Fanfic: Você Me Bagunça (Lésbica) | Tema: Intrigas, Paixões, ciúmes, Confusão, Bissexualidade etc..

Estava conversando com Karem e Fernanda na sala, mas me perdia em pensamentos o tempo todo, sempre os mesmos. Eu tinha que falar com ela, mas já que ela não atendia o celular achei melhor esperar, afinal mais cedo ou mais tarde ela viria me procurar, estava torcendo pra ser mais cedo.

- A Feh estava toda apreensiva na faculdade, era serio o que tinham pra conversar? – perguntei.

Fernanda me lançou um olhar mortal, ri e lhe mostrei a língua. Acho que naquele momento se Karem a amansa fera não estivesse ali, eu seria brutalmente assassinada.

- Ela estava apreensiva é? – perguntou olhando pra Feh que fez que não.

- Apreensiva é pouco, tava nervosa mesmo, morrendo de medo. – já disse me levantando, me preparando pra correr.

Na mesma hora Fernanda saiu correndo atrás de mim enquanto Karem ria e dizia coisas do tipo “que bonitinho” “tava com medo tava amorzinho?” “tão linda sem essa mascara de inabalável”. O que só aumentava a ira de Feh. Mas consegui me livrar de uma tortura quando Luh entrou gritando no apartamento.

- Natasha! Fernanda! – gritou – o eu é isso, venham aqui agora!

Berros e mais berros, nos entre olhamos e fomos correndo para cozinha. Lá estava Luh, olhando para um chão molhado e cheio de ração espalhada, com um cachorro mordendo o tênis dela.

- Mais esse bichinho adora um tênis! – disse – que bagunça você fez heim. Sabia que eu que vou ter que limpar... é, essa moça nervosinha ai é sua tia Luh a chata. – falava separando ele do tênis.

Nunca ouvi falar que esse tipo de cachorro fazia tanta bagunça, será que isso é normal? Tão pequeno, tão arteiro.

- Chata? Olha pra isso – gritou Luh.

- Relaxa que ELA limpa – disse Feh saindo da cozinha.

Sorri pra Luh pegando a ração do chão, ela ia falar mais coisa, porem tocaram a campainha.

- Abri lá, Luiza. Não ta vendo que eu to ocupada? – falei, levando uma laranja na cabeça como resposta.

Fiquei lá no chão tentando limpar a bagunça até que alguém pergunta. Olhei pra trás sorrindo ao ouvir a voz.

- Quer ajuda – falou.

- Você devia limpar sozinha, afinal, você que comprou o capetinha. – falei rindo.

- Mas é seu, agora se não quiser ajuda... – disse se sentando ao meu lado no chão.

- Ajuda? Quero. Mas o que quero mesmo não é isso não. – fiz bico.

- Ah não? – sorriu – e o que é então?

- Você, Roberta... você! – puxei sua nuca e a beijei.

A beijei como se fosse tudo muito simples, como se só houvesse a gente ali, com saudade, amor carinho, com desejo. Como se nada mais importasse e nada mais importava naquele momento.