Fanfic: ¿QUEM DIRIA? | Tema: RBD

E o moreno da praia já era passado.

Dulce, Maite e eu estávamos dando uma última olhada no espelho antes de sairmos. As três de short jeans e bata por cima do biquíni. Já era noite é verdade, mas existe look melhor do que esse para praia?

Vestidas para matar fomos com o carro dos pais da Dul. – Afinal Dulce tinha prometido. – E eu até deixei minhas amigas irem comigo.

Fomos a um barzinho a beira mar e escolhemos uma mesa ao lado de uma grande janela já que estava uma noite linda.

Eu e minhas amigas riamos alto lembrando-se do nosso momento “love” aprendam uma coisa, se tem algo que Maite, Dulce e eu sempre fazemos é rir de nossas fraquezas depois que elas passam.

Joguei despreocupadamente os cabelos para trás em meio a uma risada, quando a expressão das minhas amigas mudou:

1 – Elas ficaram sérias

2 – Elas riram descaradas, arrumando o cabelo.

3 – Elas começaram a se cutucar e murmurar uns “hummm e  haaaaam”, da forma que me irritava.

 Virei para trás e o vi.

Os cabelos úmidos, o rosto bonito e o peito másculo com umas gotas solitárias de água do mar – supus – e vestido apenas com um short de praia azul marinho.

Ainda mais bonito do que a primeira vez que o vi.

- Oi – sussurrei.

Tive vontade de bater a minha cabeça na quina da mesa eu devia estar irritada demais com ele, mas o único que me passou pela cabeça foi o quanto ele estava bonito.

Ele estendeu uma rosa na minha direção e eu peguei hesitante.

- Uma maneira MELHOR de agradecer.

Ele abriu um sorriso largo, deixando a mostra os dentes perfeitos. Eu o imitei.

- Obrigada.

Abaixei um pouco a cabeça e com um sorriso sexy no rosto cheirei a flor.

Correção: O que me leva a pensar que essa reação foi sexy? Foi uma das coisas mais idiotas que eu fiz na minha vida! Cheirar a flor, puf. Como se eu estivesse em um seriado romântico pré-adolescente!

Abaixei um pouco a cabeça e cheirei a flor, como uma completa idiota que era. E esse meu defeito realçava ainda mais na presente dele.

Minhas amigas e o estranho atrás de mim riram.

Tentando concertar a “cheirada na flor” levantei da cadeira e o beijei no rosto cumprimentando-o e antes de me afastar sussurrei em sem ouvido mais uma vez o meu agradecimento.

Sem saber ao certo como aconteceu me vi caminhando com ele despreocupados pela areia, a essas alturas eu estava livre da minha sandália de salto alto que eu carregava pela tira de trás em uma das mãos. Saímos do barzinho depois que desistimos de conversar na presença de Dulce e Maite, elas ficaram simplesmente insuportáveis na presença dele, foi quase uma fuga para ambos andarmos pela praia iluminada somente pela luz da lua.

Até aquele momento tínhamos trocado apenas uma meia dúzia de palavras, no sentido literal da coisa, falamos da beleza da noite e da lua. E mais uma vez me senti em uma série americana.

- Alfonso.

- Hã? – perguntei.

- Alfonso, é como me chamo. Você não me perguntou.

- Desculpe.

- Mera formalidade. – Ele desdenhou.

Alfonso olhou a areia e então sentou no lugar que achou mais adequado, sentei ao seu lado.

- Não vai me dizer o seu nome? – ele perguntou com um meio sorriso iluminando o rosto.

Os olhos dele no escuro haviam perdido o tom verde, porém não a beleza. O par de olhos mais bonitos que eu já vira. Eles me fitavam desconfiado. Tentando decifrar a minha falta de expressão. E eu senti que ele realmente estava interessado em saber o meu nome - não era uma mera formalidade - como ele havia referido.

- Não. – Brinquei sorrido largamente.

Ele arqueou as sobrancelhas e disse:

- Mariana.

- Passou longe! – Rimos juntos.

- Carolina?

- Nem pensar. – Chacoalhei as mãos descartando a possibilidade.

- Elaine? – Ele perguntou franzindo o nariz.

Eu ri alto jogando o cabelo para trás, Alfonso segurou uma mecha dele que caia em cachos pelo meu ombro direito com a ponta dos dedos. Ambos paramos de rir e de falar por um breve momento até que ele soltou o meu cabelo e falou:

- Angélica.

- Esquentou. – disse dando-lhe uma piscadela.

- Muito ou pouco? - perguntou

- Pouco, bem pouco. – Declarei

- Eu vou adivinhar um dia eu vou. Um dia...

Ainda com um sorriso nos lábios ele deixou meu olhar e encarou o mar, agora a praia estava completamente um breu, a luz era fraca e vinha de longe do barzinho onde estávamos antes. Continuei analisando seu perfil, guardando na memória cada detalhe: A sobrancelha espessa, a expressão relaxada, os lábios ainda curvados em um sorriso, e os olhos. Os olhos de Alfonso me encantaram desde aquele primeiro dia – ontem, diga-se por sinal – me pareceram intensos demais, quase perigosos... Pelo menos para o meu padrão de perigo, o par de olhos que eu talvez gostasse de fitar por um tempo maior do que uma noite, duas, três, quatro, cinco...

Interrompi depressa meus pensamentos antes que eles me dominassem e não ao contrario. Durante a minha avaliação minuciosa, não notei quando Alfonso girou a cabeça – e não só a cabeça como o corpo todo – para o meu lado, sua expressão era indecifrável, nos lábios ainda aquele sorriso despreocupado, mas o sorriso não combinava com os seus olhos intensos. Intensos de novo! Desviei deles e olhei o sorriso. Esse sim merecia a minha total atenção, os lábios estavam secos – provavelmente ele estava naquela posição há bastante tempo – os dentes branquinhos completando o visual de modelo de creme dental.  E de repente me pareceu insuficiente, eu queria mais! 

 ... Como certamente olhar não era a melhor opção, portanto parti para o plano B.

Coloquei uma das mãos no rosto másculo de Alfonso e aproximei meu rosto do dele,quando estava bem perto do meu objetivo de olhos cerrados, um par de mãos me freou.