Fanfic: O Doce Beijo do Vampiro (One-shot) | Tema: As Sagas Vampirescas, Yaoi,LouisxLestat
Já era tarde da noite para um simples mortal, porém Louis observava sua solidão escondido numa simples cabana de dois andares. A cabana era bem acabada num campo longe da cidade numa parte isolada de New Orleans, a parede estava descascada, o chão estava com tábuas faltando e os objetos eram realmente velhos. A luz estava fraca. O vampiro se levantou e aumentou o fogo e voltou a sentar numa poltrona gasta. Lembrava que a anos atrás ele era um criollo com uma boa situação financeira, cheio de escravos e suas sete propriedades a qual vendeu tudo… E hoje é um imortal sem objetivo. No chão, havia vários livros de Romance do século XIX os quais começou a achar pouco interessantes. Do lado de fora, chovia muito. Com o vento forte, a janela abriu com força.
Levantou-se e andou naturalmente até a janela a fechando. Seus passos o demonstravam o mais humano possível. Virou-se e voltou a se sentar pegando um livro e jogando pro lado entediado. Estava triste? Talvez. Era como se pudesse sentir Cláudia conversando e recitando belos versos que tinha visto e também Lestat tocando o seu cravo. Ás vezes achava que sentia saudades daquela época, outras vezes se orgulhava de estar sozinho. Mas algo era estranho, era como se algo tivesse faltando… Lestat de Lioncourt? Não, não podia ser… Não ERA para ser…
“Louis, Louis…” Lembrava de quando sua voz era irônica com um forte sotaque francês, e como era doce e ácida… Bateu a mão na testa. Tinha que esquecer disso. Lestat era bem peculiar, era uma pessoa agridoce: Era realmente sarcástico e irritante, porém era elegante e belo. Um verdadeiro demônio. Sua beleza era algo celestial: Possuía os cabelos louros encaracolados, os olhos azul-violeta, alto e magro e um rosto bem confiante. Ele era como se fosse um Dionísio dos tempos atuais. Talvez estivesse com saudade dele… Apenas talvez…
O fogo “dançou” e então a janela abriu com uma força fora do normal. Ia se levantar para fechá-la, mas o rádio ligou na sala de estar. Estava tocando uma música do “Vampiro Lestat”, um dos maiores astros atualmente e também aquele que criou ele. Louis reconhecia aquela música, era a música “Era da Inocência”:
“Esta é a Era da Inocência
Verdadeira Inocência
Todos os seus Demônios são visíveis
Todos os seus Demônios são materiais […]”
Era estranho, não lembra de ter ligado o rádio… Lembrou logo de Cláudia falando: “En garde.”Abriu a porta do quarto. Tentou ler a mente do invasor, mas não ouviu nada. Só sabe que é outro vampiro. Engoliu em seco. Não podia saber se ele tinha a mesma idade que a sua ou se era muito mais poderoso. Nada. Não era o melhor telepata, mas podia ouvir coisas simples. Porém não conseguia ouvir nada.
“Chame-os de Dor
Chame-os de Fome
Chame-os Guerra
O mal mítico não é mais necessário […]”
Começou a descer as escadas que rangiam, o local estava muito escuro. Dependendo do vampiro poderia morrer facilmente. Não ligava, ele já era caçado a anos mesmo por causa do livro “Entrevista com o Vampiro”, a qual disse nomes e esconderijos. Uma das leis mais proibidas entre os não-mortos. Passou pela cozinha e continuou andando, e por fim chegou na sala de estar, olhou ao redor e viu um homem olhando a chuva cair pela janela do lado de um rádio. Ele cantarolava com a música.
“Lembre-se:
O Homem com presas veste uma capa
O que passa por encanto
É um encanto
Compreendam o que vêem
Quando me virem!
Matem-nos, meus irmãos e irmãs
A guerra começou
Compreendam o que vêem
Quando me virem.”
