Fanfic: ¿QUEM DIRIA? | Tema: RBD

Outro toco.

O segundo, qual era o problema de Alfonso? Primeiro ele me trás uma flor e depois recusa o meu beijo? Eu passaria algum tempo imaginando o motivo, mas antes eu precisava me livrar daquele rosto, calmo me fitando.

Levantei, chacoalhando o resto de areia que ficou no meu short, e sai a toda em direção ao barzinho. Não olhei para trás.

Logo que entrei no bar vasculhei cada canto a procura das minhas amigas. E não as encontrei. Sentei-me à mesa que estávamos antes e esperei.

Involuntariamente deixei minha cabeça tombar em minhas mãos que estavam apoiadas na mesa, e então me permiti pensar. Quem era Alfonso? E que diabos ele queria comigo? Tentei e tentei encontrar uma solução, mas ele continuava sendo uma incógnita para mim, eu não conseguia entender como pode alguém dar todos os sinais de interesse em uma pessoa e simplesmente a rejeitar depois. Vai ver era eu, eu tinha sido atirada demais no começo, mas eu ERA atirada, no começo e no fim que costumava sem bem próximo do começo. Mas nesse caso, mal tínhamos chegado ao começo.

E desde quanto isso importava? Desde qual momento ele se tornou o meu objetivo de conquista? Será porque ele foi o primeiro que me recusou? Não que eu nunca tivesse sido rejeitada, porém ele não quis nem tentar como os outros faziam. Nele tudo era diferente. E se eu tinha certeza em algo nisso tudo com certeza era nisso: Alfonso virou minha obcessão, o meu projeto de conquista. E eu teria feito tudo pra alcançar esse objetivo...

Isso se eu não fosse fraca, a fraca que acabava de desistir. Porque vejam bem: Alfonso definitivamente era o meu objetivo de conquista, naquele momento. Porém ele não foi o único, com meu currículo um tanto quanto completo, eu já tinha passado por essa situação outras vezes, vamos a uma delas:

Marcelo.

Meu doce e sexy Marcelo.

Nessa época eu tinha 18 aninhos de pura... ã. Maldade.

O Marcelo era o meu professor particular de inglês – sempre fui péssima em inglês – Meus pais resolveram contratar o Marcelo pra ser o meu professor particular, no começo confesso que detestei a ideia, ainda mais porque ele ia as sextas à noite na minha casa. Ou seja, enquanto Maite e Dulce estavam nas farras. Eu tinha que estudar.

Mas depois que conheci o Marcelo tudo mudou, ele virou o meu objetivo sexual e altamente invejável pelas minhas amigas.

Marcelo tinha 1,95 de altura bem distribuídos no corpo másculo e moreno, – da cor do pecado - 33 aninhos, uma mulher e um casal de gêmeos de 5 anos – meros detalhes -  Mas além de bonito o Marcelo foi uma das melhores pessoas que eu já conheci, super atencioso e compreensivo, fora as minhas investidas tivemos a oportunidade de termos muitas conversas bem interessantes. Mas como podem imaginar eu fui cruelmente rejeitada, nas minhas tentativas capengas de leva-lo para minha cama.

Foi quando eu tive a oportunidade de ouro: Meus pais estavam completando 20 anos de casados em uma sexta-feira e sairiam só os dois para jantar fora, minha mãe até cogitou cancelar a minha aula, afinal como ela deixaria a sua filhinha adolescente pura e angelical nas mãos do lobo mal Marcelo?

Eu fiz um escândalo, disse que tinha prova no dia seguinte – uma mentirinha com meus olhos azuis marejados de lágrimas falsas e minha mãe se rendeu. – E saiu com meu pai me jogando um beijo e pedindo cuidado.

Pobre da minha mãe, se ela soubesse que o lobo mau na verdade estava escondido na pele de cordeiro...

Quando o Marcelo chegou fui logo despejando que meus pais tinham me deixado naquele momento em casa e que eu precisava pegar as minhas coisas para estudar no andar de cima – nos costumávamos sentar nos mesa de jantar para estudar –

Pé por pé, cheguei ao segundo piso. Cuidadosamente coloquei uma cadeira bem no alto da escada e corri para o meu quarto: Tirei quase toda a roupa, fiquei vestindo apenas um lingerie vermelha com cinta liga e tudo, que eu tinha comprado naquela tarde. Corri para a escada e joguei a cadeira lá de cima, fez um tremendo barulhão, voei de volta para o meu quarto e ouvi a voz do Marcelo perguntando lá de baixo se estava tudo bem.

Deitei na minha cama – perfeitamente arrumada para a ocasião – com uma perna em cima da outra e o sorriso mais sexy que consegui nos lábios. Então com a minha voz de cordeiro chamei o Marcelo dizendo que tinha me machucado.

Ele entrou relutante no meu quarto e quando me viu arregalou os olhos e fez menção de sair. O impedi passando as pernas em volta da sua cintura e colando nossos lábios com firmeza. Não vou entrar em detalhes, mas mesmo o Marcelo imaculado, caiu à tentação Anahí. Só posso adiantar que depois daquelas horas na minha companhia, descobri que de “imaculado” ele não tinha nada, e juntando com a minha “pureza” nem o quarto dos meus pais e a mesa da cozinha ficaram ilesas. É claro que depois nunca mais o vi, mas com certeza valeu a pena.