendo de água, facilmente aguçando os instintos mais tranquilos de Gon. A lembrança atormentava o menino e Hisoka sentiu, à metros, sua inquietude. Deliciosa para ele.


Gon sentou-se na cama, uma força o puxava, ele tentou resistir mas a força se ampliou o obrigando a levantar de forma silenciosa, então usou seu Gyo, enxergando um fio de aura rosa preso na sua bochecha. Inacreditável ter sido vítima desse truque barato de Hisoka pela segunda vez! Agora teria de deixar-se guiar para ver o que queria com ele, não que Gon não pudesse imaginar. A aura foi o conduzindo para dentro do quarto de Hisoka, atravessando o cômodo todinho e chegando ao banheiro, onde ele encontrou Hisoka nu, sentado dentro de uma banheira cheia.


–Não consegue dormir, Gon?


O garoto fez cara de quem desconfiava, incerto sobre ceder ou não.


–Medo de chegar mais perto? -Hisoka deu sua risadinha sádica e o puxou pela aura, o arrastando até a ponta da banheira. Gon rapidamente examinou Hisoka de cima a baixo na água que o envolvia, mas envergonhando-se, desviou o olhar.


–Comigo preso assim fica fácil para você me manipular, não é?


Hisoka desfez a aura então, ele nunca revelaria o quanto a inocência de Gon balançava-o por completo.


–Você está livre para ir... -Gon se espantou ao ver que ele estava disposto a deixá-lo ir embora para valer. Será? O menino se virou como quem fosse deixar o aposento, testando-o, à um passo de agarrar a maçaneta da porta, quando o corpo molhado de Hisoka se colocou por trás do seu e seu braço esticou para frente, batendo a porta e segurando-a assim fechada: -mas se eu fosse você ficaria.


Gon sentiu um arrepio cortante subir pela espinha quando Hisoka envolveu-o em um abraço apertado por trás, fazendo com que suas nádegas entrassem em contato com sua ereção. A boca de Hisoka mordeu sua jugular no pescoço e Gon fechou os olhos, soltando um breve suspiro, não foi capaz de dizer que não, ou sabia que continuaria se contorcendo na cama de desejo, até o amanhecer, se dissesse o "não".



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Autor(a): lyns2

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • esternevs Postado em 10/06/2016 - 21:04:34

    Essa fanfic é otima continua por favor vc ganhou uma fã

  • esternevs Postado em 10/06/2016 - 20:55:34

    adorei muito boa


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