Ligou a luz da lamparina no canto da entrada da sala de estar. Aquele homem tinha uma atmosfera maligna, possuia familiares cabelos loiros e os olhos azuis significativos. Era ele, o mal em pessoa. O Vampiro Lestat. Se aproximou incrédulo. Lestat virou o rosto olhando para Louis.
–Como… Como me achou? –Perguntou. Claro, ele sabia que Lestat havia o seguido até alí.
–O vi por aí…– Desligou o rádio. –Sua aparência está horrenda, por acaso está em uma greve de fome? –Deu uma pequena risada irônica e doce.
“Não lhe interessa”, pensou em dizer isso, mas se manteu calado.
–Não, ainda não bebi nada. –Respondeu ríspido. Na verdade já tinham passado uns 5 dias que não bebeu sangue. Sabia anos que não podia não se alimentar dele, mas queria deixar pro último segundo, bebendo o sangue de uns 3 ou 4 mortais em uma noite. –E por que veio? Por acaso veio me arrastar com você de novo?
Lestat calou-se.
Estão Louis havia acertado? Isso já chegara a ser irritante, tantas vezes o mesmo suplicava por viver novamente com Louis. Como se o encanto de Louis o atraísse tantas vezes.
Lestat aproximou-se de Louis com um sorriso. Aquilo deixou Louis assustado mas não se moveu, via que não iria fazer diferença se andasse para trás. Os olhos azuis de Lestat refletiam Louis facilmente. Lestat mordeu os lábios de forma sensual.
–Eu sei que recusará novamente. – Riu. – Então, se é assim, beba meu sangue. Sei que se sentirá melhor, “Caçador de ratos”.
–Perdoe-me, mas terei que recusar isso também. – Disse friamente. –Por favor, vá embora logo, Lestat.
–Louis, Louis…–Se aproximou ainda mais encostando-se em Louis, o vampiro tremeu-se. Sussurrou em seu ouvido:–Por que você é sempre teimoso? Você quer… Sabe que quer. Olha para você mesmo.
Lestat pegou o queixo de Louis e o beijou puxando para si. Os lábios de Lestat estavam quentes, imaginava que ele tinha acabado de beber antes de ir a onde ele estava escondido. Lestat mexeu-lhe os cabelos negros de Louis o ordenando para o seu pescoço. Suspirou e então colocou suas presas de forma lenta, soltando um grunhido de Lestat. Começou a sugar-lhe o sangue, era quente e delicioso. Era até mais gostoso que um humano. Segurou as costas de Lestat sugando ainda mais. Estava com fome. Pensou ter ouvido Lestat rindo.
Puxou Louis para mais perto dele para que bebesse com mais deleite. O sangue deslizava pela sua língua. Parou por mais alguns segundo e voltou a morder. Não conseguia parar, era bom! Mas talvez seja a fome falando mais alto. Louis sentia como se visse Lestat caçando lobos! O sangue de Lestat estava fervendo. Sentiu então Lestat pegando seu pulso e o cheirando seguido de um beijo. E então sentiu algo perfurando-lhe, Lestat estava tentando beber-lhe o sangue. Louis assustado empurrou-o com força fazendo ele bater numa estante de livros com brutalidade.
–O que pensa que está fazendo seu… Seu demônio! –Vociferou.
–Desculpe…–Lestat limpou a boca de sangue levantando-se. –Mas faz anos que não bebo um pouco de sangue Criollo. –Deu uma pequena risada.
Louis bufava de raiva. “Como ele pode ter tentado me enganar?!” Encostou-se na parede batendo em sua testa.
–Você é o pior! Você é despresível e idiota! –Estava sufocante, o sangue de Lestat deslizou pelo canto de sua boca. –Você é terrível! TERRÍVEL!
Lestat deu uma pequena risadinha que aumentou num tom frenético. Logo andou numa enorme velocidade que até Louis se assustou quase caindo para trás. Logo lembrara que Lestat bebera do sangue de vários antigos, como Marius e Akasha. Talvez viesse daí tal habilidade.
Talvez.
Deu um breve passo para trás.
O vampiro a qual em sua vida mortal era um nobre acariciou os belos cabelos negros de Louis com um sorriso simples. Louis virou o o rosto.
–Ah… Sempre teimoso, meu filhinho…–Levantou o rosto de Louis, os olhos de Lestat demonstravam completamente apaixonados e ao mesmo tempo irônico. Soltou um risinho simples.. –Sempre…
Logo aproximou o seu rosto do pescoço de Louis segurando ambas as mãos, cheirou e deu um breve sorriso enquanto abraçava-o. Louis talvez tentasse lutar, ou talvez não. Se sentia bem perto de Lestat. Fechou os olhos esperando um movimento de Lestat. O mesmo o fez mordendo delicadamente seu pescoço – Soltando um longo suspiro de Louis. – enquanto fazia um gesto para chamá-lo em seu pescoço.
E assim Louis pegou o pescoço de Lestat e o puxou até ele mordendo com um certo temor. Logo ambos estavam trocando de sangue, de um êxtase a qual Louis nunca pensou que poderia realmente sentir. Sugavam-lhe o sangue um dos outros. O corpo de ambos demonstrava calor, era como se estivessem vivos novamente.
Sim! Vivos!
Lestat estão afastou Louis levemente e olhou para ele com um sorriso e o ajudou a se abaixar pelo ombro. Não lutou para isso. Logo estava ajoelhado com o olhar confuso. Lestat esticou o braço para Louis.
–Agora deixarei tudo para você, meu Louis. –Disse suspirando e soltando um breve sorriso.
Louis pegou o pulso de Lestat colocando em sua boca e mordendo-o. Queria terminar o que começou, sentia a visão turva e o corpo trêmulo. Como se não conseguisse se manter acordado. “Isso é mágico…” Pensou enquanto lambia o sangue e voltava a mordê-lo. Lestat apertou o pulso tremendo sai. Era realmente algo que ambos estavam a sentir.
Algo como dois amantes.
Sentia aquilo de novo quando foi transformado: Um tambor que batia num volume enorme, que batia cada vez mais rápido e rápido. Logo eram dois tambores. Que rugiam de um modo selvagem. Era o coração de ambos acelerando. O tambor batia mais, mais e mais alto. Era como se nunca terminasse. Era como o “Jardim Selvagem” a qual Lestat sempre cita.
Logo os tambores cessaram e Louis se afastou. Lestat caiu ajoelhado no chão sufocante. Louis o mesmo. Olhou para Lestat curioso que percebeu e puxou Louis para si o abraçando.
–Louis, venha comigo…–Disse rouco.
–Lestat, sabe que irei recusar. –Louis olhou pro lado.
–Eu te amo…–Beijou a testa de Louis. –Louis.
O local começou a escurecer. Lestat estava sozinho no universo? “LOUIS! LOUIS!” Começou a berrar. Nada. Logo sentiu-se puxado para longe de tudo. Sua visão ia escurecendo… E então alguém bateu na porta do camarim. Lestat levantou o rosto da mesa do espelho frenético e assustado. Então aquilo foi apenas um sonho? Sentiu-se decepcionado por alguns segundo. Suspirou e abriu a porta. Era um vampiro criado por ele. Era Louis. O que faria alí?
–Olá Lestat…–Disse olhando pro lado.
–Louis, Louis… Você veio até mim?
Louis deu um sorriso fraco, seus olhos verdes pareciam mais brilhantes, sua pele mais fantasmagórica e horrenda. Cadê o humano que era para haver nele? Lestat convidou-o para entrar. Lembrou mais uma vez daquele sonho a qual parecia não querer ir embora.
–Então… Hoje é o dia do seu show? –Disse rindo.
–Verdade…–Esticou os braços bocejando. –Sabe, Louis… Sua aparência está horrível, por acaso está fazendo uma greve de fome?
Autor(a): MarydeLioncourt
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